Banner Portal
Ciclo, crise e retomada da economia brasileira
PDF

Palavras-chave

Convenções
Políticas macroeconômicas
Ciclo econômico brasileiro

Como Citar

RESENDE, Marco Flávio da Cunha; TERRA, Fábio Henrique Bittes. Ciclo, crise e retomada da economia brasileira: avaliação macroeconômica do período 2004-2016. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 29, n. 2, p. 469–496, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8662017. Acesso em: 11 maio. 2024.

Resumo

Com base no conceito de convenção em Keynes, este artigo analisa a queda cíclica em 2011-2014 e a recessão em 2015-2016 da economia brasileira a partir da relação entre as políticas macroeconômicas adotadas, as convenções constituídas e o investimento privado. Em linhas gerais, argumenta-se que contradições e falta de coordenação marcaram as políticas fiscal, cambial e monetária em 2011-2014, inviabilizando convenções otimistas e levando à fase descendente do ciclo. Em 2015-2016, a equivocada política econômica, a crise política e a Lava-Jato produziram o colapso da economia brasileira. Após isso, são apontadas as políticas macroeconômicas requeridas para a retomada sustentada da economia.

PDF

Referências

ARESTIS, P.; RESENDE, M. F. C. Fiscal policy and the substitution between national and foreign savings. Journal of Post Keynesian Economics, v. 37, n. 3, p. 436-458, 2015.

ARESTIS, P.; TERRA, F. H. B. Economic policies to improve the current state of the Brazilian economy. Challenge, v. 58, n. 6, p. 532-549, 2015.

ASCHAUER, D. A. Is public expenditure productive? Journal of Monetary Economics, v. 23, p. 177-200, 1989.

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB). Indicadores de conjuntura do Banco Central do Brasil. Brasília: BCB, 2018. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/indeco.asp.

BRASIL, G. C. Aspects of the political economy of the Brazilian banking sector: has it blocked foreign competition? Dissertação (Mestrado)–Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Relações Internacionais, Campinas, 2019.

BRESSER-PEREIRA, L. C.; OREIRO, J. L.; MARCONI, N. Developmental macroeconomics. London: Routledge, 2015.

CALDERÓN, C.; SERVÉN, L. The effects of infrastructure development on growth and income distribution. Santiago, Chile: Central Bank of Chile, 2004. (Working Paper, n. 270).

CARVALHO, F.J. C. Expectativas, incerteza e convenções. BNDES-Biblioteca Digital, 2014.

CARVALHO, F. J. C. Keynes on expectations, uncertainty and defensive behavior. Brazilian Keynesian Review, v. 1, n. 1, 2015.

CARVALHO, L. Valsa brasileira: do boom ao caos econômico. São Paulo: Todavia, 2018.

DAVIS, J. J. M. Keynes on history and convention. In: HARCOURT, G.; RIACH, P. (Ed.). A ‘second edition’ of the General Theory. London: Routledge, 2005. v. 2, p. 149-162.

DEQUECH, D. On some arguments for the rationality of conventional behaviour under uncertainty: concepts, applicability, criticisms. In: SARDONI, C.; KRIESLER, P. (Ed.). Keynes, post-Keynesianism and political economy. London: Routledge, 1999. p. 176-196.

DOW, S. C. Keynes on knowledge, expectations and rationality. Conference on microfoundations for modern macroeconomics. Center on Capitalism and Society, New York, 2010.

FERRARI-FILHO, F. Política comercial, taxa de câmbio e moeda internacional: uma análise a partir de Keynes. Porto Alegre: UFRGS, 2006.

FERRARI-FILHO, F.; CONCEIÇÃO, O. A. C. The concept of uncertainty in post Keynesian theory and in institutional economics. Journal of Economic Issues, v. 39, n. 3, p. 579-594, 2005.

FRITZ, B.; PAULA, L. F.; PRATES, D. M. Hierarquia de moedas e redução da autonomia de política econômica em economias periféricas emergentes: uma análise Keynesiano-estruturalista. In: FERRARI-FILHO, F.; TERRA, F. H. B. (Ed.). Keynes: ensaios sobre os 80 anos da Teoria Geral. Porto Alegre: Tomo, 2016. p. 177-202.

