Banner Portal
Por que a elasticidade-preço das importações é baixa no Brasil? Evidências a partir das desagregações das importações por categorias de uso
PDF

Palavras-chave

Elasticidade-preço das importações. Importações brasileiras. Importações desagregadas. Categorias de uso. Brasil.

Como Citar

SANTOS, Cláudio Hamilton Matos dos; CIEPLINSKI, André; PIMENTEL, Débora M.; BHERING, Gustavo. Por que a elasticidade-preço das importações é baixa no Brasil? Evidências a partir das desagregações das importações por categorias de uso. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 26, n. 1, p. 141–164, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8649650. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

Estudos recentes indicam que a elasticidade-preço das importações brasileiras é baixa. Este trabalho procura racionalizar o referido resultado revisitando as estimativas das importações do país desagregadas por “categoria de uso”. Os resultados reportados sugerem que a baixa elasticidade-preço das importações agregadas reflete fundamentalmente a baixa elasticidade-preço das importações de combustíveis, bens intermediários e de alguns tipos de serviços – notadamente, transporte, aluguel de equipamentos e pagamentos de royalties – produtos que, somados, respondem por pouco menos de dois terços do total importado. Isso ocorre porque vários desses produtos têm pouca ou nenhuma possibilidade de substituição por similares nacionais, devido principalmente a deficiências estruturais na oferta nacional.
PDF

Referências

BASTOS, V. D.; COSTA, L. M. Déficit comercial, exportações e perspectivas da indústria química brasileira. Rio de Janeiro: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, 2011. p. 163-206. (BNDES Setorial, n. 33).

BLANCHARD, O.; PEROTTI, R. An empirical characterization of the dynamic effects of changes in government spending and taxes on output. Cambridge, MA: National Bureau of Economic Research, 1999. (NBER Working Papers, n. 7269).

BRESSER-PEREIRA, L. C. A taxa de câmbio no centro da teoria do desenvolvimento. Estudos Avançados, v. 26, n. 75, p. 7-28, 2012.

BUENO, R. D. L. S. Econometria de Séries Temporais. São Paulo: Cengage Learning, 2008. C

CARVALHO, A.; PARENTE, M. A. Estimação de equações de demanda de importação por categoria de uso no Brasil (1978/1996). Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 1999. (Texto para Discussão, n. 636).

CASTRO, Alexandre Samy de; CAVALCANTI, Marco Antônio F. H. Estimação de exportação e importação para o Brasil – 1955/95. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 1997. (Texto para Discussão, n. 469).

CAVALCANTI, M. A. F .H.; FRISCHTAK, C. R. Crescimento econômico, balança comercial e a relação câmbio-investimento. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2001. (Texto para Discussão, n. 821).

COOK, S. Spurious rejection by cointegration tests incorporating structural change in the cointegrating relationship. Applied Economics Letters, n. 11, p. 879-884, 2004.

DE NEGRI, J. A. A cadeia global de valor da indústria automobilística no Brasil. In: PROSCHNIK, V. (Coord.). La inserción de América Latina en las cadenas globales de valor. Montevideo: Red Mercosur de Investigaciones Económicas, 2010.

DOS SANTOS, C. H. Notas sobre as dinâmicas relacionadas do consumo das famílias, da formação bruta de capital fixo e das finanças públicas brasileiras no período 2004-2012. In: PETRELLI, V (Org.). Padrão de acumulação e desenvolvimento brasileiro. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2013.

ENGLE, R.; GRANGER, C. W. J. Co-integration and error correction: representation, estimation and testing. Econometrica, v. 55, n. 2, p. 251-267, 1987.

FAVERO, C. Applied macroeconometrics. Oxford: Oxford University Press, 2001.

GEREFFI, G.; HUMPHREY, J.; STURGEON, T. The governance of global value chains. Review of International Political Economy, v. 12, n. 1, p. 78-104, 2005.

GOUVEA, R; SCHETTINI, B. Estimativas econométricas para as importações agregadas com dados das contas nacionais trimestrais – 1996-2010. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2011. (Texto para Discussão, n.1683).

