Banner Portal
A ciência na Rio+20
PDF

Palavras-chave

Rio 20. Ciência e sociedade. Ciência e sustentabilidade

Como Citar

VIGLIO, José Eduardo; GIULIO, Gabriela Marques Di; SILVA, Ramon Felipe Bicudo da; LEIVA, Francisco Araos. A ciência na Rio+20. Ideias, Campinas, SP, v. 3, n. 2, p. 11–30, 2013. DOI: 10.20396/ideias.v3i2.8649346. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8649346. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O papel e atuação da ciência nas arenas políticas relacionadas aos problemas ambientais constituem um elemento chave para a compreensão da relação entre ciência e sociedade. Inserido nesta discussão, este artigo analisa a atuação dos atores científicos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. Para isso, foram delimitadas empiricamente as ações e decisões dos cientistas no Fórum de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável, organizado pelo Conselho Internacional para a Ciência (ICSU, na sigla em inglês) nos dias que antecederam a conferência. A análise dos documentos produzidos durante esse Fórum e de depoimentos de seus organizadores aponta a tentativa dos cientistas de expandirem suas relações com outros atores sociais na produção e utilização do conhecimento científico em consonância com um discurso institucional que sugere a construção de um novo contrato social entre ciência e sociedade.
https://doi.org/10.20396/ideias.v3i2.8649346
PDF

Referências

ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIA (ABC). Conselho internacional para a ciência. Disponível em: http://www.abc.org.br/article.php3?id_article=72. Acesso em: 01 nov. 2012.

BECK, U. Risk Society: Towards a New Modernity. London: SAGE Publications, 1992.

BERKHOUT, F.; LEACH, M.; SCOONES, I. Negotiating environmental changes: new perspectives from social science. Cheltenham: Edward Elgar Publishing Limited, 2003.

BOHOLM, A. “Editorial: New perspectives on risk communication: uncertainty in a complex society”. Journal of Risk Research, London, v. 11, Issue 1-2, p. 1-3, 2008.

CALLON, M. “The role of lay people in the production and dissemination of scientific knowledge”. Science, Technology & Society, [s/l], v. 4, n. 1, p. 82-94, March 1999.

CORBURN, J. “Community Knowledge in environmental health science: co-producing policy expertise”. Environmental Science & Policy, [s/l], v. 10, Issue 2, p. 150-161, April 2007.

DI GIULIO, G.M. Risco, Ambiente e Saúde: Um debate sobre comunicação e governança do risco em áreas contaminadas. São Paulo: Annablume, 2012.

DI GIULIO, G.M.; VIGLIO, J. E.; FERREIRA, L. C. Building dialogue between “those who make science” and “those who use science to make decisions”: a Brazilian case study. In: Planet Under Pressure, Londres, 2012.

DI GIULIO, G.M. et al. “Participative risk communication as an important tool in medical geology studies”. Journal of Geochemical Exploration, [s/l], 2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.gexplo.2012.06.005.

FELT, U.; WYNNE, B. Science and governance: taking European knowledge society. 2007. Disponível em: http://ec.europa.eu/research/science-society/document_library-/pdf_06/european-knowledge-society_en.pdf. Acesso em: 09 jul. 2008.

FERREIRA, L. C. “Conflitos sociais e o uso de recursos naturais: breves comentários sobre modelos técnicos e linhas de pesquisa”. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 4, n. 7, p. 105-118, 2005.

FERREIRA, L. C. “Os fantasmas do Vale: conflitos em torno do desastre ambiental em Cubatão”. Política & Trabalho, João Pessoa, ed. 25, p. 165-188, 2006.

FERREIRA, L. C. “A Equação Dinâmica entre Conflitos Sociais, Recursos Naturais e Desastres Ambientais: O Estado da Arte e uma Proposta Teórica”. Anais: VI Encontro Nacional da ANPPAS, 18 a 21 de setembro de 2012, Belém - PA – Brasil.

FUNTOWICZ, S.; RAVETZ, J. “Ciência pós-normal e comunidades ampliadas de pares face aos desafios ambientais”. História Ciência Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, 1997. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php-?script=sci_arttextepid=S0104-59701997000200002elng=enenrm=iso. Acesso em: 01 out. 2008.

