Banner Portal
Tudo é água… e participação social
PDF

Palavras-chave

Desastres com água
Cidades serranas do Rio de Janeiro
Participação social
Redução de desastres
Planos de emergência

Como Citar

Portella, S., Oliveira, S. S., & Dutra, R. (2015). Tudo é água… e participação social. Labor E Engenho, 9(4), 66–75. https://doi.org/10.20396/lobore.v9i4.8642027

Resumo

As questões sociais foram agudizadas pela generalização dos problemas ambientais resultantes das próprias ações humanas e que podem ser discutidas a partir de uma palavra catalizadora de todas essas incertezas: água. E que apontam para a necessidade de participação social para seu enfrentamento. No entanto, debaixo da expressão participação social se abrigam as mais variadas ações, formas e concepções do que seria uma mobilização popular, comunitária ou social na sua relação com poderes e conhecimentos constituídos. Muito já se fez em busca de padrões e na produção de métricas capazes de medir a qualidade de uma ação para que ela pudesse ser incluida debaixo do enorme “sombrero” participação social. No entanto, é justamente na busca da medida, da métrica e da matematização da participação que se perde o essencial da sua qualidade, que relativiza a sua quantidade, que é a inovação social realizada. Por isso, defendemos neste artigo que toda participação social é situada, e assim deve se registrada e estudada, e apoiada. Nesse sentido, o objetivo deste ensaio foi registrar e discutir a partir do estudo de caso da reconstrução das cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro (Brasil) depois de 11 de janeiro de 2011, e uma determinada experiência de produção coletiva de plano de emergência, que mobilizou toda o território e toda a populaçao da cidade e a incapacidade dos governantes e pesquisadores de absorvê-la.

https://doi.org/10.20396/lobore.v9i4.8642027
PDF

Referências

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BAUMAN, Z. Vidas Desperdiçadas. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

KLEIN, N. The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism. Toronto: Knopf Canada, 2007.

LATOUR, B. Jamais fomos modernos. Ensaio de Antropologia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.

LAVELL, A. Anotações da Palestra pública proferida na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Florianóplis 18 de abril de 2015.

LÉVI-STRAUSS, C. O cru e o Cozido. Mitológicas I. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

MIGNOLO, W. Desobediencia Epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. 2 ed. Buenos Aires: Del Signo, 2014.

MILETI, D.; GAILUS, J. Sustainable Development and Hazards Mitigation. The United States: Disasters. Mitigation and Adaptation Strategies for Global Change. Springer, 10: 491-504, 2005.

NOVA FRIGURGO (NF). Relatório Plano de Emergência da Sociedade Civil – PESC. Nova Friburgo: ONG Diálogo e Care, 2012.

NUNES, J.A. Governação, e Conhecimento e Participação Pública. Relatório para Provas de Agregação. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, 2007. 111p.

PORTELLA,S.; NUNES, J.A. Populações serranas excluídas, cidades insustentáveis: o enigma da participação pública. Rev Ciência & Saúde Coletiva, 19(10):4223-4228, 2014.

SANTOS, B. S. Um Discurso sobre as Ciências. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2008.

SANTOS, B.S. Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Revista Crítica de Ciências Sociais, 78: 3-46, 2007.

UNISDR. Sendai framework for disaster risk reduction 2015-2030. 2015, 18 March 2015.

VALENCIO, N. 2011. Desastre: um termo em disputa. Textos geradores – II Seminário Nacional de Psicologia em Emergências e Desastres/Conselho Federal de Psicologia. Anais… Brasília: CFP, 2011. 76 p. Disponivel em: http//:www.emergenciasedesastres.cfp.org.br/wp-content/…/10/normavalencio.pdf. Acesso em: 15 fev. 2015.

A Labor e Engenho utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.