Abstract
Statistics show that, worldwide, women are the most responsible for the reproductive work of human life, which involves
domestic tasks and care giving, and is defined as unpaid work. It is necessary to recognize the value and importance for
society of this work. One way of doing this is to show the volume of wealth, in the form of goods and services, generated
by this invisible work, through its measurement/valuation. For this, a Satellite Account of unpaid work is created, fulfilling
one of the objectives proposed by the UN in the list of Millennium Development Goals. Thus, this study proposes a social
indicator of unpaid work for Brazil to be incorporated into the national accounts system. This paper discusses the meaning
of Satellite Accounts for gender statistics, highlighting the economic importance of household chores and care giving, not
only for families but for society as a whole, emphasizing the difficulties in reconciling work and family for those responsible
for this unpaid work. Finally, the text develops a methodological proposal to estimate unpaid work in Brazil that is
compatible with national accounting.
References
AGUIAR, Neuma (Coord.). Mulheres na força de trabalho na América Latina: análises qualitativas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1984.
AGUIAR, Neuma. Metodologias para o levantamento do uso do tempo na vida cotidiana no Brasil.
Revista Econômica, v. 12, n. 1, p. 64-82, 2010.
AGUIRRE, Rosario; FERRARI, Fernanda. Las encuestas sobre uso del tempo y trabajo no
remunerado en América Latina y Caribe: caminos recorridos y desafíos hacia el futuro. Santiago de
Chile: Naciones Unidas, Feb. 2014. (Serie Asuntos de Género, n. 12).
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, 2v. 1ª. ed.
francesa 1949.
BANDEIRA, Lourdes. Importância e motivações do Estado brasileiro para pesquisas de uso do tempo
no campo de gênero. Revista Econômica, v. 12, n. 1, p. 47-63, 2010.
BIYANI, Neeti. Think taxis gender neutral? Think again: why countries need to put women at the
heart of their tax regimes. International Politics and Society, Oct. 5, 2017. Available at:
http://www.ips-jopurnal.eu/about/human-rights/article/show/lets-not-lose-our-thread-2155/.
CARRASCO, Cristina. Estatísticas suspeitas: proposta de novos indicadores com base na experiência
das mulheres. São Paulo: SOF Sempreviva, Organização Feminista, 2012.
CARRASCO, Cristina. Hacia una nueva metodología para el estudio del tiempo y del trabajo. In:
METODOLOGÍAS para la medición del uso del tiempo con perspectiva de género. Buenos Aires:
Consejo Nacional de la Mujer, Embajada de España en Argentina, Agencia Española de Cooperación
Internacional, Oficina Técnica de Cooperación, 2006.
CARRASCO, Cristina (Org.). Mujeres y economía: nuevas perspectivas para viejos y nuevos
problemas. Barcelona: Icaria, 1999.
CEBOTAREV, E. A. A organização do tempo de atividades domésticas não-domésticas de mulheres
camponesas na América Latina. In: AGUIAR, Neuma (Coord.). Mulheres na força de trabalho na
América Latina: análises qualitativas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1984.
COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE – CEPAL. La distribución
del tempo: una dimensión clave em el análisis de la desigualdad. In: PANORAMA Social de la
América Latina, 2016. Cap. IV.
DEDECCA, C. S. Uso do tempo e gênero. Uma dimensão da desigualdade socioeconômica brasileira.
In: ARILHA, M.; CAETANO, A. J.; GUEDES, M.; MARCONDES, G. S. (Org.). Diálogos transversais em gênero e fecundidade: articulações contemporâneas. Campinas: Librum, Associação
Brasileira de Estudos Populacionais, 2012, p. 119-130.
DURÁN HERAS, María-Ángeles. Panorama Social de América Latina. Bilbao: Fundación BBVA,
DURÁN HERAS, María-Ángeles (Org.). La cuenta satélite del trabajo no remunerado en la
Comunidad de Madrid. 2. ed. Madrid: Comunidad de Madrid, 2006.
EUROPEAN COMMISSION – EUROSTAT. Household production and consumption. Proposal for
a Methodology of Household Satellite Accounts, 2003.
EUROPEAN COMMISSION – EUROSTAT. Gender pay gap statistics. 2018 Available at:
http://ec.europa.eu/eurostat/ statistics-explained/index.php/Gender_pay_gap_statistics.