GALA, P. Real exchange rate levels and economic development: theoretical analysis and empirical evidence. Cambridge Journal of Economics, Cambridge, 32, p. 273-288, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Portal Dados. 2018. Disponível em: https://portalibre.fgv.br/servicos-ibre/banco-de-dadosonline/fgv-dados/. Acesso: 17 out. 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Séries Históricas e Estatísticas. Brasília: IBGE, 2018. Disponível em: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=0&de=75&no=12. Acesso: 17 out. 2019. IPEADATA. Dados Macroeconomia. Brasília: Ipea, 2017. Disponível em: http//:www.ipeadata.gov.br. Acesso: 17 out. 2019.

KEYNES, J. M. The General Theory of Employment, Interest and Money. In: THE COLLECTED Writings of John Maynard Keynes. London: Royal Economic Society/Macmillan, 1973. v. VII.

KEYNES, J. M. Activities 1940-1944: shaping the post-war world. The Clearing Union. In: THE COLLECTED Writings of John Maynard Keynes. London: Royal Economic Society/ Macmillan, 1980a. v. XXV.

KEYNES, J. M. Activities 1940-1946: shaping the post-war world employment. In: THE COLLECTED Writings of John Maynard Keynes. London: Royal Economic Society/ Macmillan, 1980b. v. XXVII.

LOURAL, M. S. Investimentos industriais no Brasil: uma análise do período 1999-2013. Tese (Doutorado)–Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, São Paulo, 2016. 173p.

MACIEL, L. F. P. Pass-through cambial: uma estimação para o caso brasileiro. Dissertação (Mestrado em Economia)–FGV – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2006. 44p.

MINSKY, H. Stabilizing and unstable economy. Twentieth Century Fund Report, 1986.

MODENESI. A. M.; MODENESI, R. L.; MARTINS, N. M. Convention, interest rates and monetary policy: a post-Keynesian-French-conventions-school approach. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO KEYNESIANA BRASILEIRA, AKB, 7, Rio de Janeiro. Anais...

OREIRO, J. L. C. Por que a taxa de investimento no Brasil é tão baixa? 2013. Disponível em: https://jlcoreiro.wordpress.com/2013/01/13/por-que-a-taxa-de-investimento-no-brasil-e-taobaixa. Acesso: 18 ago. 2019.

PAULA, L. F.; BRUNO, M. Financeirização, colaizão de interesses e taxa de juros no Brasil. Princípios, v. 151, p. 66-71, nov./dez. 2017.

PAULA, L. F.; MOURA, R. Consequências econômicas da operação Lava-Jato. Valor Econômico, 28 ago. 2019. São Paulo: Globo, 2019.

PRATES, D. M.; CAGNIN, R. F.; FREITAS, M. C. P.; NOVAIS, L. F. Balanço do regime de política macroeconômica no primeiro biênio do governo Dilma. In: BIASOTO JUNIOR, G.; NOVAIS, L. F.; CAGNIN, R. F. (Org.). A economia brasileira no contexto da crise global. São Paulo: Fundap, 2014. p. 51-78.

ROSSI, P.; MELLO, G. Componentes macroeconômicos e estruturais da crise brasileira: o subdesenvolvimento revisitado. Brazilian Keynesian Review, v. 2, n. 2, p. 252-263, 2016.

ROZAS, P.; SÁNCHEZ, R. Desarrollo de infraestructura y crecimiento económico: revisión conceptual. Santiago, Chile: ECLAC, 2004.

SECRETARIA DE POLÍTICA ECONÔMICA – SPE. Boletim do Resultado Fiscal Estrutural. Brasília: SPE, 2017.

SERRANO, F.; SUMMA, R. Demanda agregada e a desaceleração do crescimento econômico brasileiro de 2011 a 2014. Washington: Center for Economic and Policy Research – CPPR, 2015.

TERRA, F. H. B.; FERRARI-FILHO, F. O papel do estado e a noção de desenvolvimento econômico em Keynes. In: FEIJÓ, C.; ARAUJO, E. C. (Org.). Macroeconomia moderna: lições de Keynes para economias em desenvolvimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. p. 33- 44.

TERRA, F. H. B. A política fiscal na perspectiva pós-Keynesiana. FEIJÓ, C.; ARAUJO, E. C. (Org.). Macroeconomia moderna: lições de Keynes para economias em desenvolvimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. p. 57-68.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Economia e Sociedade

Downloads

Não há dados estatísticos.