Resumo
O presente artigo discute a teoria filosófica das máquinas de G. Simondon, enfatizando seu aspecto metodológico, o qual consiste em tomar como base o estudo das máquinas entendidas como produtos históricos da indústria humana, embora não se limite a essa caracterização; esta análise é desenvolvida com base no MEOT e no curso de 1968 “L'invention et le développement des techniques”. Por outro lado, o artigo ressalta o aspecto ontológico segundo o qual uma máquina é um modo de existência em que informação e energia são diferenciadas e, às vezes, articuladas. O artigo afirma que Simondon não aborda a energia e a informação nas máquinas como duas entidades abstratas e idealizadas, apenas passíveis de serem estudadas a partir das ciências formais, mas, sim como resultado da montagem de órgãos e canais técnicos. Por fim, reconstrói a taxonomia e a hierarquia das máquinas elaboradas por Simondon, fornecendo, desse modo, um excelente exemplo da convergência entre os estudos históricos das máquinas e a análise da relação informação-energia.
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