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Eso que llaman amor
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Palavras-chave

Trabalho reprodutivo
Enunciado dividido
Ailén Possamay
Silvia Federici
Análise materialista de discurso

Como Citar

TEJADA, Bruna Vitória; CAETANO, Virgínia Barbosa Lucena; VINHAS, Luciana Iost. Eso que llaman amor: trabalho, arte e resistência no espaço urbano. RUA, Campinas, SP, v. 28, n. 1, 2022. DOI: 10.20396/rua.v28i1.8670056. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/107-124. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

O presente trabalho reflete sobre os efeitos de sentido estabelecidos a partir da produção artística de Ailén Possamay em muros de Buenos Aires. As intervenções da autora são compostas por uma imagem de uma mulher envolvida em alguma atividade doméstica sobre a qual está escrito o enunciado “Eso que llaman amor es trabajo no pago”, de Silvia Federici. Com base na Análise Materialista de Discurso, debatemos sobre o funcionamento discursivo dessas intervenções, atentando para o político no processo de disputa pelos sentidos hegemônicos sobre o que é considerado trabalho. Discute-se sobre o trabalho reprodutivo, que, na formação social capitalista e patriarcal, não é considerado trabalho, mas, como diz o enunciado, é tido como o amor da mulher (mãe, esposa, irmã, amiga).

https://doi.org/10.20396/rua.v28i1.8670056
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