Banner Portal
Diferenciais de rendimento entre os setores de serviços e da indústria no Brasil
PDF

Palavras-chave

Diferencial de rendimento
Setores de serviços e de indústria
Decomposição de Oaxaca-Blinder
Regressão RIF.

Como Citar

LACERDA, Luciana Pacheco Trindade; ALMEIDA, Alexandre Nunes. Diferenciais de rendimento entre os setores de serviços e da indústria no Brasil: uma análise de decomposição. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 28, n. 1, p. 255–283, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8656958. Acesso em: 6 dez. 2024.

Resumo

Este trabalho teve por objetivo analisar o diferencial de rendimentos entre os setores de serviços e da indústria no Brasil com base nas PNADs para os anos de 2004, 2009 e 2014. No primeiro momento, procurou-se analisar o hiato salarial entre os setores citados através da decomposição proposta por Oaxaca e Blinder, seguindo a análise através do método de regressão RIF (Recentered Influence Function). Os resultados sugerem que na decomposição salarial pela média, o hiato salarial se mantém favorável aos trabalhadores do setor de serviços nos três anos analisados. No entanto, a decomposição por quantis indicou que o diferencial de renda entre os setores se mantém mais favorável para o setor de serviços entre 2004 e 2014 para os 75º e 90º quantis da distribuição, mas não nos quantis inferiores, favorecendo mais os trabalhadores da indústria.

PDF

Referências

ACEMOGLU, D.; AUTOR, D. Skill, tasks and technologies: implications for employment and earnings. Cambridge: National Bureau of Economic Research, Jun. 2010. (Working Paper, n. 16082).

AMORIM, B. M. F.; SERVO, L. M. S.; FURTADO, P. RIBEIRO, E. P.; SOUZA, A. L. Criação, destruição e realocação de postos de trabalho por setores. In: CORSEUIL, C. H.; SERVO, L. M. S. (Org.). Criação, destruição e realocação de empregos no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

ARABSHEIBANI, G. R.; CARNEIRO, F. G.; HENLEY. Gender wage differentials in Brazil: trends over a turbulent era. World Bank, Oct. 2003. (Research Working Paper, n. 3148).

ARAÚJO, V. F.; RIBEIRO, E. P. Diferenciais de salário por gênero no Brasil: uma análise regional. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 33, n. 2, abr./jun. 2002.

AUTOR, D. The polarization of job opportunities in the U.S. Labor Market: implications for employment and earnings. Washington, DC: The Center for American Progress and The Hamilton Projec0, Apr. 2010. BACHA, E.; de BOLLE, M. B. Introdução.

BACHA, E.; de BOLLE, M. B. (Org). O futuro da indústria no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

BASTOS, S. Q. A.; SOUZA, K. B. de; PEROBELLI, F. S. O dinamismo do setor de serviços e sua interação com o setor industrial: uma análise para a região Sudeste no período pós Plano Real. In: ENCONTRO ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CENTROS DE PÓSGRADUAÇÃO EM ECONOMIA. Salvador, dez. 2008. 19p.

BARROS, G. S. C. Agricultura e indústria no desenvolvimento brasileiro. In: BUAINAIN, A.M., ALVES. E., SILVEIRA, J.M.; NAVARRO, Z. (Ed.). O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília, DF: Embrapa, 2014. p. 79-116.

BAUMOL, W. J. Association macroeconomics of unbalanced growth: the anatomy of urban crisis. The American Economic Review, v. 57, n. 3, p. 415-426, Jun. 1967.

BECKER, K. L.; KASSOUF, A. L. Diferença salarial e aposentadoria dos professores do ensino fundamental. Economia Aplicada, v. 16, n. 1, p. 77-104, 2012.

BLINDER, A. Wage discrimination: reduced form and structural estimates. The Journal of Human Resources. v. 4, p. 436-55, 1973.

BONELLI, R.; PESSOA, S.; MATOS, S. Desindustrialização no Brasil: fatos e interpretação. In: BACHA, E.; DE BOLLE, M. B. (Org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

BROADBERRY, S.; GUPTA, S. The historical roots of India’s service-led development: a sectoral analysis of Anglo-Indian productivity differences, 1870-2000. Explorations in Economic History, Elsevier, v. 47, n. 3, p. 264-278, 2010.

COELHO, A. M.; CORSEUIL, C. H. Diferenciais salariais no Brasil: um breve panorama. Rio de Janeiro: Ipea, 2002. (Texto para Discussão, n. 923).

CORSEUIL, C. H.; REIS, M. C.; Critérios de classificação para ocupação: consequências para a caracterização do setor informal e para análises de bem-estar no Brasil. Estudos Econômicos, Belo Horizonte, v. 45, n. 1, p. 5-31, jan./mar. 2015.

CORSEUIL, C. H.; SERVO, L. M. S.; RIBEIRO, E. P. Introdução. In: CORSEUIL, C. H.; SERVO, L. M. S. (Org.). Criação, destruição e realocação de empregos no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

CRUZ, B. O.; SANTOS, I. R. S. Dinâmica do emprego industrial no Brasil entre 1990 e 2009: uma visão regional da desindustrialização. Rio de Janeiro: Ipea, 2011. (Texto para Discussão, n. 1673).

