Resumo
O artigo discute o ‘modelo de estagnação’, desenvolvido por Furtado em 1965 e 1966, e comenta a crítica de Tavares e Serra à formulação de Furtado, de ‘Além da Estagnação’ (1971). Procura discutir em que medida os textos de Furtado da primeira metade dos anos 1970 teriam representado uma meia-volta, no sentido de abandono dos pressupostos analíticos do modelo estagnacionista. Conclui que os impasses do modelo de estagnação de Furtado são inúmeros e bem diversos daqueles arguidos por Tavares e Serra.
Referências
BIANCHI, A. et al. América Latina: ensayos de interpretacióneconómica. Santiago, Editorial Universitaria, 1969.
BIANCONI, R. Estagnação latino-americana e estratégia brasileira de desenvolvimento: análises do início do exílio de Celso Furtado. In: ENCONTRO DA ABPHE, Vitória, 2015. Anais...
BOIANOVSKY, M. A formação política do Brasil segundo Furtado. Revista de Economia Política, v. 34, n. 2, 2014.
BUGELLI, A. H.; PIRES, J. M. Uma revisão da teoria da estagnação de Celso Furtado e a crise econômica dos anos 1960. Cadernos do Desenvolvimento, ano 6, n. 9, 2011.
CEPAL. Introdução à técnica de planejamento. In: BIELSCHOWSKY, R. Cinqüenta anos de pensamento na Cepal. Rio de Janeiro: Record, 2000.
CEPÊDA, V. A. O pensamento político de Celso Furtado: desenvolvimento e democracia. In: BRESSER-PEREIRA, L. C.; REGO, J. M. (Org.). A grande esperança em Celso Furtado. São Paulo: Editora 34, 2001.
COUTINHO, M. Celso Furtado e a crítica da teoria econômica. In: SABÓIA, João; CARDIM DE CARVALHO, Fernando J. (Org.). Celso Furtado e o século XXI. Barueri: Manole, 2007.
COUTINHO, M. Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina, de Celso Furtado. Campinas, 2015. Mimeo.
FURTADO, C. A economia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. A Noite, 1954.
FURTADO, C. Perspectivas da economia brasileira. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, [1958] 2012.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, [1959] 2009.
FURTADO, C. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.
FURTADO, C. Political obstacles to economic growth in Brazil. International Affairs, London, v. 41, 1965a.
FURTADO, C. Development and stagnation in Latin America: a structuralist approach. Yale University Economic Growth Center, Yale, v. 1, n. 11, 1965b.
FURTADO, C. Subdesenvolvimento e estagnação na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966a.
FURTADO, C. Subdesarrollo y estagnación em América Latina. Desarrollo Económico, Buenos Aires, v. 6, n. 22-23, jul./dic. 1966b.
FURTADO, C. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967.
FURTADO, C. Análise do modelo brasileiro. São Paulo: Civilização Brasileira, 1972.
FURTADO, C. A hegemonia dos Estados Unidos e o subdesenvolvimento da América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973.
FURTADO, C. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
FURTADO, C. Prefácio a nova economia política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
FURTADO, C. Criatividade e dependência na civilização industrial. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
FURTADO, C. A fantasia organizada. São Paulo: Paz e Terra, 1985.
FURTADO, C. A fantasia desfeita. São Paulo: Paz e Terra,1989.
FURTADO, C. Os ares do mundo. São Paulo: Paz e Terra, 1991.
FURTADO, C.; MANESCHI, A. Um modelo simulado de desenvolvimento e estagnaçao na América Latina. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, FGV, v. 22, n. 2, 1968.
LEWIS, W.A. O desenvolvimento econômico com oferta ilimitada de mão de obra. In: AGARWALA, A. N.; SINGH, S. P. A economia do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010.
NURKSE, R. Problems of capital formation in underdeveloped countries. Oxford: Basil Blackwell, 1953.
OLIVEIRA, F. Un clássico de El Trimestre Económico: Celso Furtado y el paradigma del subdesarrollo. El Trimestre Económico, Mexico, v. 50, n. 198 (2), 1983.
OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista. Estudos Cebrap, São Paulo , n. 2, 1972.
RODRIGUEZ, O. O estruturalismo latino-americano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
SALM, C. O debate sobre a tendência à estagnação. In: MALTA, M. (Org). Ecos do desenvolvimento - uma história do pensamento econômico brasileiro. Rio de Janeiro: Ipea/Centro Celso Furtado, 2011.
TAVARES, M. C.; SERRA, J. Más allá del estancamento: una discusión sobre el estilo de desarrollo reciente. El Trimestre Económico, México, v. 38, n. 152 (4), p. 905-950, 1971.
TAVARES, M. C.; SERRA, J. Além da estagnação: uma discussão sobre o estilo de desenvolvimento recente. In: BIELSCHOWSKY, R. Cinqüenta anos de pensamento na Cepal. Rio de Janeiro: Record, 2000.
O periódico Economia e Sociedade disponibiliza todos os conteúdos em acesso aberto, através da plataforma SciELO, e usa uma licença aberta para preservar a integridade dos direitos autorais dos artigos em ambiente de acesso aberto.
O periódico adotou até Abril/2015 a licença Creative Commons do tipo BY-NC. A partir de Maio/2015 a licença em uso é do tipo Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), disponível no seguinte link: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt
Autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo e informações apresentadas em seus manuscritos.
O periódico Economia e Sociedade encoraja os Autores a autoarquivar seus manuscritos aceitos, publicando-os em blogs pessoais, repositórios institucionais e mídias sociais acadêmicas, bem como postando-os em suas mídias sociais pessoais, desde que seja incluída a citação completa à versão do website da revista.