Banner Portal
Especulação e instabilidade na globalização financeira
PDF

Palavras-chave

Globalização financeira. Especulação. Instabilidade financeira

Como Citar

CANUTO, Otaviano; LAPLANE, Mariano Francisco. Especulação e instabilidade na globalização financeira. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 4, n. 2, p. 31–60, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643196. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O objeto deste artigo é o debate sobre a natureza e os efeitos da especulação e da instabilidade financeira no atual cenário da economia internacional. Depois da revisão de alguns dos traços centrais da globalização financeira, discute-se os enfoques das expectativas racionais e pós-keynesiano sobre a especulação e a estabilidade financeira. Ao final, o artigo esboça alguns dos elos entre as esferas produtiva e financeira no presente contexto da economia em nível mundial.

Abstract

This paper addresses the nature and the effects of speculation and financial instability in the current state of the international economy. After reviewing some core features of the globalisation of finance, the authors discuss the rational-expectations and Post Keynesian approaches to speculation and financial stability. Finally, the article outlines some of the links between productive and financial spheres that can be observed in the current economic scenario at the world level.

Key-words: Financial globalisation. Speculation. Financial instability

PDF

Referências

AGLIETTA, M. Macroéconomie financière. Paris: La Découverte (Repères), 1995.

BAER, M. O rumo perdido: a crise fiscal e financeira do Estado brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

BLANCHARD, O. Speculative bubbles, crashes and rational expectations. Economics Letters, Amsterdam, n. 3, 1979.

BOURGUINAT, H. Les structures dissipatives de la finance global. In: ________; ARTUS, P., orgs. Théorie économique et crises de marchés financiers. Paris: Economica, 1989. p.179-203.

BRAGA, J. C. S. A financeirização da riqueza: a macroestrutura financeira e a nova dinâmica dos capitalismos centrais. Economia e Sociedade, Campinas, n. 2, p.25-57, ago. 1993.

CANUTO, O. Brasil e Coréia do Sul: os (des)caminhos da industrialização tardia. São Paulo: Nobel, 1994.

________ Competition and endogenous technological change: an evolutionary model. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 49, n. 1, p.21-33, jan./mar., 1995.

CHICK, V. A question of relevance: the general theory in Keynes’s time and ours. South African Journal of Economics, Johannesburg, v.51, n.3, 1983. (Republicado em Chick, 1992:1-29) ________ The evolution of the banking system and the theory of saving, investment and interest. Économies et Sociétés, Série MP, Paris, n.3, 1986. (Republicado em Chick, 1992:193-205)

________ Some methodological issues in the theory of speculation. In: MOGGRIDGE, D.E., org. Perspectives on the history of economic thought. Aldershot: Edward Elgar, 1990. v.4. (Republicado em Chick, 1992:181-92)

________ On money, method and Keynes: selected essays. London: Macmillan, 1992; New York: St. Martin’s Press, 1992.

COOLETAZ, G.; GOULAOUEN, J-P. Les bulles rationnelles: une synthese de la literature. In: BOURGUINAT, H.; ARTUS, P., orgs. Théorie économique et crises de marchés financiers. Paris: Economica, 1989. p. 67-101.

COSTA, F.N. Ensaios de economia monetária. São Paulo: Bienal, 1992.

COUTINHO, L. A terceira revolução industrial: grandes tendências de mudança. Economia e Sociedade, Campinas, n. 1, ago., p.69-87, ago. 1992.

DAVIDSON, P. Money and the real world. 2. ed., London: Macmillan, 1977.

DORNBUSCH, R. International financial crises. In: FELDSTEIN, M., org. The risk of economic crises. Chicago, Ill.: Univ. of Chicago Press, 1991. p.116-23.

DOSI, G. Sources, procedures and microeconomic effects of innovation. Journal of Economic Literature, Nashville, Tenn., v. 26, n. 3, p.1120-71, sept. 1988.

FARHI, M. O mercado de derivativos financeiros. Campinas:UNICAMP.IE, 1995. mimeo. (Apresentado no Seminário dos Docentes do IE-UNICAMP) FLOOD, R.; GARBER, P. Market fundamentals versus price level bubbles: a first test. Journal of Political Economy, Chicago, Ill., v. 88, n. 4, ago. 1980.

FRIEDMAN, M. The case for flexible exchange rates. In: ________ Essays in positive economics. Chicago, Ill.: Univ. of Chicago Press, 1953. p. 157-203.

