Banner Portal
Indução, acaso e racionalidade
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Indução
Acaso
Racionalidade

How to Cite

MONTEIRO, João Paulo Gomes. Indução, acaso e racionalidade. Manuscrito: International Journal of Philosophy, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 11–33, 1994. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8660570. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

A inferência indutiva não pode ser justificada, somente explicada. A inferência não demonstrativa, no entanto, não deve ser reduzida à indução. Inferências causais derivadas da experiência repetida consistem, primeiramente, na eliminação de conjeturas sobre causalidade - hipóteses atribuindo ao acaso conjunções observadas. Estas conjunturas de fortuidade implicam um tipo de fenômeno que exclui a repetição, e, conseqüentemente, a repetição observada invalida e exclui qualquer hipótese de acaso. Conjunções de acaso são aquelas derivadas de duas ou mais cadeias causais, a única alternativa sendo que elas sejam derivadas de apenas uma de tais cadeias. A rejeição de uma conjetura de causalidade leva, deste modo, à escolha da hipótese alternativa, a inferência causal resultante, sendo assim, em certo sentido, confirmada. A inferência causal neste sentido pode se abster de qualquer conclusão indutiva e universal, a indução sendo suspensa. Assim ela escapa da armadilha da generalização não válida. A inferência causal, derivada da "refutação do acaso", é o trabalho de um tipo de razão onde a conjetura é suplementada por uns poucos passos dedutivos - contanto que aceitemos cadeias causais "cournoteanas" como ponto de partida.

PDF (Português (Brasil))

References

Bacon, F. (1960). The New Organon, I, cv (Indianapolis/New York, Bobbs-Merrill).

Cournot, A. (1843). Exposition de la Théorie des Chances et des Probabilités (Paris, Hachette).

Foster, J.A. (1983). Induction, Explanation and Natural Necessity, Proceedings of the Aristotelian Society, vol.lxxxiii.

Goodman, N. (1973). Fact, Fiction and Forecast (Indianapolis/New York, Bobbs-Merrill).

Harman, G. (1965). The Inference to the Best Explanation, Philosophical Review, vol. 74.

Hume, D. (1975). An Enquiry Concerning Human Understanding ed. L.A. Selby-Bigge and revised P.H. Nidditch (Oxford, Clarendon Press).

Hume, D. (1978). A Treatise of Human Nature ed. L.A. Selby-Bigge and revised P.H. Nidditch (Oxford, Clarendon Press).

Monteiro, J.P. (1993). Hume e a Experiência Singular, Pensar a Cultura Portuguesa (Lisboa, Edições Colibri).

Popper, K. (1973). Objective Knowledge (Oxford, Clarendon Press).

Popper, K. (1974a). Conjectures and Refutations (London, Routledge and Kegan Paul).

Popper, K. (1974b). The Logic of Scientific Discovery (London, Hutchinson).

Popper, K. (1982) The Open Universe (London, Hutchinson).

Quine W.V. (1964). From A Logical Point of View (Cambridge MA, Harvard University Press).

Quine W.V. (1969). Ontological Relativity and Other Essays (New York, Columbia University Press).

Quine W.V. (1973). The Roots of Reference (LaSalle, Open Court).

Quine W.V. (1991). Two Dogmas in Retrospect, Canadian Journal of Philosophy, vol. 21 n.3.

Schlick, M. (1979a). Causality in Everyday Life and in Recent Science, in Philosophical Papers vol. 2 (Dordrecht, Reidel).

Schlick, M. (1979b). Causality in Contemporary Physics, in Philosophical Papers vol.2.

Sosa, E. (1991). Knowledge in Perspective (Cambridge, Cambridge University Press).

Swinburne, R. ed. (1974). The Justification of Induction (Oxford, Oxford University Press).

Wittgenstein, L. (1961). Tractatus Logico-Philosophicus (London, Routledge and Kegan Paul).

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1994 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Downloads

Download data is not yet available.