Palabras clave
Revisão de literatura
Redução de riscos de desastres
Cómo citar
Resumen
O objetivo do presente trabalho foi mapear e analisar a produção científica brasileira sobre a participação social na redução de riscos de desastres para discutir seu papel na construção de uma cultura preventiva e de resiliência. A análise considerou as publicações identificadas entre o ano de 2011 e o primeiro semestre de 2022, por meio das bases de dados SciELO – Scientific Electronic Library Online, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES e REDIB – Rede Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico, utilizando os termos de indexação “mapeamento participativo” ou “mapeamento comunitário” ou “participação”, combinados com o termo “desastres”, resultando na seleção de 31 artigos para a leitura completa. As análises resultaram em um panorama sobre o ano; áreas do conhecimento e; região/estado do país e desastres abordados nas publicações. Além disso, a partir da leitura dos artigos, foi realizada a identificação dos temas, da metodologia empregada e dos resultados e discussão para que fossem constatados fatores em comum. Desse modo, a análise das produções foi realizada de acordo com três categorias temáticas baseadas em algumas das recomendações relacionadas à prioridade de ação número 1, “Compreensão do risco de desastres”, determinada pelo Marco de Sendai em 2015 “Compreensão do risco de desastres”: Análises pós-desastres; Educação e compartilhamento de saberes e; Participação social. Como principais resultados tem-se: i. o potencial de diferentes ferramentas para o fomento da participação popular na redução de riscos desastres – mapeamentos participativos, entrevistas, questionários e oficinas –; e ii. o envolvimento de diversos públicos – adolescentes, moradores de áreas de risco, poder público, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas do conhecimento –. A partir dos elementos aqui discutidos espera-se contribuir com estudos futuros acerca desta temática para que sejam criados e promovidos instrumentos, ações e estratégias de prevenção, mitigação e resiliência a desastres que procurem engajar o maior número possível de atores sociais.
Citas
Abrantes, V. B., Cavalcanti Neto, M. T. O. (2021). Desastre natural em Natal-RN: percepções de moradores. Research, Society and Development, 10 (16). ISSN 2525-3409. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23465.
Acselrad, H., Coli, L. R. (2008). Disputas cartográficas e disputas territoriais. In: H. Acselrad et al. (Org.). Cartografias sociais e território (pp. 13-43). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional.
Carlos, E. (2019). Mobilizando a sociedade civil: inovação organizacional e repertórios de confronto no desastre do rio Doce. Revista Psicologia Política, (n.19), pp.08-28. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S1519549X2019000400002&lng=pt&tlng=pt.
Coutinho, S., Ramos, R. R. (2018). Desafio presente: Mudanças climáticas e desastres naturais. In: S. N. Sulaiman & P. R. Jacobi (Orgs.). Melhor prevenir: Olhares e saberes para a redução de risco de desastre (pp. 23-29). São Paulo: IEE–USP. ISBN: 978–85–86923–50–0.
Cunha, M. B., Porto, M. F., Pivetta, F., Zancan, L., Franscisco, M. S., Pinheiro, A. B., Souza, F. B., & Calazans, R. (2015). O desastre no cotidiano da favela: reflexões a partir de três casos no Rio de Janeiro. O Social em Questão, 18 (33), pp.95-122. Recuperado de https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48180.
Dagnino, R, Carpi Junior S. (2006). Mapeamento Participativo de riscos ambientais na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas – Campinas, SP. XIV Jornada de Jovens Pesquisadores da Associación de Universidades do Grupo Montevideo:10. Recuperado de: https://www.researchgate.net/publication/233381856_Mapeamento_participativo_de_riscos_a mbientais_na_Bacia_Hidrografica_do_Ribeirao_das_Anhumas_–_Campinas_SP.
Ferreira, D., Albino, L., & Freitas, M. C. C. (2011). Participação popular na prevenção e enfrentamento de desastres ambientais: resultado de um estudo piloto em Santa Catarina, Brasil. Revista Geográfica de América Central, 2 (47E). Recuperado de https://www.revistas.una.ac.cr/index.php/geografica/article/view/2530.
Freitas, L. E., & Coelho Netto, A. L. (2022). Gestão de riscos de desastres relacionados a deslizamentos sob a perspectiva da ecologia de saberes: desafios à rede para gestão de riscos da bacia do Córrego d’Antas. Territorium, 29 (I), pp.99-118. https://doi.org/10.14195/1647-7723_29-1_9.
Freitas, L. E., & Nunes, F. S. B. (2021). Potencial de SIG participativos na gestão de riscos de desastres e emergências em saúde. Saúde Debate, 44 (2). https://doi.org/10.1590/0103-11042020E215.
Hamann, B., Lopes, M. C., Tomio, D., & Vieira, R. (2019). Práticas educativas para a prevenção e mitigação aos riscos de desastres. Expressa Extensão, 24 (3). https://doi.org/10.15210/EE.V124I3.16266.
Marchezini, V., & Forini, H. A. (2019). Dimensões sociais da resiliência a desastres. Redes, 24 (2), 9-28. https://doi.org/10.17058/redes.v24i2.13000.
