Resumo
Este trabalho propõe analisar as representações de língua e linguagem no discurso de professores Terena, da Região Aquidauana (MS), enquanto mecanismos de controle e de defesa de uma etnia parcialmente bilíngue frente à sociedade hegemônica. Os procedimentos teóricos e metodológicos recorrem ao método genealógico foucaultiano (1987, 1990, 1992, 1997), às noções de identidade e subjetividade abordadas por Bauman (2005) e Guerra (2010) e às questões de língua discutidas por Cavalcanti e César (2007) e Coracini (2003, 2007), numa visão transdisciplinar permeada pelas relações de poder.
Referências
BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). 2006. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. 2005. Entrevista a Benedetto Vecchi. Trad. de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar.
BHABHA, Hommi. 2010. O local da cultura. 5. ed. Trad. Miriam Ávila, Eliana L. Reis e Gláucia R. Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG.
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CAVALCANTI, Marilda C; CÉSAR América L. Do singular para o multifacetado: o conceito de língua como caleidoscópio. 2007. In: CAVALCANTI, Marilda C, BORTONI-RICARDO, Stella M. (Orgs). Transculturalidade, linguagem e educação. Campinas: Mercado das Letras. p. 45-66.
CORACINI, Maria J. R. F. 2007. A celebração do outro. Arquivo, memória e identidade. Campinas: Mercado de Letras.
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