Banner Portal
Avaliando o impacto do financiamento governamental federal em saúde na eficácia da atenção primária
PDF

Palavras-chave

Saúde pública
Financiamento governamental federal em saúde
Cuidados primários em saúde
Brasil

Como Citar

LINS, Julyan Gleyvison Machado Gouveia; MENEZES, Tatiane Almeida de. Avaliando o impacto do financiamento governamental federal em saúde na eficácia da atenção primária: evidências para o Brasil mediante internações hospitalares . Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 3, p. 1001–1032, 2022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8668842. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste trabalho é verificar, mediante uma estratégia de identificação causal, se choques positivos no financiamento governamental federal em saúde primária afetam negativamente a probabilidade de uso (internação) do sistema hospitalar devido a melhorias da saúde coletiva. Usaram-se dados do Brasil que, no que diz respeito a políticas de saúde, possui um sistema de atenção básica que é universal, público e gratuito. Os resultados encontrados sugerem, de forma geral, que maiores financiamentos federais da atenção primária geraram maiores médias nesse indicador nos pequenos municípios do país. Tal resultado evidencia um importante efeito de transbordamento desse financiamento nas internações do sistema hospitalar do país, por meio de um maior acesso a estes serviços por parte da população. Porém, esses achados também evidenciam uma ineficácia desses serviços em diminuir os repasses de indivíduos ao sistema de média e alta complexidade mediante ações de saúde preventiva de doenças.

PDF

Referências

ALFRADIQUE, M. E. et al. Ambulatory care sensitive hospitalizations: elaboration of Brazilian list as a tool for measuring health system performance (Project ICSAP-Brazil). Cadernos de Saúde Pública, v. 25, n. 6, p. 1337-1349, 2009.

ALMEIDA, E. Econometria espacial. Campinas, SP: Alínea, 2012.

ANSELIN, L. Spatial econometrics: methods and models. Dordrecht: Kluwer Academic, 1988.

BAICKER, K.; CHANDRA, A. Medicare spending, the physician workforce, and beneficiaries’ quality of care. Health Affairs, v. 23, n. 3, p. 291-291, 2004.

BAILEY, M. J.; GOODMAN-BACON, A. The War on Poverty’s experiment in public medicine: Community health centers and the mortality of older Americans. The American Economic Review, v. 105, n. 3, p. 1067-1104, 2015.

BHALOTRA, S.; ROCHA, R.; SOARES, R. R. Does universalization of health work? Evidence from health systems restructuring and maternal and child health in Brazil. Institute for Social and Economic Research, 2016.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Conta-satélite de saúde Brasil: 2010 a 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.

BROLLO, F. et al. The political resource curse. The American Economic Review , v. 103, n. 5, p. 1759-1796, 2013.

CAMINAL, H.; CASANOVA, M. C. Primary care evaluation and hospitalization due to ambulatory care sensitive conditions. Conceptual Framework. Atencion Primaria, v. 31, n. 1, p. 61-65, 2003.

DUSHEIKO, M. et al. Does better disease management in primary care reduce hospital costs? Evidence from English primary care. Journal of Health Economics, v. 30, n. 5, p. 919-932, 2011.

ELHORST, J. P. Dynamic models in space and time. Geographical Analysis, v. 33, n. 2, p. 119-140, 2001.

GIBBONS, S. The costs of urban property crime. The Economic Journal, v. 114, n. 499, p. F441-F463, 2004.

GIBBONS, S.; OVERMAN, H. G.; PATACCHINI, E. Spatial methods. In: HANDBOOK of Regional and Urban Economics. Elsevier, 2015. p. 115-168.

LESAGE, J. P.; FISCHER, M. M. Spatial growth regressions: model specification, estimation and interpretation. Spatial Economic Analysis, v. 3, n. 3, p. 275-304, 2008.

MACINKO, J.; DOURADO, I.; GUANAIS, F. C. Chronic diseases, primary care and health systems performance. Inter-American Development Bank (IDB), 2011.

MALTA, D. C.; MORAIS NETO, O. L.; SILVA JUNIOR, J. B. Apresentação do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011 a 2022. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 20, n. 4, p. 425-438, 2011.

MENDES, A.; MARQUES, R. M. O financiamento da atenção básica e da estratégia saúde da família no Sistema Único de Saúde. Saúde em Debate, v. 38, n. 103, p. 900-916, 2014.

MORAN, P. The interpretation of statistical maps. Journal of the Royal Statistical Society. Series B (Methodological), v. 10, n. 2, p. 243-251, 1948.

PIOLA, S. F.; PAIVA, A. B.; SÁ, E. B.; SERVO, L. M. S. Financiamento público da saúde: uma história à procura de rumo. Brasília: IPEA, 2013. (Texto para Discussão, n. 1846).

STARFIELD, B.; SHI, L. Policy relevant determinants of health: an international perspective. Health Policy, v. 60, n. 3, p. 201-218, 2002.

STARFIELD, B.; SHI, L.; MACINKO, J. Contribution of primary care to health systems and health. Milbank Quarterly, v. 83, n. 3, p. 457-502, 2005.

TYSZLER, M. Econometria espacial: discutindo medidas para a matriz de ponderação espacial. 2006. Tese (Doutorado).

VIEIRA, F. S.; BENEVIDES, R. P. Os impactos do novo regime fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde e para a efetivação do direito à saúde no Brasil. Brasília, DF: IPEA 2016. (Nota Técnica, n. 28).

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Julyan Gleyvison Machado Gouveia Lins, Tatiane Almeida de Menezes

Downloads

Não há dados estatísticos.