Banner Portal
Diversificação produtiva da manufatura brasileira
PDF

Palavras-chave

Diversificação
Plantas multiprodutos
Base produtiva
Indústria brasileira

Como Citar

TESSARIN, Milene Simone; MORCEIRO, Paulo César; GUILHOTO, Joaquim José Martins. Diversificação produtiva da manufatura brasileira. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 2, p. 351–370, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8666454. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este estudo fez uma análise exploratória da diversificação produtiva brasileira com informações oficiais inéditas de plantas multiprodutos obtidas da Pesquisa Industrial Anual do IBGE. O estudo é inovador por apresentar dados diretos de produção de plantas multiprodutos e elaborar um parâmetro para comparação entre os setores diversificados e não diversificados. Outro diferencial refere-se ao elevado nível de desagregação setorial, que inclui cerca de 100 setores da manufatura. Os resultados apontam que a parcela dos setores com empresas que diversificam a produção é pequena, contudo, é representativo em termos de receita líquida de vendas e valor da produção. Os indicadores econômicos da parcela diversificada mostraram-se mais significantes e se ampliam conforme o nível de diversificação aumenta. Constatou-se que setores de baixa e média-baixa tecnologia tendem a diversificar mais para setores próximos (intra-indústria) enquanto alta e média-alta tecnologia diversificam tanto para setores intra como inter-indústria.

PDF

Referências

AGHION, P.; HOWITT, P. A model of growth through creative destruction. Econometrica, v. 60, n. 2, p. 323-351, 1992.

AOKI, M.; YOSHIKAWA, H. Demand saturation-creation and economic growth. Journal of Economic Behavior & Organization, v. 48, p. 127-154, 2002.

ARDISSONE, M. S. R. Mudança na distribuição espacial das atividades industriais por microrregião no período 1996/2005. 2009. Tese (Doutorado)-Instituto de Economia/UFRJ. Rio de Janeiro, 2009.

BARROS, A. A. de; SIDSAMER, S. Diversificação e concentração na indústria brasileira - 1974. Rio de Janeiro: IBGE, 1983.

BERNARD, A.; REDDING, S.; SCHOTT, P. Multiple-product firms and product switching. American Economic Review, v. 100, n. 1, p. 70-97, 2010.

COHEN, W. M.; LEVINTHAL, D. A. Absorptive capacity: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1, p. 128-152, 1990.

GARCIA-VEGA, M. Does technological diversification promote innovation? An empirical analysis for European firms. Research Policy, v. 35, n. 2, p. 230-246, 2006.

GORECKI, P. K. The measurement of enterprise diversification. The Review of Economics and Statistics, v. 56, n. 3, p. 399, Aug. 1974.

GORT, M. Diversification and integration in American industry. Cambridge, Massachussets: Greenwood Press, 1962.

GRANSTRAND, O. Towards a theory of the technology-based firm. Research Policy , v. 27, n. 5, p. 465-489, 1998.

GRANSTRAND, O.; PATEL, P.; PAVITT, K. Multi-technology corporations: why they have “distributed” rather than “distinctive core” competencies. California Management Review, v. 39, n. 4, p. 8-25, 1997.

HAUSMANN, R.; HIDALGO, C.; BUSTOS, S.; COSCIA, M.; SIMOES, A.; YILDIRIM, M. A. The Atlas of economic complexity: mapping paths to prosperity. Cambridge, Massachusetts, London: The MIT Press, 2013.

HAUSMANN, R.; RODRIK, D. Economic development as self-discovery. Journal of Development Economics, v. 72, n. 2, p. 603-633, 2003.

HIDALGO, C.; KLINGER, B.; BARABÁSI, A.-L.; HAUSMANN, R. The product space conditions the development of nations. Science, v. 317, n. 5837, p. 482-487, 2007.

HITT, M. A.; HOSKISSON, R. E.; KIM, H. International diversification: effects on innovation and firm performance in product-diversified firms. Academy of Management Journal, v. 40, n. 4, p. 767-798, 1997.

HOLANDA FILHO, S. B. de. Estrutura industrial no Brasil: concentração e diversificação. Rio de Janeiro: IPEA/INPES, 1983.

IBGE. Pesquisa Industrial Anual Empresa: 2013. 32. ed. Rio de Janeiro: IBGE , 2013.

IBGE. Pesquisa Industrial Anual Empresa: 2016. 35. ed. Rio de Janeiro: IBGE , 2016.

JACOBS, J. The economy of cities. New York: Random House, 1969.

JACQUEMIN, A. P.; BERRY, C. H. Entropy measure of diversification and corporate growth. The Journal of Industrial Economics, v. 27, n. 4, p. 359-369, 1979.

