Banner Portal
Quem fica desempregado primeiro?
PDF

Palavras-chave

Transição
Emprego
Desemprego
Categoria de ocupação
PME

Como Citar

SANTOS, Roberta Teodoro; MONSUETO, Sandro Eduardo; VARELLA, Angelo Cruz do Nascimento. Quem fica desempregado primeiro? uma análise de transição. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 2, p. 447–466, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8666460. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar a transição do estado de emprego para o desemprego no mercado de trabalho brasileiro visando compreender que efeito a qualidade do posto de trabalho atual possui sobre a probabilidade de o trabalhador perder sua ocupação no período futuro. A intenção é entender o quanto as características pessoais, socioeconômicas, capital humano e as características de ocupação podem influenciar na probabilidade de os trabalhadores transitarem para o desemprego. São usados dados da Pesquisa Mensal do Emprego dos anos de 2002 a 2016. Os resultados apontam que trabalhadores alocados em categorias mais altas têm menor probabilidade de perder seu posto de trabalho. Ademais, é observado que a escolha da categoria da ocupação tende a ser mais importante para as mulheres, ou seja, os efeitos de uma escolha inadequada hoje afetam negativamente a probabilidade de emprego futura.

PDF

Referências

ABRAMO, L. Desigualdades e discriminação de gênero no mercado de trabalho brasileiro e suas implicações para a formulação de políticas de emprego. In: SEMINÁRIO NACIONAL: POLÍTICA GERAL DE EMPREGO: NECESSIDADES, OPÇÕES, PRIORIDADES, 2004.

ALMEIDA, H. M. Criação e destruição de postos de trabalho no setor formal brasileiro: uma abordagem por gênero. Dissertação (Mestrado)-Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, Belo Horizonte, 2004.

BIVAR, W. S. B. Aspectos da estrutura do desemprego no Brasil: composição por sexo e duração. Rio de Janeiro: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, 1993.

CACCIAMALI, M. C. Um estudo sobre o setor informal urbano e formas de participação na produção. Tese (Doutoramento)- USP, São Paulo, 1982.

CACCIAMALI, M. C. Setor informal urbano e formas de participação na produção. São Paulo: Instituto de Pesquisas Econômicas, USP, 1983.

CACCIAMALI, M. A economia informal 20 anos depois. Indicadores Econômicos, Porto Alegre, FEE, 1992.

CHAUDHURI, K.; REILLY, K.T.; SPENCER, D. A. Job satisfaction, age and tenure: a generalized dynamic random effects model. Economics Letters, v. 130, p. 13-16, 2015.

CORSEUIL C. H. et al. Criação, destruição e realocação do emprego no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, jan. 2002. (Texto para Discussão, n. 855).

CURI, A. Z. et al. Os determinantes das transições ocupacionais no mercado de trabalho brasileiro. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPEC, 32, 2004. Anais...

GREENE, W. H. Econometric analysis. 4th ed. New Jersey: Prentice Hall, 2000.

HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da Mudança Cultural. Tradução de Adail Ubijarara Sobral e Maria Stela Gonçalves. 6. ed. São Paulo: Loyola, 1992.

HECKMAN, J. J. Statistical models for discrete panel data. Chicago, IL: University of Chicago. Department of Economics and Graduate School of Business, 1979.

HENRIQUES, R. Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições de vida na década de 90. Rio de Janeiro: IPEA , 2001. (Texto para Discussão).

IBGE. Descrição das variáveis da Pesquisa Mensal de Emprego, 2001.

IBGE. Série de Relatórios Metodológicos, v. 23. Rio de Janeiro, 2007.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). Sobre a queda recente da desigualdade no Brasil. Brasília: Ipea, 2006 (Nota Técnica). Disponível em: Disponível em: http://www.ipea.gov.br Acesso em: nov. 2017.

JANNUZZI, P. de M. Status socioeconômico das ocupações brasileiras: índices aproximativos para 1980, 1991 e anos 90. Revista Brasileira de Estatística, v. 61, n. 216, p. 47-74, 2000.

