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O território paulistânico: um olhar existencial para além dos mapas antigos
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Palavras-chave

Antropologia. Sociologia. História. Arquitetura Vernácula Paulista. Fundação de cidades paulistas.

Como Citar

Cordova, V. S., & Victal, J. (2017). O território paulistânico: um olhar existencial para além dos mapas antigos. Labor E Engenho, 11(3), 263–279. https://doi.org/10.20396/labore.v11i3.8649202

Resumo

A Paulistânia fora denominada como a origem do campo de ação de um ser humano que mais tarde seria designado na literatura sociológica e antropológica como caipira, um tipo de homem que contemplava um modo de vida ligado às lides do trabalho campal. Entretanto, no período colonial, este território teria contornos imaginários, onde primordialmente seria reconhecido pela presença de pontos de permanência com habitações caracterizadas pelas técnicas utilizadas por este ser humano tanto no intuito de sua sobrevivência, quanto no auxílio de uma confecção paisagística que lhe forneceria relações simbólicas importantes em meio à uma vastidão de matas e caminhos a serem explorados. Desta forma, estas habitações revelar-se-iam como ponto nodal do surgimento deste território, oferecendo uma integração pautada pelo fator “tempo” e denunciando a passagem ou permanência do mameluco nesta região. Na ocasião, este território compunha-se de uma vastidão que englobava as áreas dos atuais estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, campo de influências e de exploração do antigo paulista nas incursões bandeirista e entradista. Ao longo do tempo, este território foi sendo repartido em áreas administrativas e reduzido às terras paulistas. Entretanto, onde houvesse o tipo humano em questão e as marcas de sua cultura material e imaterial, ali se encontrava a Paulistânia, tal como ficou registrado na literatura. Porém, este artigo também intenta apresentar a Paulistânia como origem do desenvolvimento do drama relacionado à existência caipira, se transformando não somente num arcabouço de relações causais entre meio, homem e luta, mas também num símbolo dos problemas humanos, ou seja, de um homem que tem a necessidade de se construir e de construir um mundo para si próprio. 

https://doi.org/10.20396/labore.v11i3.8649202
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