Banner Portal
O Brasil e a China no âmbito das mudanças climáticas
PDF

Palavras-chave

Brasil
China
Mudanças climáticas.

Como Citar

ESTEVO, Jefferson dos Santos. O Brasil e a China no âmbito das mudanças climáticas: negociações internacionais e políticas domésticas (2009 -2017). Ideias, Campinas, SP, v. 10, p. e019002, 2019. DOI: 10.20396/ideias.v10i1.8655888. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8655888. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O artigo trabalha o histórico das políticas de Brasil e China sobre mudanças climáticas, com uma análise sobre os avanços e retrocessos de ambos. Os dois países são atores centrais nas negociações internacionais, com altas taxas de emissões de gases do efeito estufa. O período de análise está entre 2009 e 2017. Os dois países avançaram suas políticas a partir de 2009, com aceitação de metas voluntárias. No ano de 2015, assinaram o Acordo de Paris, indicando suas contribuições de redução, de acordo com as capacidades domésticas. A China mantém uma política climática ativa, com reduções de suas emissões. No caso do Brasil, o país apresenta retrocessos, perda de relevância do tema, sobretudo no plano doméstico.

https://doi.org/10.20396/ideias.v10i1.8655888
PDF

Referências

ABERS, R; OLIVEIRA, M. Nomeações políticas no Ministério do Meio Ambiente (2003–2013): interconexões entre ONGs, partidos e governos. Opinião Pública. V. 21, n. 2, 2015. p. 1-29.

ABRANCHES, S. Copenhague antes e depois. São Paulo: Civilização Brasileira, 2010.

AZEVEDO, T, ANGELO, C. Emissões de GEE no Brasil e suas implicações para políticas públicas e a contribuição brasileira para o Acordo de Paris. SEEG. Brasília, 2018.

BARBI, F. Governing climate change in China and Brazil: mitigation strategies, Journal of Chinese Political Science/ Association of Chinese Political Studies, 2016.

BARBI, F. O desafio das mudanças climáticas: a internalizarão política das questões climáticas no Brasil e na China. In FERREIRA, L (Org.). O desafio das mudanças climáticas: os casos Brasil e China. Jundiaí: Paco Editorial, 2017.

BARRET, S. Why cooperate?: the incentive to supply global public goods. Oxford: Oxford University Press, c2007.

BARROS-PLATIAU, A, F; VARELLA, M; SC HLEICHER, R. Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Revista Brasileira de Política Internacional. nº 47 (2), p. 100-130, 2004.

BARROS-PLATIAU, A, F. When emergent countries reform global governance of climate change: Brazil under Lula. Revista Brasileira de Política Internacional, 53 (special edition): 73-90, 2010.

BASSO, L; VIOLA, E. Chinese energy policy progress and challenges in thetransition to low carbon development, 2006–2013. Revista Brasileira de Política Internacional. 57 (special edition): 174-192, 2014.

BODANSKY, D. The legal character of the Paris agreement. RECIEL, 25:142–150, 2016.

BECK, U. World at risk. Cambridge: Polity Press, 2009.

BRASIL. Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC e dá outras providências. Brasília, 2010.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores – MRE. Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada para Consecução do Objetivo da CQNUMC. Brasília, 2015.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente – MMA. Fundamentos para a elaboração da Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) do Brasil no contexto do Acordo de Paris sob a UNFCCC. Brasília, 2016.

BJØRKUM, I. China in the international politics of climate change: a foreign policyanalysis.FNI Report 12/2005. The Fridtjof Nansen Institute, 82p.,2005.

BOUCHER, D.; ROQUEMORE, S.; FITZHUT, E. Brazil’s success in reducing deforestation.Tropical Conservation Science.v. 6, n. 3, p.426-445, 2013.

BULKELEY, H; NEWELL, P. Governing climate change (Global Institutions). Abingdon and New York: Routledge. 142 pp, 2010.

CARVALHO, F. A posição brasileira nas negociações interna-cionais sobre florestas e clima (1997-2010): do veto à proposição. 2010. 218 f. Tese (Doutorado em Relações Internacionais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

CARVALHO,J; AZEREDO, R; LUCERO, E. A diplomacia da mudança do clima: interseção entre ciência, política e desenvolvimento. Cadernos de Política Exterior / Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais. –v. 1, n. 2 (out. 2015). - [Brasília]: FUNAG, 2015.

