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O paradigma da produção globalizada
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Como Citar

MEDEIROS, Carlos Aguiar. O paradigma da produção globalizada. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 6, n. 1, p. 239–245, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643176. Acesso em: 2 maio. 2024.

Resumo

O sentido mais forte e amplo atribuído ao termo globalização diz respeito à afirmação, nos anos 90, de um novo paradigma, o da produção globalizada.1 Nesta, os mercados locais e nacionais constituem parte de um único e indiferenciado mercado mundial construído pelas grandes corporações transnacionais. Este processo, segundo seus principais intérpretes, decorre de transformações tecnológicas, organizacionais e institucionais e foi acelerado na última década pela desregulação dos mercados nacionais. O seu principal agente motor é a grande firma transnacional. Um dos principais corolários desta nova configuração produtiva é o de que o acirramento da concorrência nos mercados internacionais e o enfraquecimento dos Estados nacionais tornam as estratégias privadas decisivas para uma nova reordenação da divisão internacional do trabalho. O núcleo destas estratégias, segundo a opinião dominante, radica na elasticidade de substituição de fornecedores, flexibilidade na localização dos investimentos e centralização das decisões e mecanismos de coordenação pelas empresas globais.

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Referências

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