Palabras clave
Violencia
Silenciamientos
Movilidades
Cabo Delgado
Mozambique
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Números de la subvención 2022/08122-7
Resumen
Este artículo explora narrativas sobre cómo la guerra iniciada en octubre de 2017, en el extremo norte de la provincia de Cabo Delgado, en Mozambique, por un grupo armado localmente reconocido como mashababos, prevalece no solo la violencia física contra las poblaciones en las regiones en conflicto, pero también las demás formas [de violencia], desde la simbólica a la psicológica, pasando por la represión y silenciamiento de la voluntad manifiesta de las víctimas de hablar de sus traumas. Apoyada en una etnografía realizada entre 2018 y 2021 en Nacaca, en un centro construido para albergar a desplazados, la tesis central de este artículo es que los desplazamientos forzados impuestos a las víctimas del conflicto en análisis, se entrecruzan no solo con su ejercicio de memoria en querer contar sus experiencias vividas sobre la guerra, pero también a los traumas que generan las formas de silenciamiento impuestas por diferentes actores que permean sus nuevos espacios de refugio.
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