GROSSMAN, S.J.; STIGLITZ, J.E. On the impossibility of informationally efficient markets. American Economic Review, Nashville, Tenn., v. 70, p.393-407, 1980.

GUTTMAN, R. How credit-money shapes the economy: the United States in a global system. New York: M.E. Sharpe, 1994.

HAHN, F. The general equilibrium theory.In: BELL, D.; KRISTOL, I. The crisis in economic theory. New York: Basic Books, 1981.

________ Money and inflation. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1983.

HEINER, R. The origin of predictable behavior. American Economic Review, Nashville, Tenn., v. 73, n. 4, p.560-95, sept. 1983.

HICKS, J. The crisis in keynesian economics. Oxford: Blackwell, 1974.

________ IS-LM: an explanation. Journal of Post-Keynesian Economics, Armonk, NY, v.3, n.2, p.139-54, 1981.

INGRAO, B.; ISRAEL, G. The invisible hand. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1990.

KALDOR, N. Speculation and economic stability. Review of Economic Studies, Bristol, Eng., n. 1, 1939.

KEYNES, J.M. A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda.São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os Economistas) KRUGMAN, P. Financial crises in the international economy. In: FELDSTEIN, M., org. The risk of economic crises. Chicago, Ill.: Univ. of Chicago Press, 1991. p. 85-109.

KURTZMAN, J. A morte do dinheiro: como a economia eletrônica desestabilizou os mercados e criou o caos financeiro. São Paulo: Atlas, 1995.

LAPLANE, M. O complexo eletrônico na dinâmica industrial dos anos 80. Campinas:UNICAMP.IE, 1992. (Tese de Doutorado) MINSKY, H. Can “it” happen again? essays on instability and finance. Armonk, NY: Sharpe, 1982.

________ Stabilizing an unstable economy. New Haven: Yale Univ. Press, 1986.

________ The financial instability hypothesis: a clarification. In: FELDSTEIN, M., org. The risk of economic crises. Chicago, Ill.: Univ. of Chicago Press, 1991. p.158-66.

MIRANDA, J.C.R. Incerteza, antecipação e convenção. Economia e Sociedade, Campinas, n. 2, p. 81- 95, ago. 1993.

NELSON, R.; WINTER, S. An evolutionary theory of economic change. Cambridge, Mass.: Belknap Press of Harvard Univ. Press, 1982.

ÓRLEAN, A. Comportements mimetiques et diversité des opinions sur les marchés financiers. In: BOURGUINAT, H.; ARTUS, P., orgs. Théorie économique et crises de marchés financiers. Paris: Economica, 1989. p. 45-65.

PLIHON, D. Les taux de change. Paris: La Découverte, 1991. (Repères) ________ A ascensão das finanças especulativas. Economia e Sociedade, Campinas, n.5, 61-78, dez. 1995.

POSSAS, S. Notas acerca da racionalidade econômica. Economia e Sociedade, Campinas, n.5, 183-90, dez. 1995.

ROHATYN, F. World capital: the needs and the risks. New York Review, New York, jul. 1994.

SILVA, A.C.M. Macroeconomia sem equilíbrio: dois ensaios e um livro-texto. Campinas: UNICAMP.IE, 1994. (Tese de Doutorado) SUMMERS, L. Planning for the next financial crisis. In: FELDSTEIN, M., org. The risk of financial crises. Chicago, Ill.: Univ. of Chicago Press, 1991. p. 135-58.

TAVARES, M.C.; BELLUZZO, L.G.M. Uma reflexão sobre a natureza da inflação contemporânea. In: REGO, J.M., org. Inflação inercial, teorias sobre inflação e o plano cruzado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

________ Ajuste e reestruturação nos países centrais: a modernização conservadora. Economia e Sociedade, Campinas, n. 1, p.21-67, ago. 1992.

TIROLE, J. On the possibility of speculation under rational expectations. Econometrica, Avon, Eng., v.50, p. 1163-81, 1982.

VERCELLI, A. Methodological foundations of macroeconomics: Keynes and Lucas. Cambridge, Mass.: Cambridge Univ. Press, 1991.

________ Por uma macroeconomia não reducionista: uma perspectiva de longo prazo. Economia e Sociedade. Campinas, n. 3, p. 3-19, dez. 1994.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.