Banner Portal
Gestão da riqueza velha e criação de riqueza nova
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Moeda, MMT, Soberania

Cómo citar

BELLUZZO, Luiz Gonzaga; DA COSTA RAIMUNDO, Licio; ABOUCHEDID, Saulo. Gestão da riqueza velha e criação de riqueza nova: uma crítica à Modern Money Theory (MMT). Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 1, p. 1–14, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8665587. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

A discussão sobre política monetária, a moeda e sua natureza voltou ao centro do debate econômico no Brasil e no mundo. No cerne do debate proposto estão questões centrais, como, por exemplo, a da impossibilidade de um governo soberano não honrar dívidas denominadas em sua própria moeda, proposição central da Modern Monetary Theory (MMT), além da colocação em dúvida do que foram, até pouco tempo atrás, pressupostos basilares da teoria econômica convencional, como por exemplo a imprescindibilidade de uma organização da política monetária em torno do estabelecimento de um Banco Central Independente que persiga metas de inflação. Nesse contexto, este artigo possui dois objetivos principais. Primeiro, busca-se identificar com maior precisão as molduras teóricas que sustentam duas visões distintas sobre o que é a moeda em uma economia capitalista plenamente desenvolvida. De um lado, a visão da moeda-mercadoria, que incorpora a construção teórica da economia política clássica; de outro, a moeda vista como uma instituição social, pertencente ao arcabouço teórico de matriz keynesiano-marxista. Segundo, busca-se compreender os principais pressupostos da MMT e seus pontos de convergência e divergência em relação às duas visões supracitadas. A partir da perspectiva keynesiano-marxista, conclui-se que não se sustentam as abordagens teóricas que tratam Estados e mercados como entes abstratos, que operam em cenários ideais, afastados das reais condições econômicas, sociais e políticas do momento presente, dentre as quais se destaca a MMT.

PDF (Português (Brasil))

Citas

AGLIETTA, M.; ORLEÁN, A. A violência da moeda. São Paulo: Brasiliense, 1982. Introdução à segunda edição.

BELL, S. Can taxes and bonds finance government spending? Reserve accounting and government finance. In: The Third Annual Post-Graduate Economics Conference: Conference Papers, Leeds University Business School, 1998.

BELLUZZO, L. G. O capital e suas metamorfoses. São Paulo: Editora Unesp, 2013.

BELLUZZO, L. G.; GALÍPOLO, G. A escassez na abundância capitalista. São Paulo: Editora Contracorrente, 2019.

BLANCHARD, O.; SUMMERS, L. Revolution or evolution? Rethinking macroeconomic policy after the great recession. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 2019.

CONTI, B. M. D. Políticas cambial e monetária: os dilemas enfrentados por países emissores de moedas periféricas. Tese (Doutorado)–Instituto de Economia, Unicamp, 2011.

HENWOOD. A teoria monetária moderna não está ajudando. Jacobin Brasil, 25 jun. 2019. Disponível em: https://jacobin.com.br/2019/06/a-teoria-monetaria-moderna-nao-esta-ajudando/?fbclid=IwAR1fgfB1dfrZnZUfPNzROZ7vGQcvKN51uTVICjERWMvLv1MAUhFYBO5_rMs. Acesso em: 25 nov. 2019. LARA RESENDE, A. Juros, moeda e ortodoxia: teorias monetárias e controvérsias políticas. São Paulo: Editora Portfolio, 2017. KALECKI, M. Os aspectos políticos do pleno emprego. In: KALECKI, M. Crescimento e ciclo das economias capitalistas: ensaios selecionados e traduzidos por Jorge Miglioli. São Paulo: Hucitec, 1977. KEYNES, J. M. (1930). The treatise on money. Cambridge: Cambridge University Press, 2013. v. I e II. KEYNES, J. M. (1936). A teoria geral do emprego, do juros e da renda. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1983. KNAPP, G. F. (1905). The state theory of money. New York: Augustus M. Kelley, 1973.

MARX, K. (1894). O capital: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, 1988. (Os Economistas). Livro terceiro. 1983.

MAUSS, M. Essai sur le don. Forme et raison de l'échange dans les sociétés archaïques. Paris: PUF, 2007.

MUNDELL, R. A. Capital mobility and stabilization policy under fixed and flexible exchange rates. The Canadian Journal of Economics and Political Science, v. 29, n. 4, p. 475-485, 1963.

PRATES, D. M. Crises financeiras dos países “emergentes”: uma interpretação heterodoxa. Tese (Doutorado)–Instituto de Economia, Unicamp, 2002.

PRATES, D. M. Monetary sovereignty, currency hierarchy and policy space: a post-Keynesian approach. Campinas: Unicamp. IE, set. 2017. (Texto para Discussão, n. 315). RUML, B. Taxes for revenue are obsolete. American Affairs, v. 8, n. 1, p. 35-39, 1946.

VERGANHINI, R.; DE CONTI, B. Modern Monetary Theory: a criticism from the periphery. Brazilian Keynesian Review, v. 3, n. 2, p. 16-31, 2018.

WRAY, R. Modern Monetary Theory. A primer on macroeconomics for sovereing monetary systems. 2. ed. New York: Palgrave Macmillian, 2015.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 2021 Economia e Sociedade

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.