Banner Portal
A Política Agrícola Comum da CEE e a ocupação das famílias rurais em atividades agrícolas e não-agrícolas: lições para a política agrícola no Brasil
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Política Agrícola Comum. Famílias rurais. Ocupações rurais agrícolas e nãoagrícolas. Pluriatividade

How to Cite

NASCIMENTO, Carlos Alves. A Política Agrícola Comum da CEE e a ocupação das famílias rurais em atividades agrícolas e não-agrícolas: lições para a política agrícola no Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 14, n. 2, p. 263–285, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643029. Acesso em: 4 jul. 2024.

Abstract

O artigo procura mostrar, através de evidências na literatura especializada e por informações estatísticas, que na Comunidade Econômica Européia as famílias rurais que conciliam atividades agrícolas com atividades não-agrícolas, denominadas famílias pluriativas, apresentam tendência a crescer de forma sustentada, em grande medida, em virtude da sua Política Agrícola Comum, que ao longo de toda a sua história logrou preservar, a despeito do estímulo ao crescimento da produtividade do setor agrícola, a sua estrutura agrária preexistente marcada pela larga presença da agricultura familiar, independentemente da distinção entre “eficientes” e “ineficientes”. Objetiva-se com esta pesquisa fornecer subsídios para evitar tentativas de transpor para o Brasil experiências de realidades alhures sem fazer as devidas ponderações. Ou seja, no caso da presente questão, o crescimento das famílias pluriativas, deve-se considerar como ponto fundamental a diferença do papel do Estado, no Brasil e na CEE, no tocante, entre outras coisas, à organização da atividade agropecuária.

Abstract

Based on evidences in specialized literature and by statistical information, this paper seeks to show that in the European Economic Community (ECC) rural families who conciliate agricultural activities and non-agricultural activities, the so-called pluriactive families, tend to grow in a sustainable way due to its Common Agricultural Politics. Throughout its history, the Common Agricultural Politics aimed to preserve the preexisting agrarian structure marked by the wide presence of farm family, in spite of the encouragement to the productivity growth of the agricultural sector and of the distinction between “efficient” and “inefficient”. The aim of this research is to supply elements and informations in order to avoid attempts to apply foreign experiences to Brazilian case without consider its specifics differences. In Brazilian case, it must be considered as basic point the differences between State role in Brazil related to the farming activity organization.

Key words: Common agricultural politics. Rural families. Agricultural and non-agricultural rural activities. Pluriactivity.

PDF (Português (Brasil))

References

ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992. (Estudos Rurais).

ARKLETON TRUST. Adaptation des menages agricoles en Europe Occidentale 1987- 1991 – Rapport final du programme de recherche sur les structures et la pluriactivite des menages agricoles. Luxembourg: Commission Européenne, 1992.

AVILLEZ, F. A agricultura portuguesa face à agenda 2000. Documento de Trabalho n.12, dez. 1997.

BAPTISTA, F. O. Agricultura e territórios. Lisboa: Celta Ed., 2000.

CIPOLLA, C. M. The Fontana economic history – Contemporary economies (Parts one and two). Great Britain: William Collins Sons & Co Ltd Glasgow, 1976.

ETXEZARRETA, M.; ROSELL, J.; VILADOMILE, L. El replanteamiento del proteccionismo agrario y la política de estructuras. Revista de Economía, Madrid, 666, p. 75-100, feb. 1989.

EU-FADN. Farm accountancy data network of the European Union. Disponível em: .

FULLER, A. M. From part-time farming to pluriactivity: a decade of change in rural Europe. Journal of Rural Studies, n. 6 (4), p. 361-373, 1990.

HILL, B. F. The common agricultural policy: past, present and future. London: Methuen, 1984.

LÊNIN, V. I. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (Os Economistas).

MARQUES, M. A Política Agrícola Comum da CEE. Brasília: CFP, 1988. (Estudos Especiais, 22).

MEDEIROS, L., PACHECO, M. E., LEITE, S., WOLF, L. Agricultura familiar e desenvolvimento democrático: notas de uma viagem à Alemanha. Rio de Janeiro, IBASE, 1994.

NASCIMENTO, C. A. Agricultura familiar, pluriatividade e políticas públicas no Brasil: significados e perspectivas. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA, 9, Uberlândia, MG, 2004. CD-ROM.

________. Pluriatividade, pobreza rural e políticas públicas. Tese (Doutoramento)– Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2005.

OECD. Agricultural policy reform and the rural economy in OECD countries. Paris, France: OECD Publications, 1998.

POST, J.; TERLUIN, I. The changing role of agriculture in rural employment. In: BOLLMAN, R. D.; BRYDEN, J. M. Rural employment – an international perspective. London, UK, [s.n.], 1997. 465p.

TEIXEIRA, A. O movimento de industrialização nas economias capitalistas centrais no pós-guerra. Dissertação (Mestrado)–Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 1983.

TOLOSANA, A. O.; PERSIVA, E. M. Estrategia de adaptación de pequeñas explotaciones en el marco de la PAC. La agricultura a tiempo parcial en una área de montaña. Revista de Estudios Agro-Sociales, n. 16, p. 99-122, jul./sept. 1992.

VALLE, M. I. G. Los efectos de la reforma de la PAC sobre la economía de Castilla y León. Balance del período 93-99. Revista Española de Estudios Agrosociales y Pesqueros, n. 187, p. 203-220, MAPA, 2000.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Download data is not yet available.