GUIVANT, J. S. “Reflexividade na sociedade de risco: conflitos entre leigos e peritos sobre os agrotóxicos”. In: HERCULANO, S. (org.). Qualidade de vida e riscos ambientais. Niterói: UFF, 2000, p. 281-303.

GUIVANT, J. S. “A governança dos riscos e os desafios para a redefinição da arena pública do Brasil”. In: Ciência, Tecnologia + Sociedade: Novos Modelos de Governança. Brasília, 06 a 11 de dezembro de 2004. Disponível em: http://www.nisra.ufsc.br/pdf/A%20governa%5B1%5D...pdf.

GUIVANT, J. S. “Transgênicos e percepção pública da ciência no Brasil”. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 81-103, 2006.

HANNIGAN, J. Environmental Sociology. London/New York: Routledg, 2006.

INTERNATIONAL COUNCIL FOR SCIENCE (ICSU). Science and Technology for Rio+20. Disponível em: http://www.icsu.org/rio20/home/rio-icsu-info-sheet. Acesso em: 01 out. 2012.

INTERNATIONAL COUNCIL FOR SCIENCE. Input for Rio+20 Compilation Document. Disponível em: http://www.icsu.org/rio20/documents/icsu-submission-to-rio-20-outcome-document. Acesso em: 01 out. 2012.

IRWIN, A. Sociology and the Environment. Cambridge: Polity Press, 2001.

JASANOFF, S. “Technologies of humility: citizen participation in governing science”. Minerva, [s/l], v. 41, p. 223-244, 2003.

JASANOFF, S. Designs on nature: Science and Democracy in Europe and the United States. Princeton/Oxford: Princeton University Press, 2005.

JASANOFF, S.; MARTELLO, M. L. (orgs.). Earthy Politics: local and global in Environmental Governance. Cambridge, USA: MIT Press, 2004.

NELKIN, D. Technological decisions and democracy: European Experiments in Public Participation. London: Sage Publications, 1977.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Outcome Document of the Summit Conference Rio+20 WFEO Inputs and Contributions. Disponível em: http://www.uncsd2012.org/content/documents/70WFEOInputsContributions.pdf. Acesso em: 01 out. 2012.

OWENS, S. “Engaging the public: information and deliberation in environmental policy”. Environment and Planning A, [s/l], v. 32, p. 1141-1148, 2000.

PIELKE JR, R. The honest broker: making sense of science in policy and politics. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2007.

RENN, O. “The social arena concept of risk debates”. In: KRIMSKY, S. (ed.). Social theories of risk. Westport: Greenwood Publishing Group, 1992, p. 179-196.

RENN, O. Risk governance: coping with uncertainty in a complex world. London: Earthscan, 2008.

ROTHMAN, J.; THOMAS, E. (eds). Intervention research-design and development for human service. New York: The Haworth Press, 1994.

VIGLIO, J. E. Usos sociais e políticos da ciência na definição de riscos e impactos ambientais no setor de petróleo e gás. 2012. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas.

WALLERSTEIN, N.; DURAN, B. “Community-based participatory research contributions to intervention research: the intersection of science and practice to improve health equity. American Journal of Public Health, [s/l], Supplement 1, v. 100, n. S1, 2010.

WILSDOM, J.; WYNNE, B.; STILGOE, J. The public value of science: or how to ensure that science really matters. London: Demos, Magdalen House, 2005. Disponível em: http://www.demos.co.uk/files/publicvalueofscience.pdf. Acesso em: 07 nov. 2008.

WYNNE, B. "Sheep farming after Chernoby: a case study in communicating scientific information. Environment Magazine, [s/l], v. 31, p. 10-15, 1989a.

WYNNE, B. “May the sheep safely graze? A reflexive view ot the expert-lay knowledge divide”. In: LASH, S.; SZERSZYNSKI, B.; WYNNE, B. (eds.). Risk, environment and modernity. Londom: Sage Publications, 1996.

WYNNE, B. “Risk as globalizing “democratic” discourse? Framing subjects and citizens”. In: LEACH, M.; SCOONES, I.; WYNNE, B. (eds). Science and citizens: globalization and the challenge of engagement. London: Zed Books, 2005, p. 66-82.

YEARLEY, S. “Green ambivalence about science: legal-rational authority and the Scientific legitimation of a social movement”. The British Journal of Sociology, London, v. 43, n. 4, p. 511-532, December 1992.

A Idéias utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.