Resumo
A difusão do pensamento econômico em países e contextos específicos tem sido um uma das áreas mais representativas da pesquisa recente em história do pensamento econômico. No caso de Adam Smith, a profusão de conferências motivadas pelas comemorações de seu tricentenário de nascimento (em 2023) deve apenas confirmar essa orientação. Se lembrarmos que Smith publicou na segunda metade do século XVIII nos domínios da filosofia (Teoria dos Sentimentos Morais, 1759) e da economia (A Riqueza das Nações, 1776), e que suas anotações de aula sobre governo e jurisprudência (publicadas sob o título de Lectures on Jurisprudence) vieram a público entre o final do século XIX e o século XX, concluiremos que o prestígio do autor, somado ao amplo campo de abrangência de sua reflexão, não poderia deixar de ter aberto uma variada trilha de debates, através dos tempos. Acresça-se a revivescência do liberalismo econômico, nas décadas finais do século XX, e entenderemos que Smith tenha deixado de ser visto apenas como um economista e filósofo importante da segunda metade do século XVIII: para muitos, converteu-se em um arauto da ordem econômica moderna.
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