JAFFE, A. B. Technological opportunity and spillovers of R&D: evidence from firms’ patents, profits, and market value. The American Economic Review , v. 76, n. 5, p. 984-1001, 1986.

KIM, J.; LEE, C. Y.; CHO, Y. Technological diversification, core-technology competence, and firm growth. Research Policy , v. 45, n. 1, p. 113-124, 2016.

KOREN, M.; TENREYRO, S. Technological diversification. American Economic Review , v. 103, n. 1, p. 378-414, 2013.

KRETZER, J. A diversificação da estrutura produtiva no Brasil: observações preliminares. Revista de Economia Contemporânea, v. 19, n. 2, p. 280-306, 2015.

LOS, B. The empirical performance of a new inter-industry technology spillover measure. In: SAVIOTTI, P. P.; NOOTEBOOM, B. (Ed.). Technology and knowledge: from the firm to innovation systems. London: Elgar Publishing, 2000.

MILLER, L. M. Diversificação das empresas indutriais no Brasil: 1974. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 11, n. 2, p. 469-498, 1981.

MORCEIRO, P. C. A indústria brasileira no limiar do século XXI: uma análise da sua evolução estrutural, comercial e tecnológica. 2018. Tese (Doutorado)-Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

MORCEIRO, P. C.; GUILHOTO, J. J. M. Adensamento produtivo e esgarçamento do tecido industrial brasileiro. Economia e Sociedade, v. 29, n. 3, p. 835-860, 2020.

NEFFKE, F.; HENNING, M. S.; BOSCHMA, R. How do regions diversify over time? Industry relatedness and the development of new growth paths in regions. Economic Geography, v. 87, n. 3, p. 237-265, 2011.

OECD. Science, Technology and Industry Scoreboard 2003. Paris: OECD, 2003.

PALEPU, K. Diversification strategy, profit performance and the entropy measure. Strategic Management Journal, v. 6, n. 3, p. 239-255, 1985.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: Towards a taxonomy and a theory. Research Policy , v. 13, p. 343-373, 1984.

PENROSE, E. The theory of the growth of the firm. 4. ed. New York: Oxford University Press, 1959.

PÉREZ, C. Dinamismo tecnológico e inclusión social en América Latina: una estrategia de desarrollo productivo basada en los recursos naturales. Revista CEPAL, v. 100, p. 123-145, 2010.

ROBERTSON, P. L.; PATEL, P. R. New wine in old bottles: technological diffusion in developed economies. Research Policy , v. 36, n. 5, p. 708-721, 2007.

RODRIK, D. The past, present, and future of economic growth. Challenge, v. 57, n. 3, p. 5-39, 2014.

ROMER, P. Endogenous technological change. Journal of Political Economy, v. 98, n. 5, Part 2, p. S71-S102, 1990.

RUMELT, R. P. Strategy, structure and economic performance. Boston: Harvard Business School Press, 1974.

SAVIOTTI, P. P. Structural change and economic development: the role of consumption. DIME Conference: Demand, Innovation and Industrial Dynamics, p. 1-17, 2008.

SAVIOTTI, P. P.; PYKA, A. Economic development by the creation of new sectors. Journal of Evolutionary Economics, v. 14, n. 1, p. 1-35, 2004.

SCHUMPETER, J. A. Capitalism, socialism & democracy. London and New York: Routledge, 1942.

SOLOW, R. M. Technical change and the aggregate production function. The Review of Economics and Statistics , v. 39, n. 3, p. 312-320, 1957.

TEECE, D. J. Towards an economic theory of the multiproduct firm. Journal of Economic Behavior and Organization, v. 3, n. 1, p. 39-63, 1982.

TEECE, D. J.; WINTER, S. G. Theory corporate coherence. Journal of Economic Behavior and Organization , v. 23, p. 1-30, 1994.

TESSARIN, M. S. O papel da inovação, diversificação e vizinhança setorial no desenvolvimento industrial recente do Brasil. 2018. Tese (Doutorado)-Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

TESSARIN, M. S.; MORCEIRO, P. C.; CHAGAS, A. L. S.; GUILHOTO, J. J. M. Proximidade setorial na indústria de transformação brasileira. Nova Economia, v. 30, n. 3, p. 771-801, 2020.

TESSARIN, M. S.; SUZIGAN, W.; GUILHOTO, J. J. M. Cooperação para inovar no Brasil: diferenças segundo a intensidade tecnológica e a origem do capital das empresas. Estudos Econômicos, v. 50, n. 4, p. 671-704, 2020.

ZAHAVI, T.; LAVIE, D. Intra-industry diversification and firm performance. Strategic Management Journal , v. 34, n. 8, p. 978-998, Aug. 2013.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Milene Simone Tessarin, Paulo César Morceiro, Joaquim José Martins Guilhoto

Downloads

Não há dados estatísticos.