Banner Portal
As políticas públicas de preservação do patrimônio a partir dos Roteiros Nacionais de Imigração: O caso de Santa Catarina
PDF

Palavras-chave

Patrimônio. Preservação. Roteiros nacionais de imigração. Identidade. Turismo.

Como Citar

Pistorello, D. (2010). As políticas públicas de preservação do patrimônio a partir dos Roteiros Nacionais de Imigração: O caso de Santa Catarina. Labor E Engenho, 4(2), 47–65. https://doi.org/10.20396/lobore.v4i2.243

Resumo

Este artigo tem como objetivo perceber como se pode pensar as políticas públicas de preservação do patrimônio cultural brasileiro a partir dos Roteiros Nacionais de Imigração. Em síntese, o projeto Roteiros se constitui numa proposta nacional da primeira fase do reconhecimento e proteção do patrimônio dos imigrantes em Santa Catarina realizado através da parceria entre o IPHAN e a Fundação Catarinense de Cultura (FCC). É resultado de um processo realizado em três momentos: o inventário do patrimônio cultural do imigrante no estado; a seleção dos seus bens materiais e imateriais e sua indicação para o tombamento ou registro em nível municipal, estadual e/ou federal; e a instituição de uma rota turística que abranja os caminhos nos quais os bens culturais inventariados estejam presentes, dotados de legislação de proteção especifica, cujo atrativo seria marcado por referências culturais relacionadas à imigração de italianos, alemães, poloneses e ucranianos em Santa Catarina. O texto problematiza as relações entre memória e identidade; entre órgão federal e estadual de preservação; a patrimonialização dos bens culturais e sua apropriação pelo turismo. Por fim pondera a respeito da institucionalização dos Roteiros Nacionais de Imigração como forma de pensar a Paisagem Cultural do Estado de Santa Catarina e suas possibilidades de uso.

https://doi.org/10.20396/lobore.v4i2.243
PDF

Referências

ADAMS, Betina. Preservação urbana: gestão e resgate de uma história. Florianópolis: Editora da UFSC, 2002.

ALTHOFF, Fátima Regina. Políticas de preservação do patrimônio edificado catarinense: a gestão do patrimônio Urbano de Joinville. Florianópolis, 2008. 185 p. Dissertação de mestrado em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade. Universidade Federal de Santa Catarina.

BO, João Batista Lanari. Proteção do patrimônio na UNESCO: ações e significados. Brasília: UNESCO, 2003. Disponível em unesdoc.unesco.org/images0012/001297/12971por.pdf. Acesso em 20 set. 2009. BRASIL / MINC, 2007.

BREFE, Ana Cláudia Fonseca. Pierre Nora, ou o historiador da memória. História social, Campinas (SP), n.6, p.13-33, 1999.

CATROGA, Fernando. Memória e História. In: PESAVENTO, Sandra J.(Org.) Fronteiras do milênio. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2001.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. 3 ed. São Paulo: Estação Liberdade: UNESP, 2006.

CHUVA, Márcia (org.). A invenção do patrimônio: continuidade e ruptura na constituição de uma política oficial de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da cultura/IPHAN, 1995.

DECCA, Edgar Salvador de. Memória e Cidadania. In: O Direito à Memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: Secretaria Municipal de cultura – DPH, 1992. p.129-135.

DIAS, Reinaldo. Turismo e patrimônio cultural: recursos que acompanham o crescimento das cidades. São Paulo: Saraiva, 2006.

ENDERS, Armelle. Les Lieux de Mémoire, dez anos depois. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v.6, n.11, 1993, p.128-137.

FLORES, Maria Bernardete Ramos; LEHMKUHL, Luciene; COLLAÇO, Vera (Orgs.). A casa do baile: estética e modernidade em Santa Catarina. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2006.

FONSECA, Maria Cecília Londres. O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, IPHAN, 1997.