CASARÕES, G. A política externa interina e os riscos para à integração. Revista Conjuntura Austral. Porto Alegre, v.7, n.37. p.81-93, ago/set. 2016.

CHEN, G. China’s diplomacy on climate change. The Journal of East Asian Affairs, Vol. 22, No. 1, pp. 145-174 Spring/Summer, 2008.

CHINA INDC. China’s policies and actions on climate change (2014). The National Development and Reform Commission. November, 2014.

CONRAD, B. Reconciling the “beijing climate revolution” and the “copenhagen climate obstinacy”. The China Quarterly, nº. 210, pp. 435-455, June 2012.

ESTEVO, J, S. A política externa do presidente Lula da Silva no âmbito das mudanças climáticas (2003-2009) / São Paulo, 2012. Dissertação (mestrado) - UNESP/UNICAMP/PUC-SP, Programa San Tiago Dantas, 2012.

FERDINAND, P. Westward ho—the China dream and ‘one belt, one road’: chinese foreign policy under Xi Jinping. PP. 941–957. International Affairs 92: 4, (2016).

FERREIRA, L; BARBI, F.; OTAVIANNO, M. Global environmental changes: environmental policies in China and Brasil. Revista Tempo do Mundo, v. 2, p. 99-122, 2016.

FERREIRA, L; BARBI, F. The challenge of global environmental change in the anthropocene: an analysis of Brazil and China. Chinese Political Science Review, v. 1, p. 1-13, 2016.

FERREIRA, L. C. O desafio das mudanças ambientais globais no Antropoceno. In: O desafio das mudanças climáticas: os casos Brasil e China. Jundiaí: Paco Editorial, 2017.

GAMBA, C; RIBEIRO, W. A encruzilhada brasileira na ordem ambiental internacional das mudanças climáticas. Estudos Avançados. São Paulo, v. 27, n. 78, p. 177-194, 2013.

GIDDENS, A. A política das mudanças climáticas. Ed. UNESP. São Paulo, 2010.

GOLDEMBERG, J. Copenhague: um “post mortem”. Política Externa, v.18, nº4, Mar/Abr/Mai, 2010.

GOLDEMBERG, J.; GABASSI, P. Burden sharing in the implementation of the climate convention. Energy Policy, 8, 56–60, 2015.

GREEN, F; STERN, N. China’s changing economy: implications for its carbon dioxide emissions. Climate Policy, 17:4, 2017.

INOUE, C. Governança global do clima: proposta de um marco analítico em construção. Carta Internacional (USP), v. 11, p. 91-117, 2016.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Proedes. Taxa de desmatamento anual na Amazônia Legal (1988 – 2017),2018. Disponível em: http://www.obt.inpe.br/prodes/dashboard/prodes-rates.html .Acesso: Jul, 2018.

IPCC. Climate change: The IPCC 1990 and 1992 Assessments. Intergovernmental Panel on Climate Change. Printed in Canada, 1992.

IPCC. Climate change. 2014: Climate Change 2014: Synthesis the Fifth Assessment. Report.of the Intergovernmental Panel on Climate Change,2014.

IPCC: Global Warming of 1.5 ºC, Summary Report. 33 pp, Republic of Korea, 6 October, 2018.

KASA, S. The second-image reversed and climate policy: how international influences helped changing Brazil’s positions on climate change. Sustainability.5,p. 1049-1066, 2013.

KEOHANE, R. O. After hegemony cooperation and discord in the world political economy. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1984.

KEOHANE, R.; OPPENHEIMER, M. Paris: beyond the climate dead end through pledge and review? Politics and Governance.v. 4, issue 3, 2016. p. 142-151.

Hallding, K. M.; Olsson, A.; Atteridge, A.; Vihma, M. Carson and M. Román. Together alone: BASIC countries and the climate change conundrum. Together Alone: BASIC countries and the climate change conundrum. Nordic Council of Ministers, Copenhagen. Tema Nord, 2011.

