Resumo
Nesta epigrama, Goethe ironiza e repudia o sentimento de intolerância dominante na modernidade produzido pela lenda negra ibérica. Haveria lugar nesse mundo para um sentimento de tolerância como aquele que inspira o célebre escritor? A resposta por certo seria não. Menos para Stuart Schwartz, em seu texto recente sobre a história cultural religiosa ibero-atlântica, simbolizada na expressão que dá título ao livro Cada um na sua lei, publicado em co-edição pela Edusc e Companhia das Letras, título mais apropriado do que All can be saved, da edição inglesa da Yale University Press, publicado em 2008. Trata-se, portanto, de uma reflexão documentada sobre a gênese do espírito de tolerância, a proto-história de seu nascimento, uma espécie de Iluminismo ibérico avant la lettre. Tese ousada, que o talento desse brasilianista de escol lhe faculta realizar com propriedade ímpar, sustentado por pesquisa arquivística de fôlego. Resenhar este livro é um privilégio. Não sem um certo estranhamento, pois estou entre os distinguidos a quem o livro foi ofertado; além de ser o co-editor pela Edusc em parceria com a Companhia das Letras. Mas são tantas as virtudes carreadas pelo texto que essas restrições se convertem em pecadilhos veniais.A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.
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