FEIJÓ, Carmem A.; RAMOS, Roberto L. Olinto (Org.). Contabilidade social: a nova referência das
Contas Nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2008.
FOLBRE, Nancy. Valuing non-market work. Human Development Report Office. UNDP, Think
Piece, 2015.
FONTOURA, N.; PINHEIRO, L.; GALIZA, M.; VASCONCELOS, M. Pesquisas de uso do tempo
no Brasil: contribuições para a formulação de políticas de conciliação entre trabalho, família e vida
pessoal. Econômica, Universidade Federal Fluminense, v. 12, n. 1, p. 11-46, 2010.
FRIEDAN, Betty. A mística feminina. 1. ed. em português. Petrópolis: Ed. Vozes, 1971.
GEE, Kar-Fai. Development of estimates for household production of non-market services in OECD
countries for the index of economic well-being. CSLS, Aug. 2015. (Research Report, 2015-09).
GÓMEZ LUNA, María Eugenia. Satellite account for unpaid household services: an approximation
for Mexico. In: THE INVISIBLE economy and gender inequalities: the importance of measuring and
valuing unpaid work. Washington D. C.: PAHO, chap. 3.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Conta Satélite de
Saúde: Brasil, 2005-2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv43010.pdf.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. As famílias no
Sistema de Contas Nacionais. Sistema de Contas Nacionais – Brasil, referência 2010.
Nov. 2015. (Nota Metodológica, n. 07, Versão 2). Disponível em:
ftp://ftpibge.gov.br/Contas_Nacionais/Sistema_de_Contas_Nacionais/Notas_Metodologicas_2010/0
_familias_20151110.pdf.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Outras formas de
trabalho 2016. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua, 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Estatísticas de gênero:
indicadores sociais das mulheres no Brasil. 2018. (Estudos e Pesquisas – Informações Demográficas
e Socioeconômicas, n. 38).
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA Y GEOGRAFÍA – INEG. Sistema de
Cuentas Nacionales de México: fuentes y metodologías, cuenta satélite de trabajo no
remunerado de los hogares. Año base 2013. Disponível em:
http://www.inegi.org.mx/est/contenidos/Proyectos/cn/tnrh/doc/SCNM_Metodo_TNRH_B2013.PDF.
JAIN-CHANDRA, S.; KOCHHAR, K.; NEWIAK, M.; YANG, Y.; ZOLI, E. Gender equality: which
policies have the biggest bang for the buck? IMF, May 2018. (Working Paper, WP/18/105).
JESUS, Jordana Cristina de. Trabalho doméstico não-remunerado no Brasil: uma análise de
produção, consumo e transferência. Tese (Doutorado)–CEDEPLAR/UFMG, jun. 2018.
LIETS, Arne. Let’s not lose our thread: only legislation at EU level will ensure fair treatment for
garment workers. International Politics and Society, 10 Jul. 2017.
MELO, Hildete Pereira de; THOMÉ, Debora. Mulheres e poder: história, ideias, indicadores. Rio de
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas (FGV), 2018.
MELO, Hildete Pereira de; CONSIDERA, Claudio M.; Alberto di SABBATO. Dez anos de
mensuração dos afazeres domésticos no Brasil. In: FONTOURA, N.; & C. ARAUJO (Orgs.). Uso do
tempo e gênero. Rio de Janeiro: UERJ/SPM/IPEA, 2016.
MELO, Hildete Pereira de; Claudio M. CONSIDERA; SABBATO, Alberto di. Os afazeres
domésticos contam. Economia e Sociedade, v. 31, dez. 2007.
MELO, Hildete Pereira de; SERRANO, Franklin. A mulher como objeto da teoria econômica. In:
AGUIAR, N. (Org.). Gênero e ciências humanas: desafio às ciências desde a perspectiva das
mulheres. Rio de Janeiro: Record, Rosa dos Tempos, 1997.
MICHEL, Andrée. Femmes, sexisme et societés. Paris: Presses Universitaires de France, 1977.
MORANDI, Lucilene; MELO, Hildete Pereira de; DWECK, Ruth H. PIB per capita
na ótica de gênero: Brasil, 1991-2015. Faculdade de Economia, Universidade Federal
Fluminense, jan. 2018. (Texto para Discussão, n. 335). Disponível em:
http://www.proac.uff.br/econ/sites/default/files/uff_td335.pdf.
OAKLEY, Ann (1974). Housewife. London: Penguim, 1990.