HARRIS,P. Collective action on climate change: the logic of regime failure, 47 Natural Resources Journal. 195 (2007).

HE, L. China’s climate change policy from kyoto to copenhagen: domestic needsand international aspirations. Asian Perspective, Vol. 34, No. 3, pp. 5-33, 2010.

HELD, D., ROGER, C. & NAG, E. Climate governance in the developing world. Cambridge: Polity Press, 2013.

HILTON,I; KERR, O. The Paris agreement: China’s ‘New Normal’ role in international climate negotiations. Climate Policy, 17 (1), 48-58, 2016.

HOCHSTELLER, K. The G-77, BASIC, and global climate governance: a new era in multilateral environmental negotiations. Revista Brasileira de Política Internacional. Brasília, v. 55, n. spe, p. 53-69, 2011.

HOCHSTELLER, K; VIOLA, E. Brazil and the politics of climate change: beyond the global commons. Environmental Politics, 2012.

HOCHSTELLER, K. Tracking presidents and policies: environmental politics from Lula to Dilma. Policy Studies. v. 38, n. 3, p. 262-276, 2017.

HURRELL, A; SENGUPTA, S. Emerging powers, North-South relations and global climate politics. International Affairs, Oxford, v. 3, n. 88, p.463-484, 2012.

HUNG, M; TSAI, T. Dilemma of choice: China’s response to climate change. Revista Brasileira de Política Internacional.Brasília, v. 55, n. spe, p. 104-124, 2012 .

Jervis, R. Realism, neoliberalism, and cooperation: understanding the debate. International Security, Vol. 24, No. 1, pp. 42-63, 1999.

LE PREST, P. Ecopolítica internacional. São Paulo: Editora: Senac, (2000).

LEWIS, J. Climate change and security: examining China’s challenges in a warmingworld. International Affairs 85: 6 1195–1213, 2009.

LI, A. Hopes of limiting global warming? China and the Paris agreement on climate change. China Perspectives, No. 1 (105), pp. 49-54, 2016.

LIAO, N. China’s new foreign policy under xi jinping. Article in Asian Security 12(2):82-9, 2016.

LIMA, M. R. Tradição e inovação na política externa brasileira. Plataforma Democrática. Working Paper nº 3, Julio de 2010.

MILNER, H. Review: international theories of cooperation among nations: strengths and weaknesses: cooperation among nations by Joseph Grieco. World Politics.v.44,n. 3,p. 466-496, 1992.

MILNER, H. V. Interests, institutions, and information: domestic politics and international relations. Princeton: Princeton University Press, 1997.

MRE. (Ministro das Relações Exteriores José Serra 2016-2017). Discurso do ministro Jose Serra por ocasião da cerimônia de transmissão do cargo de ministro de estado das Relações Exteriores. Brasília, 2016. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/discursos-artigos-e-entrevistas-categoria/ministro-das-relacoes-exteriores-discursos/14038-discurso-do-ministro-jose-serra-por-ocasiao-da-cerimonia-de-transmissao-do-cargo-de-ministro-de-estado-das-relacoes-exteriores-brasilia-18-de-maio-de-2016. Acesso em: 23 jun. 2019.

OLIVEIRA, F; PENNAFORTE,C; MARTINS, A. Da crise de governabilidade à crise de legitimidade: os impactos da crise política sobre a política externa brasileira. Revista de Estudios Brasileños, Vol. 5, Número 9, p.148-160, 2018.

OLIVIER, J.; MAENHAOUT, G.; MUNTEAN,M.; PETERS, J.Trends in global CO2 emissions - 2016 Report. The Hague: PBL Netherlands Environmental Assessment Agency; Ispra: European Commission, Joint Research Centre, 2016.

OBSERVATÓRIO DO CLIMA. As emissões brasileiras por setor (2003 -2016). O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), 2016. Disponível em: http://seeg.eco.br/o-que-e-o-seeg/. Acesso: Jul, 2018.

OBSERVATÓRIO DO CLIMA. Emissões dos setores de energia, processos industriais e uso de produtos. SEEG Documento de Análise, 2018.

