Banner Portal
Elementos de complexidade na economia do desenvolvimento de Furtado e Noyola
PDF

Palavras-chave

Furtado, Celso, 1920-2004, Noyola Vásquez, Juan, 1922-1962, Abordagem da complexidade, Armadilha do subdesenvolvimento.

Como Citar

RONCAGLIA DE CARVALHO, André; CARDOSO, Fernanda Graziella. Elementos de complexidade na economia do desenvolvimento de Furtado e Noyola. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 1, p. 91–114, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8665609. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

O artigo faz uma revisão do pensamento conjunto de Celso Furtado e Juan Noyola Vásquez desde uma perspectiva da
abordagem da complexidade. Apresenta-se o esquema analítico dos autores, evidenciando a presença de elementos que
remetem a mecanismos de retroalimentação que engendram propriedades emergentes do sistema econômico, tais como a
baixa taxa de crescimento, o atraso tecnológico, a inflação persistente e o aprofundamento da desigualdade, contribuindo
para a manutenção do resultado de armadilha do subdesenvolviment

PDF

Referências

APRIGIO, Pedro Luiz; CARVALHO, André Roncaglia. Estabilidade monetária e CEPAL: a

heterogeneidade do pensamento estruturalista latino-americano. Revista de Economia Política, v. 38,

n. 1, p. 28-47, 2018. https://dx.doi.org/10.1590/0101-31572018v38n01a02.

ARTHUR, William Brian. Self reinforcing mechanisms in economics. In: ANDERSON, P. W.;

ARROW, K.; PINES, D. (Ed.). The economy as an evolving complex system. Reading, Mass.:

Addison- Wesley, 1988.

ARTHUR, William Brian. Complexity and the economy. New York: Oxford University Press, 2015.

ARTHUR, William Brian; DURLAUF, S. N.; LANE, D. A. Introduction. In: ARTHUR, W. B.;

DURLAUF, S. N.; LANE, D.A. (Ed.). The economy as an evolving complex system II. Reading:

Addison-Wesley, 1997.

AUJAC, Henri. Inflation as the monetary consequence of the behaviour of social groups: a working

hypothesis. International Economic Papers, n. 4 (originally published in French in Economie

Appliquée, April/June 1950).

BADCOCK, Abbie. Can complexity save development theory? In: BOGG, Jan; GEYER, Robert

(Ed.). Complexity, science and society, New York: Radcliffe Publishing, 2007.

BARDHAN, P. The new institutional economics and development theory: a brief critical assessment.

World Development, n. 17, p. 1389-1395, Sept. 1989.

BAZDRESCH, P. C. El pensamiento de Juan F. Noyola. El Trimestre Económico, v. 50, n. 2 (198),

p. 567-593, 1983. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/23395693. Acesso em: 10 abr. 2017.

BEINHOCKER, Eric. The origin of wealth – Evolution, complexity, and the radical remaking of

economics. Harvard Business School Press, 2006.

BRONFENBRENNER, Martin; HOLZMAN, Franklyn. Survey of inflation theories. The American

Economic Review, v. 53, n. 4, p. 593-596, Sept. 1963.

CARDOSO, Fernanda Graziella. A armadilha do subdesenvolvimento: uma discussão do período

desenvolvimentista brasileiro sob a ótica da abordagem da complexidade. Tese (Doutorado)–FEAUSP,

São Paulo, 2012.

CARDOSO, Fernanda Graziella. Nove clássicos do desenvolvimento econômico. Jundiaí: Paco

Editorial, 2018.

CARVALHO, André Roncaglia. The conceptual evolution of inflation inertia in Brazil. Dissertation

(PhD)–Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 2015.

CARVALHO, André Roncaglia. A second-generation structuralist transformation problem: the rise

of the inertial inflation hypothesis. Journal of the History of Economic Thought, v. 41, n. 1, p. 47-

, 2019.

CEPÊDA, Vera Alves. Celso Furtado e a interpretação do subdesenvolvimento. In: LIMA, Marcos

Costa; DAVID, Maurício Dias (Org.). A atualidade do pensamento econômico de Celso Furtado.

São Paulo: Verbena Editora, 2008.

CHANG, Ha-Joon. Kicking away the ladder: development strategy in historical perspective. Anthem

Press, 2002.

