Banner Portal
Apontamentos críticos às teorias dos novos movimentos sociais a partir de uma perspectiva de classe: vidas secas e os muitos “fabianos”
PDF

Palavras-chave

Teoria dos novos movimentos sociais. Vidas secas
cultura e classes sociais.

Como Citar

HIRATA, Francini; CÍCERO, Pedro Henrique de Moraes. Apontamentos críticos às teorias dos novos movimentos sociais a partir de uma perspectiva de classe: vidas secas e os muitos “fabianos”. Ideias, Campinas, SP, v. 2, n. 1, p. 151–173, 2011. DOI: 10.20396/ideias.v2i1.8649335. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8649335. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Partindo da problematização das Teorias dos Novos Movimentos Sociais agregada às contribuições de Vidas Secas, romance clássico da literatura brasileira publicado por Graciliano Ramos em 1938, este artigo pretende resgatar a importância do marxismo para a análise dos movimentos sociais. Diferentemente do apregoado por essa teoria, a idéia é demonstrar que há barreiras materiais para a construção e dispersão dos valores culturais, uma vez que a classe social limita e determina o potencial cultural para a mobilização baseada na linguagem, no discurso e nas identidades.
https://doi.org/10.20396/ideias.v2i1.8649335
PDF

Referências

BASTOS, Hermenegildo. Memórias do cárcere, literatura e testemunho. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1998.

BASTOS, Hermenegildo. Prefácio. In: Brunacci, Maria Izabel. Graciliano Ramos: um escritor personagem. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2008, p. 11-13.

BASTOS, Hermenegildo. Um antagonismo fecundo: Guimarães Rosa e Graciliano Ramos. Revista da Anpoll, v. 24. 2, p. 295-309, 2008a.

BASTOS, Hermenegildo. As artes da ameaça: um percurso de Vidas Secas a Meu Tio o Iauaretê, p. 01-8, 2009. Disponível em: http://www.apropucsp.org.br/apropuc/index.php/revista-culturacritica/41-edicao-no08/550-as-artes-da-ameaca-um-percurso-emvidas-secas-e-meu-tio-o-iauarete.

BASTOS, Hermenegildo. Formación y representación. Anuario del Colegio de Estudios latinoamericanos. México: Facultad de Filosofía y Letras/ UNAM, 2008b, v. 2, p. 67-74. disponível em: http:// ru.ffyl.unam.mx:8080/jspui/bitstream/10391/583/1/08_bastos.pdf.

BOSI, Alfredo. “Tendências contemporâneas”. In: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2a ed. São Paulo, Cultrix, 1975, p. 427-546.

BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2001.

BRUNACCI, Maria. Graciliano Ramos: um escritor personagem. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2008.

CAMILO, Vagner. “Graciliano Ramos”. In: Pizarro, Ana (org.), América Latina – palavra, literatura e cultura. São Paulo, Memorial; Campinas, Unicamp, 1995, 3v, p. 413-428.

CANDIDO, Antonio. “Literatura e subdesenvolvimento”. In: CANDIDO, Antonio. A educação pela noite e outros ensaios. 2a ed. São Paulo, Ática, 1989, p. 140-162.

CANDIDO, Antonio. “Prefácio”. In: Lafetá, João Luiz. 1930: a crítica e o modernismo. 2a ed. São Paulo, Editora 34, 2000, p. 7-14.

CANDIDO, Antonio. Ficção e confissão – ensaios sobre Graciliano Ramos. 3 a ed. Rio de Janeiro, Ouro sobre azul, 2006.

CEVASCO, Maria. Dez lições sobre estudos culturais. 2a ed. São Paulo, Boitempo Editorial, 2008.

COELHO, Eurelino. “As novas faces do socialismo burguês: sobre uma categoria do Manifesto de 1848, os novos movimentos sociais e seus intelectuais”. Cadernos Cemarx, 2005, n. 2, v.2, p. 9-20.

COUTINHO, Carlos Nelson. “Graciliano Ramos”. In: COUTINHO, Carlos Nelson. Literatura e humanismo – ensaios de crítica marxista. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967, p. 139-190.

FELINTO, Marilene. “Posfácio”. In: Ramos, Graciliano. Vidas secas. 97a ed. Rio de Janeiro, Record, 2005, p. 129-139.

GALVÃO, Andréia. “O marxismo importa na análise dos movimentos sociais?” 32° Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Caxambu, 27 de outubro a 30 de outubro de 2008.

GOHN, Maria da Glória. Teorias dos movimentos sociais - paradigmas clássicos e contemporâneos. 6a ed. São Paulo, Edições Loyola, 2007.

GOHN, Maria da Glória. “A contribuição de Alain Touraine para a produção do conhecimento na sociologia urbana: sujeitos coletivos e multiculturalidade”. In: GOHN, Maria da Glória. Novas teorias dos movimentos sociais. São Paulo, Edições Loyola, 2008, p. 91-128.

LACLAU, Ernesto. “Os novos movimentos sociais e a pluralidade do social”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 2, v. 1, 1986, p. 41-47.

LAFETÁ, João. 1930: a crítica e o modernismo. 2a. ed. São Paulo, Editora 34, 2000.

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 97a ed. Rio de Janeiro, Record, 2005.

SALLUM Jr, Brasílio. “Classes, cultura e ação coletiva”. Lua Nova, n. 65, 2005.

SOUZA Santos, Boaventura. Os novos movimentos sociais. In: Leher, Roberto; SETUBAL, Mariana (Org). Pensamento crítico e movimentos sociais: diálogos para uma nova práxis. São Paulo: Cortez, 2005.

TOURAINE, Alain. “Os novos conflitos sociais: para evitar mal-entendidos”. Lua Nova, n. 17, 1989.

TOURAINE, Alain. “Novos movimentos sociais?” In: TOURAINE, Alain. Como sair do liberalismo? São Paulo, Edusc, 1999, p. 65-101.

WILLIAMS, Raymond. Culture is Ordinary, 1958. (Consultado online em 09 de dezembro de 2010. O artigo encontra-se disponível em: http://artsites.ucsc.edu/faculty/Gustafson/FILM%20162.W10/readings/Williams.Ordinary.pdf).

A Idéias utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.