Resumo
A partir de um deslocamento da crítica à literatura pela ciência sociológica e da história pelo critério etnológico, traços típicos do jornalismo e do folhetinismo passam a concorrer com a reportagem. Desde Brito Broca (1956), a tese do encontro do cronismo de Paulo Barreto (1881-1921) com a reportagem é vulgarizada. Atribuímos essa aproximação à reportagem de Ernesto Senna (1858-1913), por meio da qual o espaço disciplinar e o corpo do povo são analisados como uma ordem finalista do discurso.Referências
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