Resumo
A Teoria dos Campos, de Pierre Bourdieu, poderia contribuir para o estudo das sexualidades contemporâneas por uma perspectiva sociológica? Por sua vez, estudar as sexualidades enriqueceria a teoria bourdiesiana? São questões postas nos artigos da coletânea “Sexual Fields: Towards a sociology of collective sexual life”, editada pelo sociólogo Adam Isaiah Green. Em comum aos artigos, a teoria dos “campos sexuais”: matrizes relativamente autônomas de relações e preferências eróticas em dado espaço e tempo, com suas próprias normas de julgamento e aceitação, que estruturariam os desejos, práticas e subjetividades sexuais de seus participantes, ao mesmo tempo em que são estruturadas por estes. Enfatizam-se então os aspectos coletivos dos desejos eróticos e das identidades sexuais, que seriam construídos pelos indivíduos em suas interações com outros, acentuando as interseções entre sexualidades, cultura, individualidade e estruturas sociais. A teoria dos campos sexuais tenta articular o construcionismo social com o suposto individualismo irredutível da atração sexual, ao entender que ao mesmo tempo em que o desejo erótico é construído coletivamente, também estrutura relações sociais.Referências
FAUSTO-STERLING, A. Sexing the body: Gender politics and the construction of sexuality. Nova York: Basic Book, 2000.
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