Banner Portal
O euro e a UME: lições para o Mercosul
PDF

Palavras-chave

União Monetária – Países da União Européia. Euro (moeda). Mercosul

Como Citar

ARESTIS, Philip; FERRARI-FILHO, Fernando; PAULA, Luiz Fernando; SAWYER, Malcolm. O euro e a UME: lições para o Mercosul. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 12, n. 1, p. 1–24, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643072. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O debate acadêmico na América do Sul pertinente à proposição de unificação monetária para o Mercosul tem como referências teórica e prática, respectivamente, a concepção de Áreas Monetárias Ótimas (AMOs) e a experiência do euro e da União Monetária Européia (UME). Este artigo objetiva discutir se a proposição de se adotar uma moeda única, nos moldes da UME, é apropriada e factível para o Mercosul. A partir da experiência da UME, três lições devem ser levadas em consideração quando as atenções voltam-se para o Mercosul: primeiro, a adoção de um modelo de união monetária a la UME deverá resultar em políticas deflacionárias; segundo, via de regra, há um dilema entre união política e integração econômica; e, terceiro, a necessidade de se levar em conta seriamente as preocupações da literatura relacionada às AMOs. O artigo também mostra que não há evidência de convergência macroeconômica no Mercosul, uma vez que os critérios básicos definidos pela literatura da AMO foram alcançados apenas minimamente.

Abstract

Academic debate in South America favours a Mercosur monetary union based on the euro and the European Monetary Union (EMU), and inspired by the theory of Optimal Currency Area (OCA). This paper aims to discuss whether the adoption of a single currency in the EMU mould of monetary union, is appropriate and feasible for the Mercosur. Three lessons are derived for Mercosur from the euro and the EMU experience: the adoption of the EMU model of monetary union would imply deflationary policies; there is the dilemma of sequencing between political union and economic integration; and the necessity of accounting seriously the concerns of the OCA literature. The paper also shows that there is no evidence that macroeconomic convergence is evident in Mercosur, since the area only minimally achieved some basic criteria defined by the OCA literature.

Key words: European Monetary Union. Mercosur. Optimum Currency Area

PDF

Referências

ARESTIS, P., BIEFANG-FRISANCHO MARISCAL, I., BROWN, A., SAWYER, M. Explaining the euro’s initial decline. Eastern Economic Journal, v. 28, n. 1, p. 71-88, 2002.

________, BROWN, A., SAWYER, M. The euro: evolution and prospects. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 2001.

________, MCCAULEY, K., SAWYER, M. An alternative stability and growth pact for the European Union. Cambridge Journal of Economics, v. 25, n. 1, p. 113-130, 2001.

________, SAWYER, M. New labour, new monetarism. European Labour Forum, n. 20, p. 5-10, 1998-99.

BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO. 2001. Disponível na Internet: <http://www.iadb.org/exr/por/>.

CEPAL/ECLAC. 2001. Available from World Wide Web: <http://www.cepal.org>.

EDWARDS, S. How about a single currency to Mercosur? Wall Street Journal, Aug. 28, 1998. p. A11.

EICHENGREEN, B. Does Mercosur need a single currency? In: IPEA (Ed.). Mercosur and the free trade areas of the Americas. Brasília: IPEA, 2000. v. 1.

FANELLI, J. M. Coordinación macroeconómica en el Mercosur: marco analítico y hechos estilizados. Buenos Aires: CEDES, nov. 2000.

________. Crecimiento, inestabilidad y crisis de la convertibilidad en Argentina. Revista de la CEPAL, n. 77, p. 25-45, 2002.

________, ROZENWURCEL, G., SIMPSON, L. Financial liberalization in developing countries: the Argentine experience in the nineties. Buenos Aires: CEDES, 1996.

FERRARI-FILHO, F. A critique of the proposal of monetary union in Mercosur. In: DAVIDSON, P. (Org.). A post Keynesian perspective on twenty-first century economic problems. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 2002. p. 56-68.

________, PAULA, L. F. Será consistente a proposta de criação de uma União Monetária no Mercosul? Revista de Economia Política, v. 22, n. 2, p. 174-182, 2002.

FINANCIAL Times, March 23, 1998.

GIAMBIAGI, F. Mercosur: why does Monetary Union make sense in the long run? Ensaios BNDES, Rio de Janeiro, 12, dez. 1999.

________, RIGOLON, F. Áreas monetárias ótimas: teoria, Unificação Monetária Européia e aplicações para o Mercosul. Economia Aplicada, v. 3, n. 1, p. 79-99, 1999.

KENEN, P. The theory of optimum currency areas: an eclectic view. In: MUNDELL, R., SWOBODA, A. (Ed.). Monetary problems of the international economy. Chicago: University of Chicago Press, 1969.

MCKINNON, R. I. Optimum currency areas. American Economic Review, v. 53, n. 4, p. 717-725, 1963.

MEIRELLES, A. C. Tamanho é documento na competição bancária. Fórum de Líderes/Gazeta Mercantil, v. 1, n. 1, p. 54-72, 1999.

MUNDELL, R. A. A theory of optimal currency areas. American Economic Review, v. 53, n. 1, p. 657-664, 1961.

PAULA, L. F. R. Tamanho, dimensão e concentração do sistema bancário no contexto de alta e baixa inflação no Brasil. Nova Economia, v. 8, n. 1, p. 87-116, 1998.

________, ALVES JR., A. External financial fragility and the 1998-1999 Brazilian currency crisis. Journal of Post Keynesian Economics, v. 24, n. 4, p. 589-617, 2000.

________, SOBREIRA, R., ZONENSCHAIN, C. N. (Ed.). Perspectivas para o Sistema Financeiro Nacional: regulação do setor e participação do capital estrangeiro. Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes-Ipanema, 1999.

PENTECOST, E. J. Monetary Unions in nineteenth century Europe: An historical perspective and lessons for EMU in the twenty-first century. In: DANIEL, S., ARESTIS, P., GRAHL, J. (Ed.). The history and practice of economics. Cheltenham: Edward Elgar Publishers, 1999. (Essays in honour of B. Corry and M. Peston, v. 2).

VALDOVINOS, C. G. F. Cyclical co-movements in output across Mercosur countries. 2000. Available from World Wide Web: <http://www.bcp.gov.py/GEE/investman/ carlos/cyclical.htm>.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.