JANNUZZI, P. de M. As ocupações brasileiras segundo a CBO 2002: caracterização empírica com base no Censo 2000. Revista da ABET, v. 4, n. 1, 2004.

MATOS, R. S.; MACHADO, A. F. Diferencial de rendimento por cor e sexo no Brasil (1987 2001). Revista Econômica, v. 8, n. 1, 2006.

MENEZES-FILHO, N. A.; PICHETTI, P. Os determinantes da duração do desemprego em São Paulo. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 30, n. 1, abr. 2000.

MONSUETO, S. E.; BICHARA, J.; CUNHA, A. M. Mobilidade ocupacional e diferencial de renda: a experiência do Brasil entre 2002 e 2010. ANPEC-Associação Nacional dos Centros de Pós-graduação em Economia, 2014.

MONSUETO, S. E.; CARRIJO, B. C. P. S. ; GOUVEIA, J. M. A. Uma proposta de classificação das ocupações da PME usando indicadores de qualidade. In: ENCONTRO NACIONAL DA ABET, 15, 2017.

NUNES, D. U.; MENEZES-FILHO, N. A.; KOMATSU, B. K. Probabilidades de admissão e desligamento no mercado de trabalho brasileiro. Estudos Econômicos, v. 46, n. 2, p. 311-341, 2016.

OLIVEIRA, P. F. A. de; CARVALHO JÚNIOR, J. R. Desigualdade de gênero na duração do desemprego e seus efeitos sobre os salários aceitos no Brasil. Revista Econômica do Nordeste, v. 40, n. 4, p. 833-850, 2017.

PASTORE, J.; VALLE SILVA, N. DO. Mobilidade social no Brasil. São Paulo: Makron Books, 2000.

PENIDO, M., MACHADO, A.; Desemprego: evidência da duração no Brasil metropolitano. CEDEPLAR/UFMG, 2002. (Texto para Discussão, n. 83).

PRONI, M. W. Trabalho decente e vulnerabilidade ocupacional no Brasil. Campinas: Unicamp. IE, 2011. (Texto para Discussão, n. 188).

QUADROS, Waldir José de; MAIA, Alexandre Gori. Estrutura sócio-ocupacional no Brasil. Revista de Economia Contemporânea, v. 14, n. 3, p. 443-468, 2010.

RAMOS, L., BRITTO, M. O funcionamento do mercado e trabalho metropolitano brasileiro no período 1991-2002: tendências, fatos estilizados e mudanças estruturais. Rio de Janeiro: IPEA , 2004. (Texto para Discussão).

RIBAS, R. P.; SOARES, S. D. Sobre o painel da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. Rio de Janeiro: IPEA , 2008. (Texto para Discussão, n. 1348).

RUESGA BENITO, S.; BICHARA, J. S.; MONSUETO, S. E. Diferencial de gênero e efeitos da mobilidade socioeconômica. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA DA ANPEC, 37, 2009.

SABÓIA, J. L. M. Transformações no mercado de trabalho no Brasil durante a crise: 1980-1983. Revista de Economia Política, v. 6, n. 3, p. 82-106, 1986.

SILVA, F. J. F. Perfil dos demitidos durante a crise de 2008 no Brasil. 2016. Anais... p. 1-20.

SILVA, J. O.; SILVA, R. G. Análise da rotatividade no mercado de trabalho acreano na década de 2000. Revista de Estudos Sociais, v. 14, n. 27, 2012.

SHIMER, R. Reassessing the ins and outs of unemployment. National Bureau of Economic Research, 2007. (Working Paper, n. 13421).

VAN DE VEN, W. P. M. M., VAN PRAAG, B. M. S. The demand of deductibles in private health insurance: a probit model with sample selection. Journal of Econometrics, v. 17, p. 229-252, 1981.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Roberta Teodoro Santos, Sandro Eduardo Monsueto, Angelo Cruz do Nascimento Varella

Downloads

Não há dados estatísticos.