DIAS, J. Desafios da qualificação no Brasil: demandas dos setores tradicionais e tecnológicos de curto e longo prazo por mão-de-obra qualificada. Rio de Janeiro: BNDES/Anpec, fev. 2013. (Série Working Paper, n. 47).

DOMINGUES, E. P.; SOUZA, K, B. de; CARDOSO, D. F.; CARVALHO, T. S.; SANTIAGO, F. S.; MAGALHÃES, A. S.; BETARELLI JÚNIOR, A. A. A dinâmica do emprego na indústria brasileira: comportamento recente (2006-2010) e o efeito de restrições de mão de obra especializada. Estudos Econômicos, v. 46, n. 3, p. 539-578, set. 2016.

DU CAJU, P.; RYCX, F.; TOJEROW, I. Inter-industry wage differentials: how much does rent sharing matter? The Manchester School, v.79, p. 691-717, 2011.

FARLIE, R. W. An extension of the Blinder-Oaxaca decomposition technique to logit and probit models. Journal of Economic and Social Measurement. v. 30, p. 305-316, 2005.

FIRPO, S.; FORTIN, N. M.; LEMIEUX, T. Decomposing wage distributions using recentered influence function regression. Columbia: Department of Economics, University of British, Jun. 2007. (Working Paper).

FIRPO, S.; FORTIN, N. M.; LEMIEUX, T. Unconditional quantile regressions. Econometrica, v. 77, n. 3, 2009.

FREIRE, C. T. Um estudo dos serviços intensivos em conhecimento no Brasil. In: DE NEGRI, J. A. de; KUBOTA, L. C. (Org.). Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

GOTTSCHALK, M. V.; ALVES, P. Diferenciais de salários no setor de serviços. In: DE NEGRI, J. A.; DE NEGRI, F.; COELHO, D. (Org.). Tecnologia, exportação e emprego. Brasília: Ipea, 2006.

HOEKMAN, B.; MATOO, A. Services trade and growth. World Bank Policy Research Jan. 2008. (Working Paper, n. 3148).

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Microdados. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2015/microdados.shtm. Acesso em: 20 out. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014 (PNAD-2014). Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_anual/microdados/2014//. Acesso em: 20 out. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Metodologia. Anexo III – Composição dos grupamentos de atividades. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2017. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Serviços. Brasil em Síntese. Disponível em: http://brasilemsintese.ibge.gov.br/servicos.html. Acesso em: 4 jan. 2016.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Mercado de trabalho. Carta de Conjuntura, Brasília, Ipea, n. 23, jun. 2014. Acesso em: 14 jul. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Mercado de trabalho. Carta de Conjuntura, Brasília, Ipea, n. 27, jum. 2015. Acesso em: 14 jul. 2015.

JACINTO, P. A. R.; PONTUAL, E. Crescimento da produtividade no setor de serviços e da indústria no Brasil: dinâmica e heterogeneidade. Economia Aplicada, v. 19, n. 3, p. 401-427, jul./set. 2015.

JESUS, J. G. A evolução do diferencial de rendimentos entre negros e brancos nos setores agrícola e não agrícola no Brasil. Revista Orbis Latina, v. 4, n. 1, p. 159-185, 2015.

KALDOR, N. A model of economic growth. Economic Journal, Cambridge, v. 67, p. 591-624, 1957.

KENESSEY, Z. The primary, secondary, tertiary and quaternary Sectors of the Economy. The Review of Income and Wealth, v. 33, n. 4, p. 359-385, Dec. 1987.

KON, A. Sobre as atividades de serviços: revendo conceitos e tipologias. Revista de Economia Política, v. 19, n. 2, 1999.

KON, A. Economia de serviços. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2004.

KUBOTA, L. C. Apresentação. In: DE NEGRI, J. A. de; KUBOTA, L. C. (Org.). Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

KUBOTA, L. C. A inovação tecnológica das firmas de serviços no Brasil. In: DE NEGRI, J. A. de; KUBOTA, L. C. (Org.). Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

LOVELL, P. A. Race, gender, and work in São Paulo, Brazil, 1960-2000. Latin American Research Review, v. 41, n. 3, p. 63-87, 2006.

MEIRELES, D. C. Diferenciais de rendimentos por gênero: uma análise dos efeitos composição e estrutura salarial no Brasil (1976, 1987, 1996 e 2009). 2014. 93f. Dissertação (Mestrado em Economia Regional)–Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.

MELO, H. P. de; ROCHA, F.; FERRAZ, G.; DI SABBATO, A.; DWECK, R. O setor de serviços no Brasil: uma visão global – 1985/95. Rio de Janeiro: Ipea, 1998. (Texto para Discussão, n. 579).

MINCER, J. Schooling, experience and earning. New York: NBER, 1974. O’NEILL, J. The gender gap in wages, circa 2000. The American Economic Review, v. 93, n. 2, p. 309-314, Jan. 2003.