COLANDER, David. Complexity and the history of economic thought: perspectives on the history of

economic thought. Selected papers from the History of Economics Society Conference. New York:

Routledge, 2000.

COUTINHO, Maurício. A teoria econômica de Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil. In:

LIMA, Marcos Costa; DAVID, Maurício Dias (Org.). A atualidade do pensamento econômico de

Celso Furtado. São Paulo: Verbena Editora, 2008.

CRAVEN, C. A transformation problem: monetarism to structuralism in the economic commission

for Latin America. History of Political Economy, v. 26, n. 1, p. 1-19, 1994.

DANBY, C. Noyola’s institutional approach to inflation. Journal of the History of Economic

Thought, 27, p. 161-178, 2005.

DOW, Sheila. Framing financial markets: a methodological account. Brazilian Keynesian Review,

v. 2, n. 2, p.160-173, 2nd Semester 2016.

FISCHER, Stanley. Indexing and inflation. NBER, 1981. 35p. (Working Paper Series, n. 610).

FOLEY, Duncan. Unholy Trinity – Labor, capital, and land in the new economy, London: Routledge,

FURTADO, Celso. A economia brasileira. Rio de Janeiro: A Noite, 1954a.

FURTADO, Celso (1954b). Formação de capital e desenvolvimento econômico. In: AGARWALA,

A.; SINGH, S. P. (Ed.). A economia do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Cia Editora Forense,

FURTADO, Celso (1959). Formação econômica do Brasil, São Paulo: Companhia Editora Nacional,

FURTADO, Celso (1961). Desenvolvimento e subdesenvolvimento, Rio de Janeiro: Editora

Contraponto, 2009.

FURTADO, Celso. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1962.

FURTADO, Celso (1967). Teoria e política do desenvolvimento econômico. São Paulo: Companhia

Editora Nacional, 1977.

FURTADO, Celso. (1975). Economia do desenvolvimento – Curso ministrado na PUC-SP em 1975.

Arquivos Celso Furtado 2. Rio de Janeiro: Editora Contraponto; Centro Internacional Celso Furtado

de Políticas para o Desenvolvimento, 2008.

FURTADO, Celso. Brasil – a construção interrompida. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

FURTADO, Celso. Para onde caminhamos? Jornal do Brasil, 10 nov. 2004.

GEYER, Robert; RIHANI, Samir. Complexity and public policy – a new approach to 21st Century

politics, policy and society. London / New York: Routledge, 2010.

GOODWIN, R. M. The nonlinear accelerator and the persistence of business cycles. Econometrica,

, p. 1-17, 1951.

HAUSMANN, Ricardo; HIDALGO, César A.; BUSTOS, Sebastián; CHUNG, Michele Coscia Sarah;

JIMENEZ, Juan; SIMOES, Alexander; YILDIRIM, Muhammed A. The atlas of economic complexity

– mapping paths to prosperity. Center for International Development at Harvard University, Harvard

Kennedy School, Macro Connections MediaLab, MIT, 2015.

HEYMANN, Daniel; LEIJONHUFVUD, Axel. High inflation. Oxford: Oxford University Press,

HOLT, Richard P. F.; ROSSER, J. Barkley, Jr.; COLANDER, David. The complexity era in

economics. Review of Political Economy, v. 23, n. 3, p. 357-369, 2011.

HORGAN, J. The end of science: facing the limits of knowledge in the twilight of the scientific age.

New York: Basic Books, 2015.

KALDOR, Nicholas. A classificatory note on the determinateness of equilibrium. Review of

Economic Studies, 1, p. 122-136, Oct. 1934.

KALECKI, Michal; SACHS, Ignacy (1966). Forms of foreign aid: an economic analysis. In:

ESSAYS on developing economics. The Harvester Press Limited, 1976.

LANGLOIS, R. N. The new institutional economics: an introductory essay. In: LANGLOIS, R. N.

(Ed.). Economics as a process. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

LEESON, Robert. The eclipse of the goal of zero inflation. History of Political Economy, v. 29, n. 3,

p. 445-496, 1997.

LEIJONHUFVUD, Axel. Macroeconomics and complexity: inflation theory. In: ARTHUR; Durlauf;

LANE (Ed.). The economy as an evolving complex system II. SFI Studies in the Sciences of

Complexity, v. XXVII. Addison-Wesley, 1997. p. 321-335.

