Banner Portal
Pran wout la nas experiências de (i)mobilidade haitianas nas Américas
Imagem capa: "Retirantes" de Cândido Portinari (1944)
PDF

Palavras-chave

Chache lav
Mobilidade
Diáspora

Como Citar

MONTINARD, Mélanie. Pran wout la nas experiências de (i)mobilidade haitianas nas Américas. Ideias, Campinas, SP, v. 14, n. 00, p. e023019, 2023. DOI: 10.20396/ideias.v14i00.8672020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8672020. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Ao privilegiar os pontos de vista das pessoas em movimento a partir de uma perspectiva etnográfica, o artigo se propõe a explorar as diversas wout (rotas/estradas, em crioulo haitiano) empreendidas pelos haitianos, especificamente a partir do Brasil. Proponho uma análise das experiências de mobilidade envolvidas no chache lavi (buscar a vida). Quais são os significados e usos práticos da categoria wout? Como se articulam os movimentos dos indivíduos e das famílias junto aos controles dos governos e das agências de imigração? Como as estratégias estão implantadas para que a wout dos indivíduos possa acontecer apesar dos impasses físicos e simbólicos? O “chache lavi” cria, constrói e desconstrói não apenas relações entre pessoas, mas também implica tensões e dimensões subjetivas, bem como jogos permanentes entre legalidades e ilegalidades.

https://doi.org/10.20396/ideias.v14i00.8672020
PDF

Referências

ANGLADE, Georges. 1982. Espace et liberté en Haïti. Montreal: ERCE & CRC.

BANQUE MONDIALE. 2017. Rapport sur les migrations et le développement. Available at: http://www.worldbank.org/en/topic/labormarkets/brief/migration-and-remittances. Consulted on: 10 January 2020.

BIEHL, João; LOCKE, Peter. 2017. Unfinished: The Anthropology of Becoming. Durham: Duke University Press.

BOURDIEU, P. 1991. “Introduction à la socioanalyse”. Actes de la recherche en Sciences Sociales, Paris, Vol. 90, p. 3-5, December.

BOURDIEU, P. 2003. “L’objectivation participante”. Actes de la recherche en sciences sociales, Paris, vol. 150, n. 5, pp. 43-58.

CARLING, J. 2001. Aspiration and ability in international migration Cape Verdean experiences of mobility and immobility. Thesis submitted to the Department of Sociology and Human Geography, University of Oslo.

CAVALCANTI, L; TADEU DE OLIVEIRA, A; ARAUJO, D. A. 2016. “Inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro”. Relatório Anual. OBMigra, Brasília. Available at: http://obmigra.mte.gov.br/index.php/relatorio-anual. Consulted on: 13 January 2019.

CHARLES, Jacqueline. 22 sept. 2016. “US shifts Haiti deportation policy and gives a warming.” Miami Herald. Miami. Available at: http://www.miamiherald.com/news/nation-world/world/americas/haiti/article103373227.html. Consulted on: 17 November 2018.

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO (DOU). 12 novembre 2015, Seção 1, p. 48. Available at: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/104076812/dou-secao-1-12-11-2015-pg-48. Consulted on: 17 November 2018.

FALLERS, I. The predicament of the modern African chief: an instance from Uganda. American Anthropologist. 57, 290-305. 1955.

FOUCAULT, M. 2004. Sécurité, territoire, population. Paris: Seuil.

GEERTZ, C. 1960. “The Javanese kijaji: the changing role of a cultural broker”. In: Comparative Studies in Society and History. 2, 228-249.

GLICK-SCHILLER, Nina. 2011. “Locality, Globality and the popularization of a diasporic consciousness: Learning from the Haitian case”. In: JACKSON, R. Geographies of the Haitian Diaspora. New York: Routledge.

GLICK-SCHILLER, Nina; FOURON, G. « Everywhere we go, we are in danger »: Ti Manno and the emergence of a Haitian transnational identity. American Ethnologist. Vol. 17, n. 2, p. 329-347, 1990.

GLUCKMAN, M. ; MITCHELL, J.C. ; BARNES, J.A. 1949. The village headman in British Central Africa. Africa. 19, 89-106.

JOSEPH, Handerson. 2015a. Diáspora: as dinâmicas da mobilidade haitiana no Brasil, no Suriname e na Guiana Francesa. PhD thesis, Museu Nacional, Federal University of Rio de Janeiro.

JOSEPH, Handerson. 2015b. “Diáspora. Sentidos sociais e mobilidades haitianas”. In: Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, 21(43).

JOSEPH, Handerson. 2017. “A historicidade da (e)migração internacional haitiana: O Brasil como novo espaço migratório”. In: Périplos: Revista De Estudos Sobre Migrações. Dossiê: Imigração haitiana no Brasil: Estado das Artes. Brasilia, 1(1): 07-26.

MA MUNG, E. La dispersion comme ressource. Cultures et Conflits, Paris, n. 33-34, p. 89-103, 1999.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). Resolução Normativa n. 97, 12 janvier 2012. Diário Oficial da União, 13/01/2012, Section 1, p. 19 : “dispõe sobre a concessão do visto permanente previsto no art. 16 da Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980, a nacionais do Haiti.”

RICHMANN, Karen E. 2005. Migration and voodoo. Florida: University Press of Florida.

SANDOVAL GARCIA, C. Casa en Tierra Ajena. Reportagem 2017. Available at: https://www.youtube.com/watch?v=AkrZIumTRjI&fbclid=IwAR377JOnVTqlIraDeT4yhbGgToljPplXwc5cbk7-E9wxv9ZlOwXhX3iMlHY

VIEIRA, Rosa. 2014. Itinerâncias e governo : a mobilidade haitiana no Brasil. Master’s dissertation in Sociology and Anthropology, Federal University of Rio de Janeiro.

VIEIRA, Rosa. 2017. “O governo da mobilidade haitiana no Brasil”. In: Mana Estudos de Antropologia Social, Rio de Janeiro, 23(1): 229-254.

WOLF, E. 1956. “Aspects of Group Relations in a Complex Society: Mexico”. In: American Anthropologist. 58, 1065-1078.

ZOLBERG, Aristide; SUHRKE, Astri; AGUAYO, Sergio. 1989. Escape from violence: Conflict and the refugee crisis in the developing world. Oxford: Oxford University Press.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Ideias

Downloads

Não há dados estatísticos.