Resumo
Neste artigo, apresento e discuto criticamente o relato de Simon Evnine sobre objetos hilomorfos complexos (como apresentado em seu livro de 2016 Making Objects and Events) Por um lado, objeto ao relato que ele dá de como os artefatos (que são para ele os casos paradigmáticos de objetos hilomorfos complexos) supostamente adquirem sua existência e condições de identidade. Elaborei dois problemas que vejo para esse relato: primeiro, que parece incapaz de explicar nosso conhecimento dos tipos aos quais os artefatos pertencem; segundo, que não pode oferecer uma solução plausível para o problema de aterramento de objetos coincidentes. Também me oponho à maneira como ele tenta adaptar o tipo de relato que ele deu aos artefatos ao caso dos organismos (na minha opinião, isso falha porque ambos os casos são diferentes em pontos cruciais) e, finalmente, também me oponho à sua tentativa de estender esse relato, de uma maneira ficcional, ao caso de objetos não-orgânicos naturais (como tento mostrar, ambos os argumentos dele no sentido de que não existem tais objetos.
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