Banner Portal
A categorização e a validação das respostas abertas em surveys políticos
PDF

Palavras-chave

Categorização. Análise da não resposta. Análise psicométrica. Método de partir ao meio. Intra e inter confiabilidade.

Como Citar

HENKEL, Karl. A categorização e a validação das respostas abertas em surveys políticos. Opinião Pública, Campinas, SP, v. 23, n. 3, p. 786–808, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/op/article/view/8651208. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

O artigo trata do problema da categorização de respostas sobre política, governo e democracia, obtidas por meio de perguntas abertas e levantadas num survey com 800 entrevistados. Para identificar o grau de compreensibilidade das perguntas, realizaram-se um pré-teste e uma análise de não resposta, elaborando-se um perfil psicométrico. Na categorização o método dedutivo se mostrou superior ao indutivo. Observa-se uma influência midiática e da posição no ciclo de vida na percepção dos entrevistados sobre política e governo. A validação intra e interconfiabilidade mostra que codificadores, em dado momento, começam a aceitar respostas irracionais como racionais e podem estar sujeitos a um framing.

PDF

Referências

ALMOND, G. A.; POWELL, G. B. Comparative politics. A development approach. Boston: Little Brown and Company, 1966.

ALMOND, G. A.; VERBA, S. The civic culture. Political attitudes and democracy in five nations. Princeton: Princeton University Press, 1963.

ALTHAUS, S. L. Collective preferences in democratic politics: opinion surveys and the will of the people. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

ALVES, Z. M. M. B.; SILVA, M. H. G. F. D. “Análise qualitativa de dados de entrevista: uma proposta”. Paidéia, nº 2, p. 61-69, 1992.

BATINIC, B., et al. Online research: Methoden, Anwendungen und Ergebnisse. Göttingen: Hogrefe, 1999.

BLYTH, M. M.; VARGHESE, R. “The state of the discipline in American political science: be careful what you wish for?”. The British Journal of Politics & International Relations, vol. 1, nº 3, p. 345-365, 1999.

BORGES, L. O. “A estrutura fatorial dos atributos valorativos e descritivos do trabalho: um estudo empírico de aperfeiçoamento e validação de um questionário”. Estudos de Psicologia, vol. 4, nº 1, p. 107-137, 1999.

BORGES, L. O.; Pinheiro, J. Q. “Estratégias de coleta de dados com trabalhadores de baixa escolaridade”. Estudos de Psicologia, vol. 7, p. 53-63, 2002.

BORTZ, J.; DÖRING, N. Forschungsmethoden und Evaluation für- Human und Sozialwissenschaftler. Heidelberg: Springer, 2006.

BRENT, G. R. “Ações materiais na representação de escândalos políticos”. Cadernos do CNLF, vol. 18, nº 1, p. 416-435, 2014.

BRITO, R. L. “Análise da política de descentralização das ações de vigilância sanitária no Brasil: do debate sobre o repasse de recursos ao compromisso com a responsabilidade sanitária”. 205 f. Tese de Mestrado em Saúde Pública. Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2007.

CORTINA, J. M. “What is coefficient alpha? An examination of theory and applications”. Journal of Applied Psychology, vol. 78, nº 1, p. 98-104, 1993.

CRONBACH, L. J.; SHAVELSON, R. J. “My current thoughts on coefficient alpha and successor procedures”. Educational and Psychological Measurement, vol. 64, nº 3, p. 391-418, 2004.

DELL’AGLI, B. A. V.; BRENELLI, R. P. “O jogo ‘descubra o animal’: um recurso no diagnóstico psicopedagógico”. Psicologia em Estudo, vol. 12, nº 3, p. 563-572, 2007.

DIMAGGIO, P. “Culture and cognition”. Annual Review of Sociology, vol. 23, nº 1, p. 263-287, 1997.

EASTON, D. “An approach to the analysis of political systems”. World Politics, vol. 9, nº 3, p. 383-400, 1957.

FLANGO, V. E.; WENNER, L. M.; WENNER, M. W. “The concept of judicial role: a methodological note”. American Journal of Political Science, vol. 19, nº 2, p. 277-289, 1975.

GILLHAM, B. Developing a questionnaire. New York: Continuum, 2000.

GRABER, D. A. Methodological developments in political communication research. In: KAID, L. L. (ed.). Handbook of political communication research. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates, p. 45-68, 2004.

GRANBERG, D.; KASMER, J.; NANNEMAN, T. “An empirical examination of two theories of political perception”. The Western Political Quarterly, vol. 41, nº 1, p. 29-46, 1988.

GÜNTHER, H. “Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?”. Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 22, nº 2, p. 201-210, 2006.

HAYES, A. F.; KRIPPENDORFF, K. “Answering the call for a standard reliability measure for coding data”. Communication Methods and Measures, vol. 1, nº 1, p. 77-89, 2007.

HENKEL, K. Cultura política e comportamento eleitoral do primeiro eleitor. Belém: Universidade Federal do Pará, 2011.

HENKEL, K. “Análise da não resposta em surveys políticos”. Opinião Pública, vol. 18, nº 1, p. 216-238, 2012.

HENKEL, K.; ALMEIDA, J. Pesquisa quantitativa e de opinião pública sobre o ensino superior. Belém: Universidade Federal do Pará, 2003.

