Banner Portal
Rotunda de Ribeirão Vermelho: exemplo emblemático do patrimônio ferroviário brasileiro
PDF

Palavras-chave

Rotundas ferroviárias
Patrimônio ferroviário
Patrimônio industrial
Ribeirão Vermelho
Objetos emblemáticos

Como Citar

Silva, R. A. R. da. (2018). Rotunda de Ribeirão Vermelho: exemplo emblemático do patrimônio ferroviário brasileiro. Labor E Engenho, 12(3), p.291–305. https://doi.org/10.20396/labore.v12i3.8652845

Resumo

A importância dos complexos ferroviários para a história brasileira compõe-se a partir do desenvolvimento econômico-industrial de meados do século XIX. Constitui-se também uma relação entre a realidade histórico-social das cidades brasileiras e os complexos ferroviários por meio do desenvolvimento de sistemas sociais ou de infraestrutura de cidades e regiões. Dentre as estruturas ferroviárias, destacam-se as rotundas ferroviárias, não somente por sua importância para os complexos ferroviários e manutenção das máquinas, mas pela grandiosidade e identidade arquitetônica. Elas, comumente, constituíram-se como um dos principais edifícios e sempre despertaram interesse, desde sua centralidade nas oficinas à admiração das pessoas por seu tamanho, estrutura e complexidade o que as caracterizaria como elementos emblemáticos. A partir dessas ideias, o trabalho busca apresentar a realidade de um desses exemplares, a rotunda ferroviária de Ribeirão Vermelho, localizada na cidade homônima em Minas Gerais (Brasil).  Propõe-se uma reflexão a partir do exemplo e da realidade dessa estrutura ferroviária que reflete, em grande parte, o complexo conjunto de elementos ferroviários no Brasil. Há aquelas que mantêm as suas funções, foram restauradas ou reutilizadas, mas também outras que foram transformadas em equipamentos sociais, e, negativamente, as abandonadas. Ao final, avaliam-se os diversos exemplos de rotundas ferroviárias, desde a reutilização e reconversão ao abandono e arruinamento. Por fim, a reflexão sobre a arquitetura ferroviária, seu aspecto singular e emblemático e sua importância para a memória e a história devem ser entendidos de acordo com as múltiplas e interdisciplinares interpretações acerca do patrimônio cultural e industrial e da memória histórica e social.

https://doi.org/10.20396/labore.v12i3.8652845
PDF

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRESERVAÇÃO FERROVIÁRIA (ABPF). [Site institucional]. Disponível em: www.abpf.org.br. Acesso em: 18 ago.2017.

BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 2008.

BERGERON, Yvés. Museus e identidades culturais (Norte e Sul da América: perspectivas de pesquisa). Anais do III Seminário Internacional Ciência e Museologia: Universo Imaginário/ Tecnologia: Informação, Documentação, Patrimônio. Belo Horizonte, v. único, p. 42-48, 2015. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B1dL4PuL60ChTW1NdWJWWjJxTXc/view. Acesso em: 12 ago. 2017.

CHARPENTIER, Noëlle; HÉTU, Vanessa. Les objets phares de la catégorie disciplinaire.

BERGERON, Yves; GOULET, Marie-Ève; RODRIGUES, Catia. Conserveries mémorielles: Objets, phares des musées canadiens. Entre pratiques muséales et enjeux identitaires, n. 19, 2016. Disponível em: https://cm.revues.org/pdf/2370. Acesso em: 25 ago. 2017.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: UNESP, 2001.

DEVALLON, Jean. Comunicação e Sociedade: pensar a concepção da exposição. IN: BENCHETRIT, Sarah Fassa; BEZERRA, Rafael Zamorano; MAGALHÃES, Aline Montenegro (orgs.). Museus e comunicação: exposições como objeto de estudo. Rio de Janeiro, Museu de História Nacional, p. 17-34, 2010.

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DO BRASIL. [Site pessoal de Ralph Mennucci Giesbrecht: Informações ferroviárias]. Disponível em: www.estacoesferroviarias.com.br. Acesso em: 18 ago. 2017.

ESTADO DE MINAS. Três monumentos simbólicos do interior de Minas Gerais são tombados. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/11/22/interna_gerais,592430/tres-monumentos-simbolicos-do-interior-de-minas-gerais-sao-tombados.shtml. Capturado em: 22/11/2017.

FERREIRA, Lúcia M.A; ORRICO, Evelyn G.D. Linguagem, identidade e memória social. Rio de Janeiro; DP&A, 2002.

GONÇALVES, Teima Lasmar. Pequeno Histórico da Estrada de Ferro Oeste de Minas – EFOM. Rio de Janeiro: RFFSA, 1996.

GOOGLE IMAGES. [Site institucional]. Disponível em: https://images.google.com. Acesso em: 17 ago. 2017.

GOOGLE MAPS. [Site institucional]. Disponível em: https://www.google.com.br/maps. Acesso em: 17 ago. 2017.

HALBWACHS, Maurice. A Memória coletiva. São Paulo; Vértica, 1990.

HALBWACHS, Maurice. Los marcos sociales de la memoria. Barcelona; Anthropos, 2004.

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS. IEPHA. Relatório de Atividades IEPHA/MG. 2011-2014. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014.

KÜHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária em São Paulo: reflexões sobre a sua preservação. São Paulo; Ateliê Editorial, FAPESP, 1998.

MARTYRE, Sérgio. Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas. São Paulo: SBF, 1975.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Do teatro da memória ao laboratório da História: a exposição museológica e o conhecimento histórico . Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 9-42, jan. 1994. ISSN 1982-0267. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5289. Acesso em: 15 set. 2017.

MORAIS, Sérgio Santos: “Preservação do Complexo Ferroviário de São João del Rey”, Boletim Informativo da Associação Brasileira de Conservadores-Restauradores de Bens Culturais, Rio de Janeiro, Dez./Jan./Fev. 1999/2000, pp. 4-5.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO VERMELHO. [Site institucional]. Disponível em: www.ribeiraovermelho.mg.gov.br. Acesso em: 17 ago. 2017.

RODRIGUES DA SILVA, Ronaldo André. Patrimônio industrial, memória e identidade social: 'Quem' são as Rotundas Ferroviárias? In: 3º. Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades. Salvador: CONINTER3, v.16. p.355 – 367, 2014a.

RODRIGUES DA SILVA, Ronaldo André. Patrimônio ferroviário brasileiro: da inclusão à exclusão de uma paisagem cultural. In: 3° Colóquio Ibero-Americano. Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto - Desafios e Perspectivas. Belo Horizonte: IEDS, 2014b.

RODRIGUES DA SILVA, Ronaldo André. As rotundas ferroviárias: uma identidade cultural do patrimônio industrial brasileiro In: Colección Los Ojos de la Memoria: Espacios industriales abandonados: gestión del patrimonio y medio ambiente. Gijón: CICEES, v.18, p. 441-448, 2015.

SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. “Sobre a autonomia das novas identidades coletivas: alguns problemas teóricos”, Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 13, n. 38, 1998.

TARTARINI, Jorge Daniel. Arquitectura ferroviária. Buenos Aires; Colihue, CEDODAL, 2001.

A Labor e Engenho utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.