LEVINS, R.; LEWONTIN, R. . The dialectical biologist. Harvard University Press, 1985.

MYRDAL, Gunnar (1957). Teoria econômica e regiões subdesenvolvidas. 2. ed. Rio de Janeiro:

Editora Saga, 1968.

NORTH, Douglass. Institutions, institutional change and economic performance. Cambridge

University Press, 1990.

NOYOLA VÁZQUEZ, Juan F. El desarrollo económico y la inflación en México y otros países

latinoamericanos. Investigación Económica. v. XVI, n. 4, 1956.

NOYOLA VÁZQUEZ, Juan F. Desequilibrio externo y la inflación. Materiales Investigación

Económica, 1987.

OLIVEIRA, Francisco de. Formação econômica do Brasil: gênese, importância e influências

teóricas. In: OLIVEIRA, Francisco de (Org.). A navegação venturosa – Ensaios sobre Celso Furtado.

São Paulo: Editora Boitempo, 2003.

PAGE, S. A. B.; TROLLOPE, Sandra. An international survey of indexing and its effects. National

Institute Economic Review, n. 70, Nov. 1974.

PRADO, Eleutério Fernando da Silva. Microeconomia reducionista e microeconomia sistêmica.

Revista Nova Economia, v. 16, n. 2, p. 302-322, maio/ago. 2006.

PREBISCH, Raúl (1949). O desenvolvimento econômico latino-americano e alguns de seus

principais problemas. In: BIELSCHOWSKY, Ricardo (Org.). Cinquenta anos de pensamento da

CEPAL. Rio de Janeiro: Record, 2000. v. 1.

RIHANI, Samir; GEYER, Robert. Complexity: an appropriate framework for development?

Progress in Development Studies, v. 1, n. 3, p. 237-245, 2001.

ROBINSON, Joan. Disguised unemployment. The Economic Journal, v. 46, n. 182, p. 225-237, Jun.

ROSENSTEIN-RODAN, P. Problems of industrialisation of Eastern and South-Eastern Europe. The

Economic Journal, v. 53, n. 210/211, p. 202-211, 1943. DOI: 10.2307/2226317.

ROSSER, J. Barkley, Jr. On the complexities of complex economic dynamics. Journal of Economic

Perspectives, v. 13, n. 4, p. 169-192, 1999. DOI: 10.1257/jep.13.4.169.

ROSSER, J. Barkley, Jr. Computational and dynamic complexity in economics. In: ROSSER, J.

Barkley, Jr. (Ed.). Handbook of research on complexity. Edward Elgar Publishing, 2009. n. 3625.

ROSSER, J. Barkley, Jr. Emergence and complexity in Austrian economics. Journal of Economic

Behavior & Organization, v. 84, n. 3, Dec. 2012.

ROSSER, J. Barkley, Jr. The complex evolution of Duncan Foley as a Complexity Economist. In:

TAYLOR, Lance; REZAI, Armon; MICHL, Thomas (Ed.). Social fairness and economics: economic

essays in the spirit of Duncan Foley. New York: Routledge, 2013, p. 42-52.

ROSSER, J. Barkley, Jr.; ROSSER, Marina. The evolution of behavioural institutional complexity.

In: ARUKA, Yuji; KIRMAN, Alan (Org.). Economic foundations for social complexity science. Sept.

, p. 67-88. DOI: 10.1007/978-981-10-5705-2_4.

ROSTOW, Walt. As etapas do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.

RUTHERFORD, M. What is wrong with the new institutional economics (and what is still wrong

with the old)? Review of Political Economy, p. 299-318, Nov. 1989.

SETTERFIELD, Mark. A model of institutional hysteresis. Journal of Economic Issues, v. 27, n. 3,

p. 755-774, 1993.

VELUPILLAI, K. Vela. Computable economics. Oxford: Oxford University Press, 2000.

VELUPILLAI, K. Vela. A computable economist’s perspective on computational complexity. In:

ROSSER, J. B., Jr. (Ed.). Handbook of complexity research. Cheltenham: Edward Elgar, 2009.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Economia e Sociedade

Downloads

Não há dados estatísticos.