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Espaços residuais do Complexo do Alemão (RJ)
Imagem no Complexo do Alemão, comunidade de varias casas uma perto da outra, com um transporte de teleférico
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Palavras-chave

Estigmatização
Residual spaces
Collective spaces
Cable car
Pandemic

Como Citar

GALARCE, Fernando Espósito; GALVÃO, Vanessa Rodrigues. Espaços residuais do Complexo do Alemão (RJ): da estigmatização socioespacial ao potencial de apropriação. RUA, Campinas, SP, v. 29, n. 1, p. 111–131, 2023. DOI: 10.20396/rua.v29i1.8673959. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8673959. Acesso em: 9 maio. 2024.

Resumo

Após os grandes eventos esportivos, a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016), o Complexo do Alemão, um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro, tem sofrido um processo de degradação da infraestrutura implementada na época. Este trabalho analisa qualitativa e quantitativamente, sob a ótica da residualidade urbana e da estigmatização socioespacial, as áreas residuais geradas pela instalação dos pilares de sustentação do teleférico. Transcorridos seis anos da paralisação do teleférico, os espaços residuais devem ser vistos como uma oportunidade de construir espaços coletivos que comportem atividades de lazer, especialmente, no contexto pandêmico e pós-pandêmico, melhorando a qualidade de vida de pessoas em territórios de elevada vulnerabilidade socioespacial.

https://doi.org/10.20396/rua.v29i1.8673959
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Referências

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