Banner Portal
Nível de complexidade da busca de fontes de informação para inovação da indústria brasileira a partir da análise de redes sociais
PDF

Palavras-chave

Inovação
Fontes de informação
Aprendizado
ARS
Indústria brasileira

Como Citar

OLIVEIRA, Bruno Ferreira de; CRUZ, Felipe Ponciano da; ACCIOLY, Enzo Matheus Fernandez Barreira. Nível de complexidade da busca de fontes de informação para inovação da indústria brasileira a partir da análise de redes sociais. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 31, n. 2, p. 385–415, 2022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8670772. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O objetivo do artigo é verificar a evolução da busca de Fontes de Informação para Inovar (FIIs) pelos setores da indústria de transformação brasileira, utilizando dados da PINTEC de 2008 a 2017. A Análise de Redes Sociais (ARS) foi utilizada para a construção de uma rede de interação entre setores industriais e as FIIs. Buscou-se verificar a existência de concentração em determinados setores industriais e formas de aprendizagem. Os resultados indicam que a rede apresenta atividade relacional crescente, entretanto, os setores industriais não seguem o padrão de aprendizado esperado pela bibliografia e os que seguem estão associados a setores de baixa intensidade tecnológica. Ademais, as FIIs consideradas centrais na rede estão associadas às formas de aprendizado relacionadas com o conhecimento tácito, enquanto as periféricas estão associadas ao conhecimento codificado.

PDF

Referências

AMARA, N.; LANDRY, R. Sources of information as determinants of novelty of innovation in manufacturing firms: evidence from the 1999 statistics Canada innovation survey. Technovation, v. 25, n. 3, p. 245-259, 2005.

BELL, M.; PAVITT, K. The development of technological capabilities. Trade, Technology and International Competitiveness, v. 22, n. 4831, p. 69-101, 1995.

BERGEK, A. et al. Analyzing the functional dynamics of technological innovation systems: a scheme of analysis. Research Policy, v. 37, n. 3, p. 407-429, 2008.

BITTENCOURT, P. F. Padrões setoriais de aprendizagem da indústria brasileira: uma análise exploratória. Revista Brasileira de Inovação, v. 11, n. 1, p. 37-68, 2012.

BITTENCOURT, P. F.; BRITTO, J. N. P.; GIGLIO, R. Formas de aprendizagem e graus de inovação de produto no Brasil: uma análise exploratória dos padrões setoriais de aprendizagem. Nova Economia, v. 26, n. 1, 2016.

BLALOCK, G.; GERTLER, P. J. Learning from exporting revisited in a less developed setting. Journal of Development Economics, v. 75, n. 2, p. 397-416, 2004.

BORGATTI, Stephen P. Centrality and network flow. Social Networks, v. 27, n. 1, p. 55-71, 2005.

BORGATTI, Stephen P.; EVERETT, Martin G.; JOHNSON, Jeffrey C. Analyzing social networks Sage, 2018.

CAMPOS, B.; RUIZ, A. U. Padrões setoriais de inovação na indústria brasileira. Revista Brasileira de Inovação, v. 8, n. 1, p. 167-210, 2009.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. The Brazilian National System of Innovation: its evolution and dynamics at the end of the second decade of the millenium. RedeSist Desenvolvimento, Inovação e Território, 2019. (Texto para Discussão, n. 04).

COHEN, W. M.; LEVINTHAL, D. A. Absorptive capacity: A new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1, p. 128-152, 1990.

D’ESTE, P.; PATEL, P. University-industry linkages in the UK: What are the factors underlying the variety of interactions with industry? Research Policy, v. 36, n. 9, p. 1295-1313, 2007.

DE NEGRI, F. et al. Redução drástica na inovação e no investimento em P&D no Brasil: o que dizem os indicadores da pesquisa de inovação 2017. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA, 2020. (Nota Técnica Diset, n. 60).

DEL-VECCHIO, R. R.; BRITTO, J; DE OLIVEIRA, B. F. Patterns of university-industry interactions in Brazil: an exploratory analysis using the instrumental of graph theory. Quality & Quantity, v. 48, n. 4, p. 1867-1892, 2014.

DOS SANTOS, E. F.; BENNEWORTH, P. Interação Universidade-Empresa: características identificadas na literatura e a colaboração regional da Universidade de Twente. Revista de Administração, Sociedade e Inovação, v. 5, n. 2, p. 115-143, 2019.

DOSI, G. et al. Evolutionary regimes and industrial dynamics. In: EVOLUTIONARY and neo-Schumpeterian approaches to economics. Dordrecht: Springer, 1994. p. 203-229.

DOSI, Giovanni et al. Technical change and economic theory Pisa, Italy: Laboratory of Economics and Management (LEM), Sant’Anna School of Advanced Studies, 1988.

EDQUIST, C. et al. The Oxford handbook of innovation Systems of innovation: Perspectives and challenges, 2005. p. 181-208.

EDQUIST, C; LUNDVALL, B. A. Comparing the Danish and Swedish systems of innovation. National innovation systems: A comparative analysis, p. 265-298, 1993.

FAGERBERG, J.; SRHOLEC, M.; KNELL, M. The competitiveness of nations: Why some countries prosper while others fall behind. World development, v. 35, n. 10, p. 1595-1620, 2007.

