Banner Portal
Diversificação das rendas nos domicílios agrícolas no Brasil, 1992 e 2001
PDF

Palavras-chave

Economia regional. Economia rural – Brasil. Renda – Distribuição. Pluriatividade

Como Citar

KAGEYAMA, Angela. Diversificação das rendas nos domicílios agrícolas no Brasil, 1992 e 2001. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 12, n. 1, p. 65–86, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643075. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho tem por objetivo analisar a composição dos rendimentos nos domicílios agrícolas e suas possíveis alterações entre 1992 e 2001, com ênfase nas fontes de rendimentos não-agrícolas e na heterogeneidade regional no Brasil. Mostra-se que houve no Brasil um movimento no sentido de diversificação da origem das rendas nos domicílios agrícolas, devido basicamente ao aumento da participação das rendas previdenciárias e de rendimentos de outras fontes, que não do trabalho, na renda domiciliar.

Abstract

This paper aims to analyze the income composition in rural households in Brazil between 1992 and 2001. Non-farm income and regional disparities are emphasized. The main result indicates a tendency towards income diversification, mostly due to the increase of income provided by the system of social security, as retirement pensions, widely extended to agricultural workers after 1992.

Key words: Economic development. Regional and rural economics. Income distribution

PDF

Referências

ABDULAI, A., CROLEREES, A. Determinants of income diversification amongst rural households in Southern Mali. Food Policy, n. 26, p.437-452, 2001.

BARRETT, C. B. et al. Nonfarm income diversification and household livelihood strategies in rural Africa: concepts, dynamics and policy implications. Food Policy, n. 26, p.315-331, 2001a.

________ et al. Income diversification, poverty traps and policy shocks in Côte d’Ivoire and Kenya. Food Policy, n. 26, p.367-384, 2001b.

BASALDI, O. V. Características do emprego rural no estado de São Paulo nos anos 90. Campinas: Unicamp. Instituto de Economia, 2000. (Dissertação, Mestrado).

BIGSTEN, A. et al. Growth and poverty reduction in Ethiopia: evidence from household panel surveys. World Development, v. 31 n. 1, p.87-106, 2003.

CANAGARAJAH, S. et al. Non-farm income, gender, and inequality: evidence from rural Ghana and Uganda. Food Policy, n. 26, p. 405-420, 2001.

CONVÊNIO NEAD/UNICAMP. O agro brasileiro hoje: regionalização e tendências. Campinas: Unicamp. Instituto de Economia, 2000. (Relatório final).

DASKALOPOULOU, I., PETROU, A. Utilising a farm typology to identify potential adopters of alternative farm activities in Greek agriculture. Journal of Rural Studies, n. 18, p. 95-103, 2002.

DE JANVRY, A., SADOULET, E. Rural poverty in Latin America: determinants and exit paths. Food Policy, n. 25, p. 389-409, 2000.

________, ________. Income strategies among rural households in Mexico: the role of off-farm activities. World Development, v. 29, n. 3, p. 467-480, 2001.

DELGADO, G. C., CARDOSO JÚNIOR, J. C. O idoso e a previdência rural no Brasil: a experiência recente da universalização. Rio de Janeiro: IPEA, dez. 1999. (Texto para Discussão, n. 688).

EIKELAND, S., LIE, I. Pluriactivity in rural Norway. Journal of Rural Studies, n. 15, p. 405-415, 1999.

ESCOBAL, J. The determinants of nonfarm income diversification in rural Peru. World Development, v. 29, n. 3, p. 497-508, 2001.

FERREIRA, F. et al. A new poverty profile for Brazil using PPV, PNAD and Census data. Rio de Janeiro: PUC. Departamento de Economia, mar. 2000. (Texto para Discussão, n. 418).

GORDON, A. Diversity in rural incomes: issues affecting access at household level. In: WORLD BANK WORKSHOP ON NON-FARM RURAL SECTOR AND POVERTY ALLEVIATION. June 1999.

HOFFMANN, R. A contribuição de algumas parcelas do rendimento domiciliar para a desigualdade no Brasil. [Campinas: Unicamp. Instituto de Economia], 2002a. Texto em versão. (Mimeogr.).

________. A distribuição da renda no Brasil no período 1992-2001. Economia e Sociedade, Campinas, v. 11, n. 2 (19), p. 213-235, jul./dez. 2002b.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001 - Notas Metodológicas. Rio de Janeiro, 2002.

KAGEYAMA, A. Pluriatividade e ruralidade: aspectos metodológicos. Economia Aplicada, São Paulo, v. 2, n. 3, p. 515-551, 1998.

________. As múltiplas fontes de renda das famílias agrícolas brasileiras. Agricultura em São Paulo, São Paulo, v. 48, n. 2, p. 57-69, 2001.

LANJOUW, P. et al. Non-agricultural earnings in peri-urban areas of Tanzania: evidence from household survey data. Food Policy, n. 26, p. 385-403, 2001.

LAURENTI, A. C., DEL GROSSI, M. A evolução das pessoas ocupadas nas atividades agrícolas e não-agrícolas nas áreas rurais do Brasil. In: CAMPANHOLA, C., GRAZIANO DA SILVA, J. (Ed.). O Novo Rural Brasileiro: uma análise nacional e regional. Jaguariúna, SP: Embrapa, 2000. v. 1.

MC NALLY, S. Farm diversification in England and Wales – what can we learn from the farm business survey? Journal of Rural Studies, n. 17, p. 247-257, 2001.

PAES DE BARROS, R. et al. Incidência e natureza da pobreza entre idosos no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, dez. 1999. (Texto para Discussão, n. 686).

REARDON, T. Rural non-farm income in developing countries. Paper prepared for the FAO, s.d.

SCHWARZER, H. Paradigmas de previdência social rural: um panorama da experiência internacional. Brasília: IPEA, nov. 2000. (Texto para Discussão, n. 767).

SMITH, D. R. et al. Livelihood diversification in Uganda: patterns and determinants of change across two rural districts. Food Policy, n. 26, p. 421-435, 2001.

VEIGA, J. E. Cidades Imaginárias – O Brasil é menos urbano do que se calcula. Campinas, SP: Editora Autores Associados, 2002.

WORLD BANK. World Bank Rural Development Strategy: reaching the poor. Oct. 2002. (Summary).

YÚNEZ-NAUDE, A., TAYLOR, J. E. The determinants of nonfarm activities and incomes of rural households in Mexico, with emphasis on education. World Development, v. 29 n. 3, p. 561-572, 2001.

ZYLBERSTAJN, H. Previdência: um contrato leonino. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 jan. 2003.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.