GREGORY, A. W.; HANSEN, B. E. Residual-based tests for cointegration in models with regime shifts. Journal of Econometrics, v. 70, p. 99-126, 1996.

HAMILTON, J. D. A new approach to the economic analysis of nonstationary time series and the business cycle. Econometrica: Journal of the Econometric Society, p. 357-384, 1989.

HAMILTON, J. D. Time series analysis. Princeton: Princeton University Press, 1994.

HENDRY, D. F. Dynamic econometrics. Oxford: Oxford University Press, 1995.

JOHANSEN, S. Statistical analysis of cointegration vectors. Journal of Economic Dynamics and Control, v. 12, p. 231-254, 1988.

JOHANSEN, S. Estimation and hypothesis testing of cointegration vectors in Gaussian vector autoregressive models. Econometrica, v. 59, p. 1551-1580, 1991.

JUSELIUS, K. The cointegrated VAR model. Oxford: Oxford University Press, 2006.

LEE, J.; STRAZICICH, M. C. Minimum LM unit root test with two structural breaks. Review of Economics and Statistics, v. 63, p.1082-1089, 2003.

LEYBOURNE, S.; NEWBOLD, P. Spurious rejections by cointegration tests induced by structural breaks. Applied Economics, v. 35, p. 1117-1121, 2003.

LÜTKEPOHL, Helmut; MARKUS, Krätzig, (Ed.). Applied time series econometrics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

MINELLA, A.; SOUZA-SOBRINHO, N. Canais monetários no Brasil sob a ótica de um modelo semiestrutural. In: BANCO Central do Brasil. Dez anos de metas para a inflação – 1999-2009. Brasília: Banco Central do Brasil, 2011.

MUINHOS, M. K.; ALVES, S. A. L. Medium-size macroeconomic model for the Brazilian economy. Brasília: Banco Central do Brasil, 2003. (Working Paper Series, n. 64).

OREIRO, J. L.; FEIJÓ, C. A. Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos eo caso brasileiro. Revista de Economia Política, v. 30, n. 2, p. 219-232, 2010.

PORTUGAL, M. S. Um modelo de correção de erros para a demanda por importações brasileiras. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 22, n. 3, 1992.

RAMEY, V. A.; SHAPIRO, M. D. Costly capital reallocation and the effects of government spending. Carnegie-Rochester Conference Series on Public Policy, North-Holland, v. 48, p. 145-194, Jun. 1998.

REIS, E. R. et al. Model for projections and simulations of the Brazilian economy. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 1999. (Texto para Discussão, n. 619).

RESENDE, M. F. C. Crescimento econômico, disponibilidade de divisas e importações no Brasil: um modelo de correção de erros. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 31, n. 2, p. 289-330, 2001.

SAPIENZA, L. D. Análise do desempenho da balança comercial brasileira – Estimações das elasticidades das funções de oferta de exportação e demanda de importação (1980/2006). Dissertação (Mestrado)–Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, 2007. SARTI, F.; HIRATUKA, C. (Coord.). Perspectivas do investimento no Brasil. v. 2: Perspectivas do investimento na indústria. Rio de Janeiro: Synergia, Instituto de Economia da UFRJ; Campinas: Unicamp. Instituto de Economia, 2010.

SIMS, C.; STOCK, J.; WATSON, M. Inference in linear time series models with some unit roots. Econometrica, v. 58, n. 1, p. 113-144, Jan. 1990.

TAVARES, M. D. C. Auge e declínio do processo de substituição de importações no Brasil. In: TAVARES, M. D. C. Da substituição de importações ao capitalismo financeiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1972. p. 27-124.

ZINI JR., A. A. Funções de exportação e de importação para o Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 18, n. 3, p. 615-662, 1988.

ZIVOT, E.; ANDREWS, D. W. K. Further evidence on the great crash, the oil price shock and the unit root hypothesis. Journal of Business and Economic Statistics, v. 10, p. 251-270, 1992.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.