Banner Portal
Globalização e poder efetivo: transformações globais sob efeito da ascensão chinesa

Palavras-chave

Globalização econômica. China. Estados Unidos. Poder efetivo. Vulnerabilidade externa

Como Citar

PINTO, Eduardo Costa; GONÇALVES, Reinaldo. Globalização e poder efetivo: transformações globais sob efeito da ascensão chinesa. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 24, n. 2, p. 449–479, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642087. Acesso em: 10 maio. 2024.

Resumo

Este artigo examina as principais transformações na era da globalização econômica, destacando o papel desempenhado pela China nos anos 2000, bem como analisa os impactos desse processo sobre o poder efetivo dos países de maior importância na arena internacional. A análise da evolução do poder efetivo dos países abarca as esferas comercial, produtiva, tecnológica, monetária e financeira. Os principais resultados foram: o crescente poder da China na economia mundial, a manutenção do elevado poderio econômico dos Estados Unidos, mesmo após a crise de 2008, e a elevada vulnerabilidade externa estrutural de algumas das principais economias do mundo em desenvolvimento.

 

Abstract

This paper analyses the main changes in the global economy, highlighting the role played by China in the 2000s. The effects of these changes on the real power of the most powerful countries are also analyzed. The analysis of the evolution of the effective power in the era of economic globalization deals with the trade, productive, technological, monetary and financial dimensions. The main conclusions found were: the relative increase of the economic power of China; the relative stability of the economic power of the United States after the 2008 crisis; and, the significant structural external vulnerability of some of the principle developing economies in the world.

Keywords: Economic globalization; China; United States; Effective power; External vulnerability.

Referências

BAIROCH, P. International industrialization levels. The Journal of European Economic History, v. 11, n. 2, Fall, p. 269-333, 1982.

BAUMANN, R. Regional trade and growth in Asia and Latin America: the importance of productive complementarity. Brasília: Cepal, 2010.

BRANSTETTER, L.; LARDY, N. China’s embrace of globalization. Cambridge, MA: NBER, 2006. (NBER Working Paper, n. 12373).

CANO, W. A desindustrialização no Brasil. Campinas, Unicamp. IE, jan. 2012. (Texto para Discussão. IE/Unicamp, n. 200).

CARCANHOLO, M. & PINTO, E. & FILGUEIRAS, L. & GONCALVES, R. Crise Financeira Internacional - natureza e impacto. In: WANSETTO, R. & QUINTELA, S. (Org.). Ilegitimidade da Dívida Pública: quem deve a quem? Alternativas desde o Sul. São Paulo: Expressão Popular, 2008, v. 2, p. 12-18.

CASTRO, A. B. As novas tendências pesadas que estão moldando a economia mundial. In: CASTRO, A. C.; CASTRO, L. B. (Org.). Antonio Barros de Castro: o inconformista – homenagem do Ipea ao Mestre. Brasília: Ipea, 2011.

CHESNAIS, F. A emergência de um regime de acumulação mundial predominantemente financeiro. São Paulo: Hucitec, 1997, p. 19-46. (Estudos Marxistas, n. 3).

CINTRA, M.; MARTINS, A. O papel do dólar e do renminbi no sistema monetário internacional. Brasília: Ipea, 2013. Mimeografado.

CORNELL UNIVERSITY, INSEAD e WIPO. The Global Innovation Index 2013: the local dynamics of innovation. Geneva, Ithaca e Fontainebleau, 2013. Disponível em: http://www.globalinnovationindex.org/content.aspx?page=GII-Home. Acesso em: 11 out. 2013.

FANG, C.; YANG, D.; MEIYAN, W. Crise e oportunidade: resposta da China à crise financeira global. Revista Tempo do Mundo (IPEA), Brasília/DF, v. 1, n. 1, dez. 2009.

FILIPE, J.; KUMAR, U.; USUI, N.; ABDON, A. Why has China succeeded – and why it will continue to do so. New York: Levy Economics Institute of Bard College, 2010 (Working Paper n. 611). Disponível em: http://www.levyinstitute.org/ pubs/wp_611.pdf FIORI, J. L. Brasil e América do Sul: o desafio da inserção internacional. In: ACIOLY, L.; CINTRA, M. Inserção internacional soberana: temas de política externa. Brasília: Ipea, 2011. Livro 3, v. 1.

