Resumo
O que é a superexploração da força de trabalho? Como a superexploração funciona? Quais são seus impactos para a classe trabalhadora? O presente artigo busca responder a essas questões, demonstrando como a categoria introduzida por Ruy Mauro Marini pode ser compreendida em acordo com a teoria marxista do valor, e como ela se articula com a determinação do valor da força de trabalho. O texto foi elaborado tendo em vista tanto contribuir para uma compreensão mais ampla dessa categoria quanto para apresentá-la àqueles que não são conhecedores do debate sobre a dependência.
Referências
ANTUNES, Ricardo. A desertificação neoliberal no Brasil: Collor, FHC e Lula. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005 [2004].
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho?: ensaios sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2008 [1995].
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.
BAMBIRRA, Vânia. O capitalismo dependente latino-americano. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2013 [1974].
BAMBIRRA, Vânia. Teoria de la dependencia: una anticrítica. México: Era, 1978.
CARCANHOLO, Marcelo Dias. (Im)precisões sobre a categoria superexploração da força de trabalho. In: ALMEIDA FILHO, Niemeyer (Org.). Desenvolvimento e dependência: cátedra Ruy Mauro Marini. Brasília: IPEA, 2013. p. 71-97.
CARDOSO, Fernando Henrique; SERRA, José. Las desventuras de la dialéctica de la dependencia. Revista Mexicana de Sociología, v. 40, p. 9-55, 1978.
COMMUNIST LEAGUE OF FRANCE. A program of action for France. In: TROTSKY, Leon; BREITMAN, George. Writings of Leon Trotsky [1934-35]. New York: Pathfinder Press, 1971 [1934].
CUEVA, Agustín. Teoría social y procesos políticos en América Latina. México: EDICOL, 1979.
KATZ, Frederico Jayme. Clamando no deserto: a tese do bloqueio. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE DE ECONOMIA POLÍTICA LATINO-AMERICANA, 4., 2008, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires: SEPLA, 2008.
KATZ, Frederico Jayme. Questionando as teorias da dependência e da financeirização: o Brasil na encruzilhada do desenvolvimento do capitalismo. São Paulo: Plêiade, 2011.
MARINI, Ruy Mauro. Dialéctica de la dependencia. 5. ed. México: Era, 1981 [1972].
MARINI, Ruy Mauro. Subdesarrollo y revolución. 8. ed. México: Siglo XXI, 1977 [1969].
MARINI, Ruy Mauro. Subdesarrollo y revolución en América Latina. Investigación Económica, México, v. 29, n. 113, p. 87-104, jan. 1969 [1967].
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política; livro primeiro - o processo de produção do capital. Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013 [1867].
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política; livro terceiro - o processo global da produção capitalista. Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial, 2017 [1894].
MARX, Karl. Salário, preço e lucro. In: MARX, Karl. Para a crítica da economia política; Salário, preço e lucro; O rendimento e suas fontes: a economia vulgar. São Paulo: Abril Cultural, 1982 [1865].
OSORIO, Jaime. Explotación redoblada y actualidad de la revolución. México: Itaca ; Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Xochimilco, 2009.
OSORIO, Jaime. Fundamentos de la superexplotación. Razón y Revolución, Buenos Aires, v. 25, p. 9-34, 1 nov. 2013.
PERLO, Victor. American imperialism. New York: International Publishers, 1951.
ROZZOTTO, Jaime Díaz. El carácter de la revolución guatemalteca: ocaso de la revolución democrático-burguesa corriente. México: Ediciones Revista Horizonte, 1958.
SANTOS, Theotonio Dos. Imperialismo y dependencia. Caracas: Fundación Biblioteca Ayacucho, 2011 [1978].
SMITH, Tony. Globalisation: a systematic Marxian account. Boston: Brill, 2006. (Historical Materialism Book Series, v. 10).
SMITH, Tony. Tec hnology and capital in the age of Lean production: a Marxian critique of the “new economy”. Albany: SUNY Press, 2000.
O periódico Economia e Sociedade disponibiliza todos os conteúdos em acesso aberto, através da plataforma SciELO, e usa uma licença aberta para preservar a integridade dos direitos autorais dos artigos em ambiente de acesso aberto.
O periódico adotou até Abril/2015 a licença Creative Commons do tipo BY-NC. A partir de Maio/2015 a licença em uso é do tipo Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), disponível no seguinte link: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt
Autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo e informações apresentadas em seus manuscritos.
O periódico Economia e Sociedade encoraja os Autores a autoarquivar seus manuscritos aceitos, publicando-os em blogs pessoais, repositórios institucionais e mídias sociais acadêmicas, bem como postando-os em suas mídias sociais pessoais, desde que seja incluída a citação completa à versão do website da revista.