HILLMANN, K. H. Zur Wertewandelforschung. Einführung, Übersicht und Ausblick. In: OESTERDIECKHOFF, G. W.; JEGELKA, N. (eds.). Werte und Wertewandlungen in westlichen Gesellschaften. Resultate und Perspektiven der Sozialwissenschaften. Opladen: Leske e Buderich, p. 15-39, 2001.

KAHN, T. “Apatia política e credo democrático”. Lua Nova, nº 39, p. 175-197, 1997.

KLINGEMANN, H. D. Dissatisfied democrats. Evidence from old and new democracies. Berlin: Wissenschaftszentrum Berlin für Sozialforschung, 2012.

KRIPPENDORFF, K. Content analysis: an introduction to its methodology. Thousand Oaks: Sage, 2004.

KROSNICK, J. A. “Survey research”. Annual Review of Psychology, vol. 50, p. 537-567, 1999.

LAVER, M.; GARR, J. “Estimating policy positions from political texts”. American Journal of Political Science, vol. 44, nº 3, p. 619-634, 2000.

LIND, G. Die zwei Ansätze zur Erfassung der Identität und ihre Integration – Überlegungen zum Dilemma der Hochschulsozialisationsforschung. In: LIND, G. (ed.). Entwicklung der studentischen Persönlichkeit: Beiträge zur Theorie und Methode der Sozialisationsforschung. Konstanz: Universität Konstanz, p. 7-19, 2000.

LIPSET, S. M.; ROKKAN, S. Cleavage structures, party systems and voter alignments. In: LIPSET, S. M.; ROKKAN, S. (eds.). Party systems and voter alignments. Cross-national perspectives. New York: Free Press, p. 1-64, 1967.

LOPEZ JUNIOR, F. G. “A meritocracia possível”. Sociedade e Estado, vol. 21, nº 3, p. 773-779, 2006.

MAYRING, P. Qualitative content analysis. Forum: Qualitative Social Research, vol. 1, nº 2, 2000.

MAYRING, P. Qualitative Inhaltsanalyse. Berlin: Springer, 2010.

MOISÉS, J. A. “Democratização e cultura política de massas no Brasil”. Lua Nova, nº 26, p. 5-51, 1992.

MORAES, R. “Análise de conteúdo”. Revista Educação, vol. 22, nº 37, p. 7-32, 1999.

PICKEL, S.; PICKEL, G. Politische Kultur- und Demokratieforschung: Grundbegriffe, Theorien, Methoden. Heidelberg: Springer-Verlag, 2007.

PRÜFER, P.; REXROTH, M. Zwei-Phasen-Pretesting. Mannheim: ZUMA, Arbeitsbericht 2000/08, 2000.

RECHBERGER, S.; HARTNER, M.; KIRCHLER, E. SIT-Tax: (Duale) soziale Identität, Gerechtigkeit, Normen und Steuern: Fragebogen, Datenerhebung und Stichprobe. Wien: Universität Wien, 2009.

ROSE, R. “Medidas de democracia em surveys”. Opinião Pública, vol. 8, nº 1, p. 1-29, 2002.

ROSEN, H.; ROSEN, R. A. H. “A comparison of parametric and nonparametric analyses of opinion data”. The Journal of Applied Psychology, vol. 39, nº 6, p. 401-404, 1955.

ROSSMANN, C. Grundlagen der quantitativen Inhaltsanalyse. München: Universität München, 2005.

RUDOLF, K. “Politische Bildung und Markt”. 234 f. Tese de Doutorado em Ciência Política. Universität Giessen, Giessen, 2003.

SÆLENSMINDE, K. “Inconsistent choices in stated choice data. Use of the logic scaling approach to handle resulting variance increases”. Transportation, vol. 28, nº 3, p. 269-296, 2001.

SCHAFER, J. L. Analysis of incomplete multivariate data. London: Chapman & Hall, 1997.

SHACHAR, R.; NALEBUFF, B. “Follow the leader: theory and evidence on political participation”. The American Economic Review, vol. 89, nº 3, p. 525-547, 1999.

SHEPARDSON, D. P.; PIZZINI, E. L. “Questioning levels of junior high school science textbooks and their implications for learning textual information”. Science Education, vol. 75, p. 673-682, 1991.

SMITH, R. M. “Identities, interests, and the future of political science”. Perspectives on Politics, vol. 2, nº 2, p. 301-312, 2004.

TOLEDO, D.; LEAL, P. R. F. “A personificação política: uma análise da postura adotada por Marina Silva nas eleições de 2010”. Anais do Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste - Intercom, 19, Vila Velha, 2014. São Paulo, 2014. CD-Rom.

TOURANGEAU, R.; RIPS, L. J.; RASINSKI, K. The psychology of survey response. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

TZINER, A., et al. “Development and validation of a questionnaire for measuring perceived political considerations in performance appraisal”. Journal of Organizational Behavior, vol. 17, nº 2, p. 179-190, 1996.

VAUS, D. A. Surveys in social research. New York: Psychology Press, 2002.

VISSER, P. S.; KROSNICK, J. A.; LAVRAKAS, P. J. Survey research. In: REIS, H. T.; JUDD, C. M. (eds.). Handbook of research methods in social and personality psychology. Cambridge: Cambridge University Press, p. 223-252, 2000.

WACHELKE, J. F. R.; HAMMES, I. C. “Representações sociais sobre política segundo posicionamento político na campanha eleitoral de 2006”. Psicologia em Estudo, vol. 14, nº 3, p. 519-528, 2009.

A Opinião Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.