GONÇALVES, R. Desenvolvimento às avessas. Verdade, má-fé e ilusão no atual modelo brasileiro de desenvolvimento. Rio de Janeiro: LTC, 2013.

GONÇALVES, R. Economia política internacional. Fundamentos teóricos e as relações internacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

HIRATUKA, C.; SARTI, F. Investimento Direto e Internacionalização de empresas brasileiras no período recente. In: ACIOLY, L.; CINTRA, M. A. M. (Ed.). Inserção internacional brasileira: temas de economia internacional. Brasília: Ipea, 2010. v. 2.

IMF. World Economic Outlook database. Washington: International Monetary Fund. Disponível em: http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2012/01/ weodata/index.aspx. Acesso em: 11 set. 2013.

KISSINGER, H. On China. Penguin Canada, 2011.

MAIZELS, A. Growth and trade. Cambridge University Press, 1970.

McNALLY, D. The present as history: thoughts on capitalism at the millennium. Monthly Review, v. 51, n. 3, p. 134-145, Jul,/Aug. 1999.

MEDEIROS, C. A. A China como um duplo polo na economia mundial e a recentralização asiática. Revista de Economia Política, São Paulo: Ed. Nobel, v. 26, n. 3. p. 577-594, jul./set. 2006.

MORGENTHAU, H. (1985). A política entre as nações. A luta pelo poder e pela paz. 5. ed. Brasília: UnB, 2003.

OECD. Implications of global value chains for trade, investment, development and jobs. OECD, WTO, UNCTAD. Prepared for the G-20 Leaders Summit. São Petersburgo, 6 Aug. 2013. Disponível em: http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/ unctad_oecd_wto_2013d1_en.pdf. Acesso em: 16 set. 2013.

PINTO, E. O eixo sino-americano e as transformações do sistema mundial. In: LEÃO, R.; PINTO, E.; ACIOLY, L. (Org.). A China na nova configuração global: impactos políticos e econômicos. Brasília: Ipea, 2011a.

PINTO, E. A crise americana: dívida, desemprego e política. Boletim de Economia e Política Internacional, v. 8, p. 7-26, 2011b.

PINTO, E; BALANCO, P. Transformações do capitalismo contemporâneo e os impactos para a América Latina: retrospectivas, mudanças e perspectivas. Revista Olho da História, n. 19, dez., 2012.

RICHET, X. L’industrie automobile chinoise: coopération, développement, internationalisation. Paris: Université de la Sorbonne nouvelle. Paris, 2013. Mimeografado.

RODRIK, D. What’s so special about China’s exports? Cambridge, MA: NBER, 2006. (Working Paper, n. 11947).

SALAMA, P. Du productif au financier et du financier au productif en Asie et en Amérique latine. Rapport CAE, n. 25: Développement, p.75-126, 2000.

SALAMA, P. Les économies émergentes, le plongeon? Paris: Fondation Maison des Sciences de l´Homme, 2013. (Working Papers Series, n. 42).

SEABROKE, L. US power in international finance. The Victory of dividends, Palgrave, 2001.

SERRANO, F. Do ouro imóvel ao dólar flexível. Economia e Sociedade, Campinas, n. 20, 2002.

SERRANO, F. Notes for a Sraffian interpretation of the change in the trend of terms of trade in in the 2000s. Rio de Janeiro: UFRJ, 2012. Mimeografado.

SHAMBAUGH, D. Tangled titans: conceptualizing the U.S.-China relationship. In: SHAMBAUGH, D. (Org.). Tangled titans: The United States and China. Rowman & Littlefield Publishers, 2012.

STURGEON, T. Modular production networks: a new American model of industrial organization. Industrial and Corporate Change, v. 11, n. 3, p. 451-496, 2002.

UNCTAD. World Investment Report. 2013. Global Value Chains: Investment and Trade for Development. Genebra, United Nations Conference on Trade and Development, 2013.

WHITTAKER, D.; ZHU, T.; STURGEON, T.; TSAI, M.; OKITA, T. Compressed development. IPC/MIT, 2008. (Working Paper Series, n. 08-005).

WORLD BANK. World Development Indicators database. Washington: The World Bank. Disponível em: http://data.worldbank.org/data-catalog/world-developmentindicators. Acesso em: 11 out. 2013.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.