Resumo
A redução pronunciada do spread bancário no Brasil requer a diminuição do custo de oportunidade das operações de crédito no país, representado pelos retornos monetários e não monetários dos títulos públicos federais. Ao permitir a estruturação de uma postura operacional flexível e rentável ao mesmo tempo, esses ativos criam uma disfuncionalidade no mercado de crédito, vez que os bancos passam a exigir um prêmio de risco muito elevado para a concessão de recursos, elevando o spread bancário e aumentando o custo do dinheiro no país.
Abstract
The pronounced reduction of the bank interest spread in Brazil requests the decrease of the cost of opportunity of the credit operations in the country, represented by the monetary and no-monetary returns of the federal public titles. When allowing the structuring of a flexible and profitable operational posture at the same time, those assets create an anomaly in the credit market, because the banks start to demand a premium of very high risk for the concession of credit, elevating the bank interest spread and increasing the cost of the money in the country.
Key-words: Bank interest spread. Banks. Credit. Federal public titles. Opportunity cost; Interest rate
Referências
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Economia bancária e crédito: avaliação de 4 anos do projeto juros e spread bancário. Brasília, DF, 2003. p. 58-67. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?RED-SPREAD>. Acesso em: 10 jan. 2004.
________; COSTA, Ana Carla A. Spread bancário: os problemas da comparação internacional. In: BANCO CENTRAL DO BRASIL. Relatório de economia bancária e crédito. Brasília, DF, 2005. p. 59-68. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?SPREAD>.
Acesso em: 01 out. 2006.
OLIVEIRA, Giuliano Contento de. Análise do spread bancário no Brasil após o Plano Real (1994-2003). 2004. 122f. Dissertação (Mestrado em Economia)–Programa de Estudos Pós-Graduados em Economia Política da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, São Paulo, 2004.
________; CARVALHO, Carlos Eduardo. Spread bancário no Brasil: desafio e dilemas.
Revista de Conjuntura do Corecon/DF, Brasília, DF, ano IV, n. 16, p. 11-17, out./dez. 2003.
ONO, F. H.; COSTA DA SILVA, G. J.; OREIRO, J. L.; PAULA, L. F. de. Spread bancário no Brasil: determinantes e proposições de políticas. In: SICSÚ, João; PAULO, Liz Fernando R. de; MICHEL, Renaut. Novo-desenvolvimentismo: um projeto nacional de crescimento com eqüidade social. B arueri: Manole; Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer, 2005. p. 347-378.
PAULA, Luiz Fernando R. de. Abrindo a caixa-preta do “spread”. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 nov. 2003. Folha Brasil, Caderno 1, p. 3.
________; ALVES JR., Antonio José. Banking behaviour and the Brazilian economy after the Real Plan: a post-keynesian approach. Banca Nazionale del Lavoro Quarterly Review, Roma, v. LVI, n. 227, p. 337-365, Dec. 2003.
________; ALVES JR., Antonio José; MARQUES, Maria Beatriz Leme. Ajuste patrimonial e padrão de rentabilidade dos bancos privados no Brasil durante o Plano Real (1994/98). Estudos Econômicos, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 285-310, abr./jul. 2001.
PINHEIRO, Armando Castelar. O componente judicial dos spreads bancários. In: BANCO CENTRAL DO BRASIL. Economia bancária e crédito: avaliação de 4 anos do projeto juros e spread bancário. Brasília, DF, 2003. p. 34-43. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?RED -SPREAD>. Acesso em: 10 jan. 2004.
SHARPE, Steven A. Asymmetric information, bank lending, and implicit contracts: a stylized model of customer relationships. The Journal of Finance, New York, v. XLV, n. 4, p. 1069-1087, Sept. 1990.
SOARES, Ricardo Pereira. Evolução do crédito de 1994 a 1999: uma explicação.
Brasília, DF: Ipea, 2001. 46 p. (Texto para Discussão, n. 808). Disponível em: <http://www.ipea.gov. br/>. Acesso em: 01 jun. 2002.
TAKEDA, Tony. O canal de crédito no Brasil através dos balanços patrimoniais bancários. 2003. 89f. Dissertação (Mestrado em Economia)–Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, FEA/USP, São Paulo, 2003.
O periódico Economia e Sociedade disponibiliza todos os conteúdos em acesso aberto, através da plataforma SciELO, e usa uma licença aberta para preservar a integridade dos direitos autorais dos artigos em ambiente de acesso aberto.
O periódico adotou até Abril/2015 a licença Creative Commons do tipo BY-NC. A partir de Maio/2015 a licença em uso é do tipo Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), disponível no seguinte link: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt
Autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo e informações apresentadas em seus manuscritos.
O periódico Economia e Sociedade encoraja os Autores a autoarquivar seus manuscritos aceitos, publicando-os em blogs pessoais, repositórios institucionais e mídias sociais acadêmicas, bem como postando-os em suas mídias sociais pessoais, desde que seja incluída a citação completa à versão do website da revista.