PERUGINI, Ana. Economia do cuidado: PIB da vassoura. Brasília: Câmara Federal, Comissão de
Defesa dos Direitos da Mulher, 2018.
PICCHIO, Antonella. Visibilidad analítica y política del trabajo de reproducción social. In:
CARRASCO, C. (Org.). Mujeres y economía: nuevas perspectivas para viejos y nuevos problemas.
Barcelona: Icaria, 1999.
SABOIA, A. L.; C. SOARES. Tempo, trabalho e afazeres domésticos: um estudo com base nos dados
da pesquisa nacional por amostra de domicílios de 2001 a 2005. Rio de Janeiro: IBGE. Diretoria de
Pesquisas, 2007. 47p. (Textos para Discussão, n. 21).
SCHEELE, Alexandra. Gender payback in Europe. Social Europe Dossie. 2017. Available at:
https://www.socialeurope.eu/focus/inequality-in-europe.
SANTOS, C.; A. SIMÕES. Estatísticas de uso do tempo: classificações e experiências nacionais e
internacionais. In: SIMÕES, A.; ATHIAS, L.; BOTELHO, L. (Org.). Panorama nacional e
internacional da produção de indicadores sociais. IBGE, 2018.
SOARES, Cristiane. Os desafios (para as mulheres do trabalho reprodutivo no Brasil) com o processo
de envelhecimento populacional. In: ITABORAI, Nathalie Reis; RICOLDI, Arlene Martinez (Org.).
Até onde caminhou a revolução de gênero no Brasil: implicações demográficas e questões sociais.
Belo Horizonte, MG: ABET, 2016.
SOARES, Cristiane. A distribuição do tempo dedicado aos afazeres domésticos entre homens e
mulheres no âmbito da família. Revista Gênero, v. 9, n. 1, 2º semestre 2008.
SPONGENBERG, Helena. Only one fifth of tech workers in Europe are women – and the number is
declining in Europe’s fastest growing industry. IT Girls. International Politics and Society, 10 April
Available at: http://www.ips-journal.eu/storage/regions/europe/article/show/it-girls-1958/.
TEIXEIRA, Marilane Oliveira. Sistema de indicadores de gênero: instrumento para conhecer e
reconhecer a experiência das mulheres. In: CARRASCO, Cristina. Estatísticas sob suspeita:
proposta de novos indicadores com base na experiência das mulheres. São Paulo: Sempreviva
Organização Feminista, 2012, p. 13-30. Disponível em: http://www.ips-journal.eu/about/humanrights/
article/show/lets-not-lose-our-thread-2155/.
TRONCOSO, Eugenia Leone. A desigualdade de gênero no mercado de trabalho. In: ARILHA, M.;
CAETANO, A. J.; GUEDES, M.; MARCONDES, G. S. (Org.). Diálogos transversais em gênero e
fecundidade: articulações contemporâneas. Campinas: Librum, Associação Brasileira de Estudos
Populacionais, 2012, p. 79-88.
UNITED NATIONS. The world’s women 2015: trends and statistics. United Nations Statistics
Division, 2016. Available at: https://unstats.un.org/unsd/gender/worldswomen.html.
UNITED NATIONS. Transforming our world: the 2030 Agenda for sustainable
development. General Assembly, 21 Oct. 2015. Available at:
https://sustainabledevelopment.un.org/post2015/transformingourworld/publication.
UNITED NATIONS. Declaração e Plataforma de Ação da Mulher da IV Conferência das Nações
Unidas sobre a Mulher. Pequim, 1995.
VELAZCO, Jackeline; VELAZCO, Julia. Estimativa do valor econômico do trabalho não
remunerado: uma aplicação para o caso do Peru. In: FONTOURA, N.; ARAUJO, C. (Org.). Uso do
tempo e gênero. Rio de Janeiro: UERJ/SPM/IPEA, 2016.
WALKER, Kathryn E. Pour la reconnaissance sociale des tâches domestiques des femmes. In:
MICHEL, Andrée. Femmes, sexisme et societés. Paris: Presses Universitaires de France, 1977.
WARING, Marilyn. If women counted: a new feminist economics. New York: Harper San Francisco,
WERNER, Marion; VOSKO, Leah F.; DEVEAU, Angie; PIMENTEL, Giordana; WALSH, Deatra.
Conceptual guide to the unpaid work module. Gender & Work Database, 2007. Available at:
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Economia e Sociedade