Banner Portal
Articular trabalho profissional e vida familiar no contexto da flexibilização: quais os desafios para as mulheres?
PDF

Palavras-chave

Flexibilização. Articulação trabalho e família. Redes de cuidado. Super e hipermercado. Teleatendimento

Como Citar

FREITAS, Taís Viudes de. Articular trabalho profissional e vida familiar no contexto da flexibilização: quais os desafios para as mulheres?. Ideias, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 205–226, 2017. DOI: 10.20396/ideias.v7i2.8649502. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8649502. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

No contexto da flexibilização das relações de trabalho, o tempo de trabalho se torna, cada vez mais, variado e imprevisível. Fruto da divisão sexual do trabalho, cabe às mulheres articular esfera profissional e familiar. A rede de apoio entre mulheres aparece como estratégia decisiva frente às novas modalidades temporais de trabalho. Esse artigo visa compreender como se dá a articulação entre a esfera profissional e a vida familiar hoje, analisando o papel das redes de cuidado femininas, a partir da experiência das trabalhadoras do comércio varejista de hipermercado, em particular as operadoras de caixa, e do teleatendimento. 

https://doi.org/10.20396/ideias.v7i2.8649502
PDF

Referências

ARAÚJO, A. Trabalho, precarização e relações de gênero em tempos de flexibilização e reestruturação produtiva. In: Anais do XIII Congresso Brasileiro de Sociologia. Recife: Sociedade Brasileira de Sociologia, 2007.

ARAÚJO, C.; SCALON, C. Percepções e atitudes de mulheres e homens sobre a conciliação entre família e trabalho pago no Brasil. In: ARAÚJO, C.; SCALON, C. (orgs.). Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2005, p. 15-77.

BRUSCHINI, C. Mulher, casa e família. São Paulo: Vértice, Fundação Carlos Chagas, 1990.

CARDOSO, A. C. Tempos de trabalho, tempos de não trabalho: disputas em torno da jornada do trabalhador. São Paulo: Annablume, 2009.

CARRASCO, C. ¿Conciliación? No, gracias. Hacia una nueva organización social. In: AMOROSO, M. et al. Malabaristas de la vida: mujeres, tiempos y trabajos. Barcelona: Icaría editorial, 2003, p. 27-51.

CHABAUD-RYCHTER, D. ; FOUGEYROLLAS-SCHWEBEL, D.; SONTHONNAX, F. Espace et temps du travail domestique. Paris: Méridiens, 1985.

DAUNE-RICHARD, A. Qualificações e representações sociais. In: MARUANI, M.; HIRATA, H. (orgs.). As novas fronteiras da desigualdade: homens e mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: Senac, 2003, p. 65-76.

FONSECA, C. Da circulação de crianças à adoção internacional. Cadernos PAGU, n. 26, p. 11-43, 2006.

FREITAS, T. Entre o tempo da produção econômica e o da reprodução social: a vida das teleoperadoras. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, 2010.

FREITAS, T. Trabalho, flexibilidade e família: uma combinação (im)perfeita. Revista Estudos de Sociologia, v. 19, n. 36, p. 147-162, 2014.

FREITAS, T. A quem serve a disponibilidade das mulheres? Relações entre gênero, trabalho e família. Tese (Doutorado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, 2016.

HIRATA, H. Flexibilidade, trabalho e gênero. In: HIRATA, H.; SEGNINI, L. (orgs.). Organização, trabalho e gênero. São Paulo: Senac, 2007, p. 89-108.

HIRATA, H. A precarização e a divisão internacional e sexual do trabalho. Sociologias, n. 21, p. 24-41, 2009.

HIRATA, H.; KERGOAT, D. Divisão sexual do trabalho profissional e doméstico: Brasil, França e Japão. In: COSTA, A. et al. (orgs.). Mercado de trabalho e gênero. Rio de Janeiro: FGV, 2008, p. 263-278.

HOCHSCHILD, A. La mercantilización de la vida íntima. Buenos Aires: Katz, 2008.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Síntese de Indicadores 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014a.

IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise da condição de vida da população brasileira, 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2014b.

KERGOAT, D. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: EMÍLIO, M. et al. (orgs.). Trabalho e cidadania ativa para as mulheres: desafios para as políticas públicas. São Paulo: PMSP, 2003, p. 55-63.

KREIN, J. Tendências recentes nas relações de emprego no Brasil 1990-2005. Tese (Doutorado em Economia) – Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, 2007.

LAGO, J. La pauta de flexibilidade y “heteronomia” fuerte: el tiempo de las cajeras de hipermercado. In: PRIETO, C. et al (orgs.). Nuevos tiempos del trabajo: entre la flexibilidad competitiva de las empresas y las relaciones de género. Madrid: Centro de investigaciones sociológicas, 2008, p. 270-311.

MACHADO, S. S. Gênero, geração e o lugar das avós: estudo com famílias de bairro popular em Belém. Revista de Políticas Públicas, v. 14, n. 1, p. 131-137, 2010.

MONTALI, L. Família, trabalho e desigualdades no início do século XXI. In: Anais do 38º Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu: ANPOCS, 2014.

OLIVEIRA, S. M. Os trabalhadores das centrais de teleatividades no Brasil: da ilusão à exploração. In: ANTUNES, R.; BRAGA, R. (orgs.). Infoproletários: degradação real do trabalho virtual. São Paulo: Boitempo, 2009, p. 113-135.

OROZCO, A. Ameaça tormenta: a crise dos cuidados e a reorganização do sistema econômico. In: FARIA, N.; MORENO, R. (orgs.). Análises feministas: outro olhar sobre a economia e a ecologia. São Paulo: SOF, 2012, p. 51-93.

RICOLDI, A. A noção de articulação entre família e trabalho e políticas de apoio. Mercado de trabalho. IPEA, n. 42, p. 37-43, 2010. (Nota Técnica – IPEA).

ROSEMBERG, F. Creches domiciliares: argumentos ou falácias. Caderno de Pesquisa, FCC, n. 56, p. 73-81, 1986.

SORJ, B. Trabalho remunerado e trabalho não remunerado. In: VENTURI, G. et al (orgs.). A mulher brasileira nos espaços público e privado. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004, p. 107-119.

SORJ, B.; FONTES, A. Políticas públicas e articulação entre trabalho e família: comparações inter-regionais. In: FARIA, N.; MORENO, R. (orgs.). Cuidado, trabalho e autonomia das mulheres. São Paulo: SOF, 2010, p. 57-74.

SORJ, B.; FONTES, A.; MACHADO, D. Políticas e práticas de conciliação entre família e trabalho no Brasil. Cadernos de Pesquisa, FCC, v. 37, n. 132, p. 573-594, 2007.

SOS CORPO; DATA POPULAR. Trabalho remunerado e trabalho doméstico – uma tensão permanente. Relatório de pesquisa, 2012. Disponível em: http://agenciapatriciagalvao.org.br/wp-content/uploads/2012/12/pesq_trabalho_data_popular_sos_corpo.pdf. Acesso em: 18 maio 2016.

SOUZA-LOBO, E. [1991]. A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2011.

SUCUPIRA, F.; FREITAS, T. As desigualdades de gênero nos usos do tempo. In: MORENO, R. (org.). Feminismo, economia e política: debates para a construção da igualdade e autonomia das mulheres. São Paulo: SOF, 2014, p. 105-122.

A Idéias utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.