GOODEY, Brian. Olha múltiplo na interpretação dos lugares. In: MURTA, Stela Maris; ALBANO, Celina (orgs.). Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo horizonte: Ed. Da UFMG, Território Brasilis, 2002.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, MinC/IPHAN, 1996. [originariamente tese de doutorado defendida na Universidade de Virgínia, EUA, em 1989.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. 2 ed. São Paulo: Vértice Editora, 1990.

HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia Historia. Belo Horizonte, v.22, n.36, p.261-273, juldez. 2006.

HARTOG, François. Patrimoine et présent. In. Régimes d’historicité: présentisme et experiénce du temps. Paris: Ed. Du Seuil, 2003. P. 163-206.

HOBSBAWM, E., RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

HUYSSEN, Andreas. Passados presentes: mídia, política, amnésia. In: Seduzidos pela Memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, Universidade Cândido Mendes, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2000. p.9-40.

JEUDY, Henri-Pierre. A maquinaria patrimonial. In: Espelho das cidades. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, Ed. PUC-Rio, 2006.

LE GOFF. Jacques. História e memória. 4 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.

LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. In: Projeto História [PUC-SP], são Paulo, n.17, Nov.1998, p.63-201.

MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A crise da memória, história e documento: reflexões para um tempo de transformações. In: SILVA, Zélia Lopes da (Org.). Arquivos, Patrimônio e Memória: trajetórias e perspectivas. São Paulo: Editora da UNESP, 1999.p.11-29.

MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A história cativa da memória? Revista de Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, n.34, 1992.

MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A paisagem como fato cultural. In:YÀZIGI, Eduardo (org.). Turismo e paisagem. São Paulo: Contexto, 2002.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n.10, p.7-28, dez.1993.

POLLAK, Michel. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.3- 15, 1989.

POLLAK, Michel. Memória e identidade social. Estudo históricos, Rio de Janeiro, v.6, n.11, p.128- 137, 1992.

POMIAN, K. Coleção. In: Enciclopédia Einaudi – Memória-História. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1984. v.1, p.51-86.

PORTELLI, Alessandro. A filosofia e os fatos: narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, Rio de Janeiro, v.1, n.2, p.59-72, 1996.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da UNICAMP, 2007.

ROTEIROS NACIONAIS DE IMIGRAÇÃO SANTA CATARINA. Dossiê de Tombamento. Anexo III. Índices e Fichas: Norte, Nordeste e Sul do estado. 2007. Acervo do IPHAN-SC.

ROTEIROS NACIONAIS DE IMIGRAÇÃO SANTA CATARINA. Dossiê de Tombamento. Anexo I. Índices e Fichas: Norte, Nordeste e Sul do estado. 2007. Acervo do IPHAN-SC.

ROTEIROS NACIONAIS DE IMIGRAÇÃO SANTA CATARINA. Dossiê de Tombamento. Anexo II. Índices e Fichas: Norte, Nordeste e Sul do estado. 2007. Acervo do IPHAN-SC.

ROUSSO, Henry. A memória não é mais o que era. In: AMADO, J;

FERREIRA, M. Usos e abusos da história oral. 8 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006, p.93-101.

SARLO, Beatriz. Tempo passado; crítica de testemunho: sujeito e experiência. In: SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e quinada subjetiva. São Paulo: Cia das Letras: Belo Horizonte: UFMG, 2007.

VEIGA, Elaine Veras da. Florianópolis: memória urbana. 2 ed. Florianópolis: Fundação Franklin Cascaes, 2008.

WINTER, Jay. A geração da memória: reflexões sobre o “boom” da memória nos estudos contemporâneos de história. In: SELLIGMANN-SILVA, Márcio (Org.). Palavra e imagem, memória eescritura. Chapecó (SC): Argos, 2006. p. 67-90.

WEBSITES http://portal.unesco.org/fr/ev.phpurl_id=13055&url_do=do_topic&url_section=201.html.

http://www.fcc.sc.gov.br/

http://www.brasilcultura.com.br/perdidos/santa-catarina-ganha-roteiro-de-imigracao/

http://www.monumenta.gov.br/site/?p=64

http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaInicial.do;jsessionid=D6369A8EAD3F477E7F41E5E55B2D7C91

A Labor e Engenho utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.