FIGUEIREDO, P. N. Acumulação tecnológica e inovação industrial: conceitos, mensuração e evidências no Brasil. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 54-69, 2005.

FREEMAN, C. The ‘National System of Innovation’ in historical perspective. Cambridge Journal of economics, v. 19, n. 1, p. 5-24, 1995.

FREEMAN, Linton C. Centrality in social networks conceptual clarification. Social Networks, v. 1, n. 3, p. 215-239, 1978.

GÓMEZ, J.; SALAZAR, I.; VARGAS, P. Sources of information as determinants of product and process innovation. PloS one, v. 11, n. 4, p. e0152743, 2016.

GONÇALVES, E.; SIMÕES, R. Padrões de esforço tecnológico da indústria brasileira: uma análise setorial a partir de técnicas multivariadas. EconomiA, Brasília, DF, v. 6, n. 2, p. 391-433, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://www.ibge.gov.br Acesso em: 30 jun. 2020.

INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (IEDI). Crise e inovação no Brasil 2020. Disponível em: https://iedi.org.br/cartas/cartaiedin1010.html Acesso em: 27 jun. 2020.

JENSEN, M. B. et al. Forms of knowledge and modes of innovation. Research Policy, v. 36, p. 680-693, 2007.

JOHNSON, B. H.; LUNDVALL, B. A. Promovendo sistemas de inovação como resposta à economia do aprendizado crescentemente globalizada. In: CONHECIMENTO, sistemas de inovação e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005. p. 83-130.

KLEINBERG, J. M. Authoritative sources in a hyperlinked environment. Journal of the ACM (JACM), v. 46, n. 5, p. 604-632, 1999.

LAZONICK, W. The innovative firm. In: FAGERBERG J.; MOWERY D. C.; NELSON R. R. (Ed.). The Oxford handbook of innovation Oxford: Oxford University Press, 2005. p. 29-55.

LEÃO, R.; GIESTEIRA, L. F. O complexo industrial da saúde na Pintec 2017 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA, 2020. (Nota Técnica Diset, n. 62).

LUNDVALL, B.; JOHNSON, B. The learning economy. Journal of Industry Studies, v. 1, n. 2, p. 23-42, 1994.

MALERBA, F. Learning by firms and incremental technical change. The Economic Journal, v. 102, n. 413, p. 845-859, 1992.

MALERBA, F. Sectoral systems of innovation and production. Research Policy, v. 31, n. 2, p. 247-264, 2002.

MALERBA, F. Sectoral systems of innovation: a framework for linking innovation to the knowledge base, structure and dynamics of sectors. Economics of Innovation and New Technology, v. 14, n. 1-2, p. 63-82, 2005.

MALERBA, F.; ORSENIGO, L. Technological regimes and sectoral patterns of innovative activities. Industrial and Corporate Change, v. 6, n. 1, p. 83-118, 1997.

MAMEDE, M. et al. Sistema nacional de inovação: uma análise dos sistemas na Alemanha e no Brasil. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, v. 6, n. 4, p. 6-25, 2016.

MARKARD, J.; HEKKERT, M.; JACOBSSON, S. The technological innovation systems framework: Response to six criticisms. Environmental Innovation and Societal Transitions, v. 16, p. 76-86, 2015.

NELSON, R.; KIM, L. Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas, SP: Editora da Unicamp. 2006.

NELSON, R.; WINTER, S. An evolutionary theory of economic change Cambridge, Mass, 1982.

NIEMINEN, Juhani. On the centrality in a graph. Scandinavian Journal of Psychology, v. 15, n. 1, p. 332-336, 1974.

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT (OECD). Technology intensity definition: classification of manufacturing industries into categories based on R&D Intensities. Paris: OECD. Economic Analysis and Statistics Division, 2011.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Technology, Management and Systems of Innovation, p. 15-45, 1984.

RAIMUNDO, L. M. B.; BATALHA, M. O.; TORKOMIAN, A. L. V. Dinâmica tecnológica da Indústria Brasileira de Alimentos e Bebidas (2000-2011). Gestão & Produção, v. 24, n. 2, p. 423-436, 2017.

SALOMON, R. M.; SHAVER, J. M. Learning by exporting: new insights from examining firm innovation. Journal of Economics & Management Strategy, v. 14, n. 2, p. 431-460, 2005.

SEGARRA-BLASCO, A.; ARAUZO-CAROD, J. Sources of innovation and industry–university interaction: Evidence from Spanish firms. Research Policy, v. 37, n. 8, p. 1283-1295, 2008.

SILVA, C. F.; SUZIGAN, W. Padrões setoriais de inovação da indústria de transformação brasileira. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 44, n. 2, p. 277-321, 2014.

TEECE, D. J. As aptidões das empresas e o desenvolvimento econômico: implicações para as economias de industrialização recente. In: TECNOLOGIA, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora da Unicamp, 2006.

TEECE, D. J.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7, p. 509-533, 1997.

UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION (UNIDO). Competitive Industrial Performance Report, 2018.

VARGAS, M. A.; GADELHA, C. A. G.; MALDONADO, J.; COSTA, L. S.; QUENTAL, C. Indústrias de base química e biotecnológica voltadas para a saúde no Brasil: panorama atual e perspectivas para 2030. In FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 – prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: desenvolvimento produtivo e complexo da saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. v. 5, p. 31-78.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Economia e Sociedade

Downloads

Não há dados estatísticos.