Resumo
Partindo das atuais discussões acerca das mobilizações em torno dos impactos de atividades extrativistas na América Latina, busca-se compreender o processo de contestação dos afetados pela indústria do petróleo e gás no estado do Espírito Santo, tendo em vista as intermediações entre o local e o global. Diferentes valorações e práticas estão envolvidas no processo de mobilização e, nesse sentido, o
intercâmbio de afetados, enquanto a materialização de uma performance constituída através de um ator “glocal”, ou broker, irá forjar uma vivência capaz de vincular demandas locais com enquadramentos que possuam projeção global.
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