Banner Portal
Problemas y límites del fundacionismo clásico
PDF

Palavras-chave

Filosofia da ciência
Teoria de Aristóteles
Fundacionismo
Ciência e ceticismo
Epistemologia aristotélica

Como Citar

CASSINI, Alejandro. Problemas y límites del fundacionismo clásico. Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia, Campinas, SP, v. 14, n. 2, p. 73–92, 1991. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8666793. Acesso em: 8 maio. 2024.

Resumo

Este trabalho analisa alguns dos problemas centrais da justificação fundacionista do conhecimento, tais quais foram colocadas nas origens do fundacionismo clássico. Começa por uma esquematização da teoria aristotélica da demonstração científica, que toma por modelo do fundacionismo clássico, apontando seus três elementos mais importantes: a aceitação da condição de verdade absoluta do conhecimento, a postulação de princípios próprios como verdades necessárias e indemonstráveis em cada ciência, e o reconhecimento da dedução como único laço entre os enunciados de um sistema científico. Depois, examina quatro problemas essenciais que a teoria aristotélica legou à tradição: a) a descoberta dos princípios indemonstráveis; b) sua justificação; c) a falibilidade do conhecimento; d) o caráter completo do conhecimento. Estabelece-se um contraste entre as respostas a cada problema dadas por Aristóteles e pela tradição posterior, que postula uma intuição intelectual dos princípios. Passa-se então a analisar a possibilidade, assinalada por Aristóteles, mas não explorada pela tradição posterior, de elaborar um modelo de ciência que inclua apenas verdades universais e necessárias, mas que incorpore um certo tipo de enunciado contingentes que expressem regularidade. Tal modelo seria mais capaz de resolver alguns dos quatro problemas mencionados. Finalmente, avaliam-se os resultados do fundacionismo clássico diante da situação epistemológica presente. Conclui-se que as soluções clássicas aos quatro problemas básicos não são satisfatórias. A razão principal para isso está nos conceitos tradicionais de verdade absoluta e de conhecimento infalível, aos que qualquer forma aceitável de fundacionismo teria que renunciar.

PDF

Referências

Albert, H. (1982). La ciencia y la búsqueda de la verdad. In: Radnisiztky,G. y Anderson, G. (eds), Progress y racionalidade em la ciencia. Madrid: Alianza, pp. 182-200.

Aristóteles (1984). Analytica priora et posterior, ed. W.D. Ross y L. Minio-Paluello. Oxford: O.C.T. (6th ed.).

Aristóteles (1985). Physica, ed. W.D. Ross. Oxford: O.C.T. (8th ed.).

Aristóteles (1965). De caelo, ed. Y trad. P. Moraux. Paris: L.B.L.

Aristóteles (1961). De generatione animalium, ed. Y trad. P. Louis. Paris: L.B.L.

Aristóteles (1970). Metaphysica, ed. Y com. W.D. Ross. Oxford: Claredon Press (6th ed.).

Aristóteles (1959). Ethica Nicomaches, ed. I. Bywater. Oxford: O.C.T. (13th ed.).

Aristóteles (1975). Ars Rhetorica, ed. W.D. Ross. Oxford O.C.T. (4th ed.).

Barnes J. (1975). Aristotle’s Posterior Analytics. Oxford: Clarendon Press.

Cassin, B. et Narcy, M. (1989) La décision du sens. Le livre Gamma de la Métaphysique d’Aristote. Paris: J. Vrin.

Cassini, A. (1986). Naturaleza y función de los axiomas em la epistemologia aristotélica. Revista de filosofia (Buenos Aires) I: 75-97.

Cassini, A. (1988a). El fundacionismo de la epistemologia aristotélica. Crítica XX (58): 67-95.

Cassini, A. (1988b). La justificación aristotélica del principio de no contradicción frente al escepticismo radical. Revista Latino Americana de Filosofia XIV: 339-345.

