Banner Portal
Competitividade internacional e tecnologia: uma análise da estrutura das exportações brasileiras
PDF

Palavras-chave

Comércio exterior. Tecnologia. Estrutura produtiva

Como Citar

PEREIRA, Wellington; PORCILE, Gabriel; FURTADO, João. Competitividade internacional e tecnologia: uma análise da estrutura das exportações brasileiras. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 20, n. 3, p. 501–531, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642338. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Neste trabalho, utiliza-se o comércio internacional como uma lente para captar a intensidade tecnológica da estrutura produtiva brasileira. Considera-se que produtos com maior conteúdo tecnológico vistos pelo lado das exportações indicam melhor qualificação da indústria local, contribuindo para uma inserção mais dinâmica nas relações de trocas internacionais. Há alguns indicadores sugeridos para avaliar a evolução da intensidade tecnológica do comércio brasileiro, inclusive a destinação das exportações e uma comparação com a estrutura comercial da Organização para a Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE). Discute-se, dessa forma, em que medida a mudança estrutural no Brasil tem favorecido os setores dinâmicos na tecnologia e comércio. Finalmente, uma matriz de dinamismo comercial é sugerida, combinando indicadores de intensidade tecnológica com o índice de vantagem comparativa revelada.

Abstract

In this work, international trade is used as a specific vantage point to analyze the technological intensity of Brazil´s productive structure. Exports with a higher technological intensity indicate greater local technological capabilities, this leading to a more dynamic international insertion regarding terms of trade. Several indicators are used to measure this intensity, among which are the destination of Brazilian exports and a comparison of Brazilian and OECD exports. These are used to assess the extent to which structural change in Brazil has favored sectors in which technical change and demand growth are higher. Lastly, a matrix of trade dynamism is constructed, crossing the indicators of technological intensity with the index of revealed comparative advantage.

Keywords: Foreign trade; Technology; Productive structure.

PDF

Referências

AMABLE, B.; VERSPAGEN, B. The role of technology in markets shares dynamics. Applied Economics, v. 27, p. 197-224, 1995.

ANDERSSON, M.; EJERMO, O. Technology and trade: an analysis of technology specialization and export flows. Royal Institute of Technology. Centre of Excellence for Science and Innovation Studies – CESIS, 2006. (Electronic Working Paper Series, n. 65).

BALASSA, B. Trade liberalization and „revealed‟ comparative advantage. The Manchester School of Economic and Social Studies, n. 33, 1965.

BARROS, J. R. M. de; GOLDENSTEIN, L. Reestruturação industrial: três anos de debate. In: VELLOSO, J. P. R. Brasil: desafios de um país em transformação. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1997.

BIELCHOWSKY, R. Investimento na indústria brasileira depois da abertura e do Real: o miniciclo de modernizações, 1995-97. Brasília: Cepal, 1998. 72p. Mimeografado.

CASTRO, A. B. A capacidade de crescer como problema. In: VELLOSO, J. P. R. O Real, o crescimento e as reformas. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1996.

COUTINHO, L. G. A especialização regressiva: um balanço do desempenho industrial pós-estabilização. In: Brasil: desafios de um país em transformação. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1997.

DOSI, G.; PAVITT, K.; SOETE, L. Technology and trade: an overview of the literature. In: DOSI, G. et al. (Org.). The economics of technical change and international trade. Hertforshire: Harvester Wheatsheaf, 1990.

FAGERBERG, J. International competitiveness. The Economic Journal, v. 98, n. 391, p. 335-374, 1988a.

FAGERBERG, J. Why growth rates differ. In: DOSI, G.; FREEMAN, C.; NELSON, R.; SILVERBERG, G.; SOETE, L. Technical change and economic theory. London: Pinter Publishers, 1988b.

FERRAZ, J.; KUPFER, D.; HAGUENAUER, L. Competitividade, padrões de concorrência e fatores determinantes. In: FERRAZ, J. et al. (Org). Made in Brazil: desafios competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

FREEMAN, C. Technological infrastructure and international competitiveness. Industrial and Corporate Change, v. 13, n. 3, p. 541-569, 2004.

FURTADO, J. et al. Balanço de pagamentos tecnológico e propriedade intelectual. In: LANDI, F. R. (Coord. Geral). Indicadores de Ciência e Tecnologia e Inovação – 2001/Fapesp. São Paulo: Fapesp, 2002.

GOMES, R.; RODRIGUES, H.; CARVALHO, E. G. Balanço de pagamentos tecnológico: o perfil do comércio externo de produtos e serviços com conteúdo tecnológico. In: LANDI, F. R. (Coord. Geral). Indicadores de Ciência e Tecnologia e Inovação – 2004/Fapesp. São Paulo: Fapesp, 2005. cap 7.

HAUSMANN, R.; RODRIK, D.; HWANG, J. It is not much but what you export that matters. NBER Working Paper 11905. December, 2005.

LALL, S. The technological structure and performance of developing country manufactured exports, 1985-1998. Queen Elizabeth House, Jun. 2000. (QEH Working Paper, n. 44).

LALL, S; WEISS, J.; ZHANG, J. The “sophistication” of exports: a new measure of product characteristics. Queen Elizabeth House, Jan. 2005. (QEH Working Papers Series, n. 123).

LAPLANE, M.; SARTI, F. Investimento Direto Estrangeiro e a retomada do crescimento sustentado nos anos 90. Economia e Sociedade, Campinas, n. 8, p. 143-181, jun. 1997.

MANDENG, O. S. Competitividad internacional y especialización. Revista de la Cepal, Santiago, n. 45, 1991.

MANI, S. Exports of high technology products from developing countries: is it real or a statistical artifact. Maastricht, Netherlands: The United Nations University. Institute for New Technologies (INTEC), 2000. (Discussion Paper Series).

MOREIRA, M. M., Estrangeiros em uma economia aberta: impactos recentes sobre produtividade, concentração e comércio exterior. BNDES/DEPEC, mar. 1999. (Texto para Discussão, n. 67).

NEGRI, F. Inovação tecnológica e exportações das firmas brasileiras. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, Natal, Anpec, 2005. Anais...

NEGRI, J. A.; FREITAS, F. Inovação tecnológica, eficiência de escala e exportações brasileiras. Brasília: Ipea, 2004. (Texto para discussão, n. 1044).

PEREIRA, W. As classificações padrões nacionais e internacionais utilizadas na apresentação dos fluxos comerciais e das estatísticas de produção industrial: importância, conexões e os problemas decorrentes. Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN), 2005. (Série Notas Metodológicas). Disponível em: http://geein.fclar.unesp.br/. Acesso em: 10 abr. 2007.

PEREIRA, W.. Tecnologia e comércio internacional: exame das transações comerciais do Brasil sob a perspectiva tecnológica. Dissertação (Mestrado)–Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007.

POSNER, M. V. International trade and technical change. Oxford Economic Papers, New Series, v. 13, n. 3, p. 323-341, 1961.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.