Resumo
Este texto procura identificar os modos e as condições (as determinações culturais) de apropriação de escrita por povos ágrafos, através de análise do caso dos povos Timbira, grupos indígenas do sul do Maranhão e norte do Tocantins (centro norte brasileiro). Resultado de uma reflexão determinada por uma p´raxis na área de educação indígena, o artigo procura situar o alcance da alfabetização - na língua indígena, e no português - em grupos que conservam a sua língua enquanto um sistema vivo e operante, e com uma memória centrada na transmissão oral. Analizando as marcas do modelo oral de comunicação, expressão e transmissão, o uso que os Timbira fazem da escrita e a forma de utilizá-la em suas relações com os "brancos", o artigo propõe expor o vigor da permanência da "mentalidade tradicional oral" e sua independência em relação à apropriação de uma "habilidade da escrita".O periódico RUA utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.
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