Banner Portal
Acumulação fictícia, especulação e instabilidade financeira. Parte I
PDF

Palavras-chave

Financeirização
Acumulação fictícia
Especulação
Instabilidade financeira
Crise financeira.

Como Citar

CARNEIRO, Ricardo. Acumulação fictícia, especulação e instabilidade financeira. Parte I: uma reflexão sobre a financeirização a partir de Marx, Keynes e Minsky. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 28, n. 2, p. 293–312, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8656960. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este texto, tem como objetivo essencial, entender os principais traços da financeirização, à luz da contribuição de autores clássicos como Marx, Keynes e Minsky, dos quais se enfatiza algumas categorias analíticas, distintas, mas similares. Ao fazer isto, busca investigar como esses autores estabeleceram os fundamentos para o tratamento do tema, para a partir daí analisar as contribuições contemporâneas, abordadas em ensaio ulterior. Adota como perspectiva que o essencial é distinguir o conteúdo da forma, ou seja, o avanço geral do capital financeiro como etapa superior e desregulada do capitalismo, das formas concretas e históricas que este assume. No plano mais geral e abstrato, a financeirização representa a retomada e o aprofundamento da lógica patrimonial, fictícia ou especulativa de valorização do capital. Distingue-se da morfologia, que diz respeito aos agentes e mercados principais envolvidos nesse processo, e às suas relações.

PDF

Referências

CARNEIRO, R.; ROSSI, P.; MELLO, G.S.; CHILIATTO-LEITE, M.V. The fourth dimension: derivatives and financial dominance. Review of Radical Political Economics, v. 47, n. 4, p. 641-662, 2015.

HILFERDING, R. (1910). O capital financeiro. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

HOBSON, J. A. (1906). A evolução do capitalismo moderno. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

KALECKI, M. Crescimento e ciclo das economias capitalistas. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1977.

KEYNES, John Maynard (1936). A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo, SP: Atlas, 1992.

KEYNES, John Maynard. A treatise on money. New York, NY: Macmillan: St. Martin's, 1930. 2v.

LAPAVITSAS, C. Financialised capitalism: crisis and financial expropriation. Historical Materialism, v. 17, p. 114-148, 2009.

LAPAVITSAS, C. Theorizing financialization. Work, Employment and Society, v. 25, n. 4, p. 611-626, 2011.

LENIN, Vladimir Ilitch (1917). Imperialismo, estágio superior do capitalismo: (ensaio popular). São Paulo, SP: Expressão Popular, 2012.

MARX, K. (1894). O capital. São Paulo: Editora Boitempo, 2017. MINSKY, H. P. The financial instability hypothesis: an interpretation of Keynes and an alternative to “standard” theory. Challenge, v. 20, n. 1, p. 20-27, 1977.

MINSKY, H. P. Schumpeter: finance and evolution. Hyman P. Minsky Archive. Paper 314. Disponível em: http://digitalcommons.bard.edu/hm_archive/3141988.

MINSKY, H. P. The financial instability hypothesis. The Jerome Levy Economics Institute, 1992. (Working Paper, n. 74).

MINSKY, H. P. Finance and stability: the limits of capitalism. Levy Economics Institute, 1993. (Working Paper, n. 93).

PALLUDETO, A. W. A. Os derivativos na literatura marxista: uma crítica. Campinas: Unicamp. Instituto de Economia, maio 2017. (Texto para Discussão, n. 297).

SCHUMPETER, J. A. (1934). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

VAN der ZWAN, N. Making sense of financialization. Socio-Economic Review, v. 12, n. 1, p. 99-129, 2014.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.