Cassini, A. (1990). Aspectos semáticos y ontológicos de la justificacíon aristotélica del principio de no contradicción. Metaph. 1007 a 20 –b 18. Elenchos. Revista di studi sul pensiero antico XI: 5-28.

Dancy, R.M. (1975) Sense and Contradiction. A Study in Aristotle. Dordrecht: Reidel.

Davis, P. (1985) Superfuerza. Barcelona: Salvat.

Descartes, R. Oeuvres, 11 Vols, ed. Ch. Adam – P. Tannery. Paris: J.Vrin (1956-1957).

Descartes. Oeuvres philosophiques, 3 Vols, ed. F. Alquié. Paris: Garnier (1963-1973).

Feigl H. (1981). De principiis non disputandum...? On the Meaning and the limits of Justication. In: Inquiries and Provocations. Selected Writings, 1929-1975. (ed. R.S. Cohen). Dordrecht: Reidel, pp. 237-268.

Granger, G.G. (1976). La théorie aristotelicienne de la science. Paris: Aubier.

Hamlyn, D.W. (1976). Aristotelian Epagogê. Phronesis XXI: 167-184.

Hintikka, J. (1980). Aristotelian Induction. Revue Internationale de Philosophie 34 (133-134): 422-439.

Laudan, L. (1984). Science and Values. Berkeley: University of California Press.

Laudan, L. (1985). Um enfoque de solución de problemas al progreso científico. In Hacking, I. (ed.), Revoluciones Cientificas. México: Fondo de Cultura Económica, pp. 273-293.

Lehrer, K. (1974), Knowledge. Oxford: Claredon Press.

Lesher, J.H. (1973) The Meaning of Nous in the Posterior Analytics. Phronesis XVIII: 4-68.

Locke, J. Na Essay Concerning Human Understanding, ed P.H. Nidditch. Oxford: Clarendon Press (1975).

Losee, J. (1981) Introducción histórica a la filosofia de la ciencia, 2ª . ed. Madrid: Alianza.

Melvin, M.A. (1982). Towards Unified Field Theory: Quantitative Differences and Qualitative Sameness. Synthese 50: 359-397.

Mignucci, M. (1988) Hos epí tó polú und notwendig in der Aristotelischen Konzeption der Wissenschaft. In Menne, A. y Öffenberger, N., (eds.), Zur modernen Deutung der Aristotelischen Logik. Vol. III. Modallogik und Mehrwertigkeit. Hildesheim: G. Olms, pp. 105-139.

Ockham, G. Scriptum in librum sententiarum ordinatio, ed. G. Gal y S. Brown. New York: St. Bonaventure. (1967).

Pagels, H. (1985) L’univers quatique. Des quarks aux étoiles. Paris: Inter Editions.

Platón. Theaetetus, ed. J. Burnet. In: Platonis opera, Vol. I, Oxford: O.C.T. (1957, 11th ed.).

Popper, K. (1979) La verdade, la racionalidade y el desarrollo del conocimiento científico In: Conjecturas refutaciones. Buenos Aires: Paidós, pp. 250-289.

Rescher, N. (1981). Sistematización cognoscitiva. México: Siglo XXI.

Scheffler, I. (1973). Las condiciones del conocimiento. México: UNAM.

Sorabji, R. (1980). Necessity, Cause and Blame. Perspectives on Aristotle’s Theory. London: Duckworth.

Stegmüller, W. (1981). La Concepción estructuralista de las teorias. Madrid: Alianza.

Tomás de Aquino, Sto. In duocecim libros metaphysicorum Aristotelis expositio, ed. M.R. Cathala. Roma: Marietti (1964).

Van Fraassen, B. (1980). A Re-examination of Aristotle’s Philosophy of Science. Dialogue XIX: 20-45.

Villoro, L. (1982) Creer, sabe, conocer. México: Fondo de Cultura Económica.

Watkins, J.N. (1984). Science and Scepticism. London: Hutchinson.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1991 Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia

Downloads

Não há dados estatísticos.