Resumo
A questão da violência urbana foi vista, tradicionalmente, pekas ciências sociais, pelo prisma de suas causas e das respostas do poder público. Os temas da crise econômica, da desagregação familiar, da desorganização do espaço urbano, da violência praticada pelos órgãos do Estado e da sociabilidade violenta marcaram as reflexões nas duas últimas décadas. Todavia, desde as análises intentadas pelos sociólogos da Escola de Chicago até nossos dias, a teoria social buscou novas fontes de inspiração para analisar o problema. O primeiro objetivo desse texto é retomar aquela primeira reflexão e apontar para outras possibilidades analíticas. A característica das cidades modernas demonstra uma retratação da ideia de civilidade e uma expansão da privatização dos espaços públicos, a começar pela nossa própria história, marcada pela violência e pelos privilégios. Ou seja, a questão urbana, sua abrangência e relevância para o pensamento moderno, merece múltiplas abordagens, que façam justiça à multiplicidade de experiências sociais e psíquicas ancoradas na experiência da cidade.
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