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Maracanã como mídia urbana: as narrativas jornalísticas, apropriações e interações no torcer no “maior do mundo”
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Palavras-chave

Maracanã. Narrativas. Mídia urbana. Copa de 1950.

Como Citar

BRINATI, Francisco Angelo; MOSTARO, Filipe. Maracanã como mídia urbana: as narrativas jornalísticas, apropriações e interações no torcer no “maior do mundo”. RUA, Campinas, SP, v. 24, n. 1, p. 211–236, 2018. DOI: 10.20396/rua.v24i1.8652709. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8652709. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

A narrativa da construção do Maracanã para a Copa de 1950 foi recheada de disputas simbólicas e de tentativas de se impor novas representações para este espaço urbano. Neste artigo investigamos as narrativas presentes nos jornais O Globo, A Noite, Diário da Noite e Jornal dos Sports atentando para duas questões. A primeira é como a edificação do estádio se tornou um pilar essencial na elaboração discursiva da entrada do país na Modernidade. A segunda é indicar como o espaço urbano do estádio suscitou negociações simbólicas sobre o torcer e ocupar esta construção. Nossa argumentação é que o Maracanã se torna uma mídia urbana, palco para disputas das práticas existentes na cidade que comumente extrapolam o viés esportivo, englobando narrativas políticas, econômicas e sociais.

https://doi.org/10.20396/rua.v24i1.8652709
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