PINHEIRO, L.; MILANI, C. Política externa brasileira: os desafios de sua caracterização como política pública. Contexto Internacional. v. 35, p. 11-41, 2013.

PINK, R. Climate change crisis solutions and adaption for a planet in peril. Springer International Publishing, 2018.

PUTNAM, R. Diplomacy and domestic politics: the logic of two-level games international organization. Vol. 42, No. 3 pp. 427-460, (Summer, 1988).

SARAIVA,M.G. Balanço da política externa de Dilma Rousseff: perspectivas futuras? Relações Internacionais (Lisboa), v 44,p.25-35,2014.

SALOMÓN, M; PINHEIRO, L. Análise de política externa e política externa brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Revista Brasileira de Política Internacional. v. 56, p. 40-59, 2013.

SELIN, H. Diálogos sobre o clima na ONU em Paris: como chegamos aqui e o que esperar. Revista Política Externa. Vol. 24 No 1 e 2 Jul/de 2015.

SPERANZA, J.; ROMEIRO, V.; BETIOL, L.; BIRDMAN, J. Monitoramento da implementação da política climática brasileira: implicações para a contribuição nacionalmente determinada. Working Paper. São Paulo, Brasil: WRI Brasil, 2017.

Stein, A. Why nation cooperate. Cornell University Press, 1990.

STENDAL, I. Chinese climate change policy, 1988–2013: moving on up. Asian Perspective 38 111–135, 2014.

STUENKEL, O; TAYLOR, M. Brazil on the global stage - power, ideas, and the liberal international order. New York, USA: Palgrave, 2015.

MOREIRA, H. 2015. A nova Geopolítica das mudanças climáticas: o papel de Estados Unidos e China. Tese do Programa de Doutorado em Geografia: Universidade de São Paulo.

MOREIRA,H; RIBEIRO, W. A atuação da China no G77, Basic e Brics nas negociações internacionais do clima. In: FERREIRA, L (Org.). O desafio das mudanças climáticas: os casos Brasil e China. Jundiaí, Paco Editorial: 2017.

VICTOR, D. What the framework convention on climate change teaches us about cooperation on climate change. Politics and Governance.v. 4, issue 3, p. 133-141,2016.

VIERIA, L. A internalizarão paradoxal dos critérios de sustentabilidade na formulação das estratégias de China e Brasil para o setor energético. In: FERREIRA, L. (Org.). O desafio das mudanças climáticas: os casos Brasil e China. Jundiaí: Paco Editorial, 2017.

VIOLA, E. Impasses e perspectivas da negociação climática global e mudanças na posição brasileira. Relatório do CINDES. Rio de Janeiro. Dezembro de 2009.

VIOLA, E ;FRANCHINI, M. Sistema internacional de hegemonia conservadora: o fracasso da Rio +20 na governança dos limites planetários. Ambiente & Sociedade .São Paulo v. XV, n. 3, p. 1 -18 ,set., dez 2012.

VIOLA, E; FRANCHINI, M. Para além do mito: condições para a construção de uma liderança realista do Brasil na arena global do desenvolvimento sustentável de baixo carbono. Cadernos Adenauer. N°4, 2016.

VIOLA, E; BASSO, L. Wandering decarbonization: the BRIC countries as conservative climate powers. Revista Brasileira de Política Internacional, 59(1): e 001, 2016.

YU, H.-Y.; ZHU, S.-L. Toward Paris: China and climate change negotiations. Advances in Climate Change Research, 2015.

ZHANG, H. China and international climate change negotiations, welt trends online - dossier. March 2013.

ZAHNG, Z. The forces behind China’s climate change policy: interests, sovereignty, and prestige. In: HARRIS, P. (Org). Global warming and east Asia. Routledge, 2003.

ZAHNG, Z. China’s role in climate change negotiations, perspectives for COP21. Study- China’s role in climate change. Friedrich-Ebert-Stiftung | Department for Asia and the Pacific, 2015.

ZAHNG, Z. Are China’s climate commitments in a post-Paris agreement sufficiently ambitious. CCEP Working Paper 1607, Sep 2016. Crawford School of Public Policy, The Australian National University, 2016.

A Idéias utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.