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Jogo de damas: trajetórias de mulheres nas ciências sociais paulistas (1934-1969)
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Palavras-chave

Gênero. Trajetória. Academia. Cátedra. Assimetria

Como Citar

PINHEIRO, Dimitri. Jogo de damas: trajetórias de mulheres nas ciências sociais paulistas (1934-1969). Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 46, p. 165–196, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8645404. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O artigo examina o processo de institucionalização das ciências sociais em São Paulo privilegiando o entrelaçamento entre disputas acadêmicas e assimetrias de gênero. O fio condutor é a reconstituição das trajetórias de quatro professoras da primeira geração de intelectuais universitários entre 1934 e 69: Gilda de Mello e Souza, Gioconda Mussolini, Maria Isaura Pereira de Queiroz e Paula Beiguelman. Apesar da maior inserção profissional das mulheres nas novas instituições de ensino superior, a progressão de suas carreiras foi tortuosa e difícil. Sob a lógica patriarcal do regime de cátedras, elas estiveram em desvantagem, ocupando geralmente posições inferiores e de maior insegurança na hierarquia acadêmica.

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