OAXACA, R., Male-female wage differentials in urban labor market, International Economic Review, Osaka, v. 14, n. 23, p. 693-709, 1973.

OMETTO, A. M. H.; HOFFMANN, R.; ALVES, M. C. A segregação por gênero no mercado de trabalho nos estados de São Paulo e Pernambuco. Economia Aplicada, v. 1, n. 3, p. 393- 423, 1997.

OMETTO, A. M. H.; HOFFMANN, R.; ALVES, M. C. Participação da mulher no mercado de trabalho· discriminação em Pernambuco e em São Paulo. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro. v.53, n.3, p.287-322. jul./set. 1999.

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-PERATION AND DEVELOPMENT (OECD). Innovation and knowledge-intensive Services Activities. Paris: OECD Publishing, 2006. Disponível em: http://www.keepeek.com/Digital-Asset-Management/oecd/science-andtechnology/innovation-and-knowledge-intensive-service-activities_9789264022744-en. Acesso em: 31 out. 2016.

PARNES, B.; HARTUNG, G. Uma nota sobre a desaceleração recente da indústria brasileira. In: BACHA, E.; DE BOLLE, M. B. (Org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. 1 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

PASTORE, A. C.; GAZZANO, M.; PINOTTI, M. C. Por que a produção industrial não cresce desde 2010?. In: BACHA, E.; DE BOLLE, M. (Org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

PEREIRA, M. Z.; BASTOS, S.; PEROBELLI, F. S. Análise Sistêmica do setor de serviços no Brasil (2005). In: ENCONTRO ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CENTROS DE PÓSGRADUAÇÃO ECONOMIA, Porto de Galinhas, dez. 2012, 20p.

PINHEIRO, A. C.; RAMOS, L. Interindustry wage differentials and earning inequality. Estudios de Economia, v. 21, n. 1, p. 79-111, 1994.

REIS, M. C. Fields of study and earnings gap by race in Brazil. Review of Development Economics, v. 21, n. 3, p. 756-785, Aug. 2017.

ROCHA, S. A investigação da renda nas pesquisas domiciliares. Economia e Sociedade, Campinas, v. 12, n. 2 (21), p. 205-224, jul./dez. 2003.

ROWTHORN, R.; RAMASWANY, R. Growth, trade and desindustrialization. IMF Staff Papers, v. 46, n. 1, 1999.

ROWTHORN, R.; WELLS, J. R. De-industrialization and foreign trade. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

SACHSIDA, A.; LOUREIRO, P. R.; MENDONÇA, M. J. C. de. Um estudo sobre escolaridade. Revista Brasileira de Economia, v. 58, n. 2, p. 249-265, ago. 2007.

SCATOLIN, F. D.; CRUZ, M. J. V.; PORCILE, G.; NAKABASHI, L. Desindustrialização? Uma análise comparativa entre Brasil e Paraná. Indicadores Econômicos FEE, v. 35, n. 1, p. 105-120, ago. 2007.

SILVA, A. M.; DE NEGRI, J. A.; KUBOTA, L. C. Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. In: DE NEGRI, J. A. de; KUBOTA, L. C. (Org.). Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

SILVA, R. A. Evolução recente do terciário (serviços) no Brasil. 2009. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Econômico)–Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

SQUEFF, G. C. Desindustrialização no Brasil: luz e sombras no debate brasileiro. Brasília: Ipea, 2012. (Texto para Discussão, n. 1747).

TREGENNA, F. Characterizing deindustrialization: an analysis of changes in manufacturing employment and output internationally. Cambridge Journal of Economics, v. 33, n. 3, p. 433- 466, May 2008.

VAZ. D. V.; HOFFMANN, R. Remuneração nos serviços no Brasil: o contraste de funcionários públicos e privados. Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 2, p. 199-232, ago. 2007.

VALOTTO, G. P. La evolución en la consideración económica del sector servicios. Revista Contribuciones a la Economía, 2011. Disponível em: http://www.eumed.net/ce/2011a/. Acesso em: 10 out. 2015.

VILELA, T.; ARAÚJO, E.; RIBEIRO, E. Análise do diferencial de renda do trabalho em 2008 entre diferentes gerações de trabalhadores no Brasil. Revista EconomiA, maio/ago. 2012.

O periódico Economia e Sociedade disponibiliza todos os conteúdos em acesso aberto, através da plataforma SciELO, e usa uma licença aberta para preservar a integridade dos direitos autorais dos artigos em ambiente de acesso aberto.

O periódico adotou até Abril/2015 a licença Creative Commons do tipo BY-NC. A partir de Maio/2015 a licença em uso é do tipo Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), disponível no seguinte link: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt

Autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo e informações apresentadas em seus manuscritos.

O periódico Economia e Sociedade encoraja os Autores a autoarquivar seus manuscritos aceitos, publicando-os em blogs pessoais, repositórios institucionais e mídias sociais acadêmicas, bem como postando-os em suas mídias sociais pessoais, desde que seja incluída a citação completa à versão do website da revista.

Downloads

Não há dados estatísticos.