Marchezini, V., Iwama, A. Y., Magalhães de Andrade, M. R., Trajber, R., Rocha, I., & Olivato, D. (2017). Geotecnologias para prevenção de riscos de desastres: usos e potencialidades dos mapeamentos participativos. Revista Brasileira de Cartografia, 69 (1). Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44035.
Marques, G. M., & Souza, M. C. R. F. (2019). Percepção de estudantes jovens e adultos sobre o rio doce – cartografias do medo. Ambiente & Sociedade, v. 22. https://doi.org/10.1590/1809-4422asoc0327vu19l4ao.
Matsuo, P. M., Panzeri, C. G., Trajber, R. Olivato, D., Velloso, M. F. A., & Marchezine, V. (2021). “Levantando a lebre” da redução de riscos de desastres: aprendizagens da campanha #AprenderParaPrevenir. Revista Humanidades e Inovação, v.8 (n.44). Recuperado de https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3986.
Mendonça, M. B. de., Freitas, A. C. (2021). Uma experiência de concepção de jogos pedagógicos para redução de riscos de desastres. Revista Vértices, v.23 (n.1), 299-314. https://doi.org/10.19180/1809-2667.v23n12021p299-314.
Olivato, D. (2013). Análise da participação social no contexto da gestão de riscos ambientais na bacia hidrográfica do rio Indaiá, Ubatuba–SP, Brasil. Tese (Doutorado em Geografia Física) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo, 2013. Recuperado de https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde–27022014–104304/pt–br.php.
Rosa, da K., & Holgado, F. L. (2012). O desenvolvimento de percepções nas aulas de geografia sobre os elementos envolvidos nos problemas ambientais decorrentes de eventos climáticos regionais extremos. Geoambiente On-Line, (n.17), 01-16. https://doi.org/10.5216/revgeoamb.v0i17.26025.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Editorial. Acta Paulista de Enfermagem, v.20 (n.2). https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001.
Santos, E. G., & Ribeiro, M. A. T. (2020). A gestão de risco e a participação da comunidade moradora de áreas vulneráveis. New Trends in Qualitative Research, v.4. http://dx.doi.org/10.36367/ntqr.4.2020.217-229.
Santos, V. M. N., & Jacobi, P. R. (2018) Educação, ambiente e aprendizagem social: reflexões e possibilidades à geoconservação e sustentabilidade. Série Ensino e História de Ciências da Terra/Instituto de Geociências da Unicamp. Curitiba: Editora CRV.
Silva, J. C. B., & Menezes, J. A. (2020). Discursos (Sobre)Viver nos Territórios em Risco da Região Metropolitana do Recife. Psicologia: Ciência e Profissão, (n.40). https://doi.org/10.1590/1982-3703003190105.
Silva, E. M., Freitas, F. C. C., Barreto Neto, L. R., Girão, A. F., Garcia, C. A. P., Pinho, L. U., & Catanho, P. A. G. A Importância do Ensino de Climatologia nas Ações de Defesa Civil em Regiões de Vulnerabilidade Socioeconômica de Fortaleza/CE. Revista Brasileira de Meteorologia, v.34 (n.3), pp.369-378. https://doi.org/10.1590/0102-7786343045.
Souza, L. A. M., & Carlos, E. (2019). Políticas públicas e mobilização social no contexto do desastre no Rio Doce. Redes, v.24 (n.2), 56-80. https://doi.org/10.17058/redes.v24i2.13040.
Sulaiman, S. N. (2018). Ação e reflexão: Educar para uma cultura preventiva. In: S. N. Sulaiman & P. R. Jacobi (Orgs.). Melhor prevenir: Olhares e saberes para a redução de risco de desastre (pp.23-29). São Paulo: IEE–USP. ISBN: 978-85-86923-50-0.
Sulaiman, S. N., & Aledo, A. (2016). Desastres naturais: convivência com o risco. Estudos Avançados. v.30 (n.88). https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.30880003.
Sulaiman, S. N., Moura, R. B., & Nogueira, F. R. (2022). Da geotecnia para a gestão participativa: uma análise crítica de projetos de extensão universitária com foco na redução de risco de desastre. Urbe – Revista Brasileira de Gestão Urbana, v.14. Recuperado de https://pucpr.emnuvens.com.br/Urbe/article/view/28443.
Tavanti, R. M., & Spink, M. J. (2014). Ações locais e prevenção: um estudo com adolescentes que vivem em áreas de risco socioambiental. Ambiente & Sociedade, v.17 (n.4). https://doi.org/10.1590/1809-4422ASOC1120V1742014.
UNDRR (2015). Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030. Recuperado de https://www.unisdr.org/files/43291_63575sendaiframeworkportunofficialf%5B1%5D.pdf.
Vieira, R., Schmidt, G., & Moura, J. M. B. M. (2019). Política pública urbana de gestão de riscos de desastres naturais em Blumenau-SC: processos e ações. Ambiente & Sociedade, v.22 (n.3). https://doi.org/10.1590/1809-4422asoc0118r2vu19l1ao.
Warner, J., Alves, E. N., & Coates, R. (2019). O queijo suíço no Brasil: cultura de desastres versus cultura de segurança. Ambiente & Sociedade, v.22 (n.3). https://doi.org/10.1590/1809-4422asoc2019Ex0004vu2019L3ID.
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Derechos de autor 2022 Labor e Engenho
Descargas
