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Estimativa do Número da Curva (CN) e sua adaptação ao contexto das Paisagens Mineiras
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Palavras-chave

Modelagem hidrológica
Sustentabilidade
Paisagem
Corredor ecológico
Área protegida

Como Citar

Albuquerque, C. C. de, Brasil, M. C. O., Mateus , N. P. A., Macedo, D. R., & Ribeiro, S. M. C. (2024). Estimativa do Número da Curva (CN) e sua adaptação ao contexto das Paisagens Mineiras . Labor E Engenho, 18(00), e024002. https://doi.org/10.20396/labore.v18i00.8673566

Resumo

Os recursos hídricos são essenciais para a manutenção da vida e da dinâmica terrestre. Para entender as dinâmicas entre recursos hídricos e uso do solo em diferentes paisagens as análises espaciais são ferramentas valiosas. Uma das metodologias amplamente utilizadas é o Soil Conservation Service (SCS), que se baseia no coeficiente do Número da Curva (CN), dentre outros parâmetros. No entanto, o método e a estimativa do coeficiente CN foi desenvolvida para um contexto de paisagem específico nos Estados Unidos, e não é necessariamente adequada para outras áreas. Adaptar o coeficiente CN para o contexto do estado de Minas Gerais, pode auxiliar no estudo e caracterização da hidrologia nas paisagens do estado, contribuindo para representar recursos hídricos no contexto da paisagem.  Este trabalho estimou o CN tabulado pelo SCS e usando álgebra de mapas refinou o coeficiente para o contexto específico de Minas Gerais, com base em dados espaciais que estão diretamente relacionados à hidrodinâmica da região. Como resultado, foi criado um mapa de CN tabulado e um mapa de CN refinado adaptado para o estado de Minas Gerais, cujos dados foram validados com informações hidrológicas da bacia do Rio Doce. A estimativa de CN para valores altos indica locais de escoamento superficial alto e baixa infiltração. O CN tabelado acima de 80 representa 13 % da área total do estado de Minas Gerais. Já as estimativas para o CN refinado mostram que 40% da área total do estado possui CN acima 80. Valores do CN tabulado e refinado foram comparadas e validadas. Este estudo destaca a importância de adaptar as metodologias existentes às condições das paisagens locais contribuindo para dar subsídios para atingir metas globais como Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ODS 6 (Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos), ODS 11 (Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis) e ODS 15 (Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.)

 

https://doi.org/10.20396/labore.v18i00.8673566
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